Silas Calazans, Engenheiro Agrônomo e Mestre em Nutrição do Solo e MBA em Gestão de Negócios, fala sobre uma delicada parte de qualquer agronegócio: a gestão. Como devem ser os treinamentos das equipes? O que fazer com os dados trazidos […]
Silas Calazans, Engenheiro Agrônomo e Mestre em Nutrição do Solo e MBA em Gestão de Negócios, fala sobre uma delicada parte de qualquer agronegócio: a gestão. Como devem ser os treinamentos das equipes? O que fazer com os dados trazidos do campo? Como tomar a decisão correta?
Essas e outras questões foram levantadas pelo especialista. Confira!
Apesar da melhoria alcançada ao longo dos anos, gerir com eficiência uma equipe ainda é problema em muitas empresas agrícolas. Uma das razões para isso é a falta de maturidade do negócio. Silas reforça a importância de entender o fazendeiro como um empresário e a fazenda como um negócio. Ao alcançar essa visão ampla, uma mudança geral já é iniciada. “Quando o empresário eleva seu este nível e alcança maturidade empresarial, começa a ver as pessoas como solução e não mais como um problema.”
Mas, como em qualquer negócio, é preciso investir. Investir em capacitação, em treinamento, em instrução para os gestores. “Existem muitos gerentes que estão a vida inteira em campo e conhecem a fazenda como a palma de sua mão. Entendem da lavoura como ninguém e por isso gerenciam a operação. Entretanto, muitos não são treinados para gerir pessoas. Como exigir que ele faça isso com excelência se ele não recebeu esta capacitação? O erro está aí!”, explica Silas.
Essa falha na formação do gestor impacta diretamente nos resultados. Ele não foi ensinado a dialogar, a ouvir sua equipe, e isso não se limita apenas aos integrantes da gerência. Cabe ao dono da fazenda tratar de todas as estruturas do negócio e dar a cada um funções nas quais eles estejam prontos a exercer. Se esse profissional não existe na equipe naquele momento, é preciso investir na capacitação daqueles que devem assumir estas posições. O administrador, o técnico, o diretor, o gerente… todos precisam estar prontos e capacitados para exercerem suas funções com eficiência máxima. Isso só vai acontecer se forem devidamente treinados.
A evolução de tecnologias para o campo está elevando a agricultura a um outro patamar. A importância do setor agrícola para a economia brasileira não é nenhuma novidade, entretanto, não se deve deixar de buscar mais produtividade e mais do que isso, buscar uma agricultura sustentável. E é aí que a tecnologia surge como grande aliada.
Tecnologias acessíveis e simples estão ao alcance de todos os produtores, sejam eles grandes ou pequenos. Isso é uma boa notícia, não? Depende. Muitos produtores têm aderido à tecnologias e Silas alerta para os erros que ele pode cometer neste caminho.
Erro #1: Se você não sabe qual problema deseja resolver, a tecnologia não poderá te ajudar
O produtor precisa aderir tecnologias de acordo com suas necessidades. É muito comum errar na escolha e incluir na fazenda um sistema igual ao da fazenda vizinha. Isso acontece porque os problemas não foram elencados e as tecnologias ideais não foram encontradas. “O produtor deve buscar tecnologias com calma e foco nos problemas, só assim ele fará um investimento certeiro”, reforça Silas.
Erro #2: Se a equipe que vai utilizar a tecnologia não for treinada para isso, você vai perder dinheiro
Muitas pessoas da equipe podem estar tendo seu primeiro contato com tecnologia, por isso pode não saber como extrair o máximo dela. É papel dos gestores promover treinamento e capacitar estes profissionais. Além do incentivo – já que é comum se assustar com a novidade – é preciso ter paciência e mostrar que a tecnologia é uma aliada do trabalho de todos, nunca uma inimiga. Não há tecnologia no mundo que substitua o homem e sua experiência em campo. Por isso, lembre sempre a equipe que são indispensáveis.
Erro #3: Estratégia errada na adoção de tecnologias
As tecnologias fornecem dados precisos. por que, então, não usar esses dados para remunerar de forma variada? Porque não bonificar de acordo com o desempenho e a performance cada técnico? Apresentação dos dados para a equipe, exibição dos resultados e as evoluções precisam ser passadas adiante. Além de motivar a melhora da equipe, mostra que esses resultados são importante para a empresa, mas acima de tudo são importantes para cada um da força de trabalho da empresa. É gerar valor à tecnologia para agregar valor ao sistema geral da fazenda.
Ter muitos dados não quer dizer nada. Planilhas, registros, números… se você não sabe o que fazer, esses dados não terão valor. O produtor precisa se preocupar com os objetivos a serem alcançados a partir do uso da tecnologia e as empresas de tecnologia precisam se preocupar com a geração de valor real para o produtor. Existem tecnologias diversas no mercado, mas cada uma é específica para um problema no agro. Entretanto, a conexão ideal acontece através de uma consultoria de qualidade que alinha as expectativas e transforma dados em decisões efetivas.
Outro ponto é a integração entre as tecnologias. Uma fazenda só tem inúmeros desafios, portanto nada mais justo que as soluções também se integrem, já que uma única empresa de tecnologia sozinha não é capaz de solucionar tudo sozinha. Isso permite uma visão geral e clara da operação, dos resultados e, consequentemente, da produtividade a ser alcançada. A parceria precisa visar o bom resultado do produtor, isso é o que fará a diferença.
Uma gestão eficiente pode mudar a realidade de uma fazenda, por isso é importante estar atento a essa delicada parte do negócio. A evolução e aumento da produtividade estão diretamente ligadas à execução bem feita de cada etapa. Gerir bem e produzir muito, este é o caminho.
Termo criado por John McCarthy em meados dos anos 1950, a Inteligência Artificial (AI) diz respeito à capacidade que certas máquinas inteligentes têm de funcionar de forma semelhante à mente humana. Essas e outras tecnologias, como a Internet das Coisas […]
Leia na íntegra* Por Murilo Faix Gonçalves, engenheiro agrônomo e Especialista em Transformação Digital da Syngenta Digital O percevejo é a praga mais importante da soja, pois se alimenta diretamente dos grãos ou sementes, o que compromete sua qualidade e produtividade. O prejuízo causado pelos danos […]
Leia na íntegraChegou ao fim mais uma edição do Desafio de Máxima Produtividade, realizado pelo Comitê Estratégico Soja Brasil (CESB). Desta vez, o evento de premiação consagrou em primeiro lugar o produtor Marcos Seitz, de Guarapuava (PR), que conseguiu estabelecer um novo […]
Leia na íntegra