Soja: preparo do solo e manejo da cultura
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Soja: preparo do solo e manejo da cultura

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Após realizada a análise do solo, é importante aplicar calcário para elevar a saturação por bases a 50 a 60%, em função da variedade. O produtor deve ficar atento, pois a ciência mostra que a soja responde à relação Ca: Mg ampla, […]

por Syngenta Digital
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Soja: preparo do solo e manejo da cultura
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Após realizada a análise do solo, é importante aplicar calcário para elevar a saturação por bases a 50 a 60%, em função da variedade. O produtor deve ficar atento, pois a ciência mostra que a soja responde à relação Ca: Mg ampla, de 20: 1. Existe, assim, a possibilidade técnica de escolha de calcário calcítico, mas deve-se observar se a relação não se tornará larga demais ao longo do tempo, desequilibrando a melhor proporção.

Em seguida, o responsável deve efetuar a inoculação das sementes com bactérias fixadoras de N, específicas da soja e de boa qualidade – assegurada pela origem, prazo de validade e conservação em temperaturas adequadas.

Com base na análise do solo e na produtividade esperada, determinar as doses de fertilizantes para suprir os macronutrientes (P, K e S, pois Ca e Mg já terão sido fornecidos pela calagem) e de micronutrientes. A soja é muito sensível à supercalagem, sobretudo pela indisponibilização do Mn. Cuidar e monitorar bem em torno do valor pH 6. Acima disso, há alta probabilidade de deficiência de Mn, entre outros.

Todo o fósforo deve ser aplicado no fundo do sulco, no plantio. A mistura de fertilizantes mais e menos solúveis (superfosfatos e fosfatos de rocha) tem sido proposta, mas o uso de superfosfatos garantem produtividades elevadas, enquanto o uso isolado de fosfatos de rocha tendem a não serem eficientes, limitando a generalização da prática de fosfatagem para os cultivos convencionais.

Obviamente, para sojas especiais, como produção direta de gêneros alimentícios, tais como leite, queijos, etc, seria melhor dimensionado o uso de fosfatos naturais em cultivo orgânico, o qual torna-se difícil para a soja produzida em larga escala, que é melhor operacionalizada com fontes minerais de fertilizantes. Portanto, uso de fosfato de rocha nacional seria recomendável para o nicho de mercado específico, orgânico.

A fertilização com K é melhor aproveitada se dividida ao menos em duas aplicações ao invés de toda no plantio. Sugere-se aplicar a segunda metade aos 30 dias após a germinação.

A utilização de fontes formuladas que não contenham S em sua composição (e.g., 0-30-15 ou similares), poderá resultar, ao longo do tempo, em baixa disponibilidade deste macronutriente. Como não é um nutriente avaliado na análise de solo de rotina, vale enaltecer a importância de seu monitoramento, tanto com relação aos sintomas de deficiência mais clássicos (amarelecimento de folhas jovens – de cima para baixo), como pela solicitação ao laboratório de sua inclusão na análise do solo e diagnose nutricional via foliar, coletando-se a terceira folha a partir do ápice na haste principal, com pecíolo, na ocasião do florescimento.

Com o uso de superfosfato simples, a deficiência de S não é preocupação, mostrando a importância de revezar os formulados com essa importante fonte. Além disso, o superfosfato simples possui gesso agrícola em sua composição. Esse fato dá ao superfosfato simples a propriedade de condicionador da subsuperfície do solo, melhorando o ambiente radicular das culturas naquelas regiões onde a chegada do gesso agrícola é onerosa.

Por Marihus Altoé Baldotto Lílian Estrela Borges Baldotto, professores da Universidade Federal de Viçosa.

Esse é o segundo texto do artigo sobre “O cultivo da soja”.  Leia aqui o primeiro: “Fundamentos para o cultivo da soja

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