Você já deve ter ouvido, no campo, que a agricultura digital é um caminho sem volta. É verdade: em um setor altamente competitivo com consumidores cada vez mais exigentes, cada detalhe pode fazer a diferença. Ou melhor, cada dado. E já é […]
Você já deve ter ouvido, no campo, que a agricultura digital é um caminho sem volta. É verdade: em um setor altamente competitivo com consumidores cada vez mais exigentes, cada detalhe pode fazer a diferença. Ou melhor, cada dado. E já é possível vislumbrar um futuro que em que todas as informações da lavoura estão disponíveis no computador, a um clique. Neste texto, você conhece o conceito de gêmeo digital e as suas aplicações na agricultura.
O nome sugere: o gêmeo digital é a réplica exata de algo que existe no mundo físico. Pode ser um negócio, um projeto ou serviço e, é claro, a fazenda também. Mas não se trata apenas de uma planta ou uma planilha repleta de números. Essa cópia digital reúne sistemas dinâmicos e simulações em tempo real.
Não importa onde o conceito esteja aplicado, o que é comum a todas essas versões digitais é que elas são como uma via de mão dupla em que há um intercâmbio de informações. O virtual abastece o real e vice-versa.
O agricultor já sabe: só é possível minimizar os muitos riscos de uma lavoura com dados confiáveis e análises rápidas. O objetivo? Fazer escolhas melhores. E é isso que o gêmeo digital oferece. De acordo com o Diretor de Produto da Syngenta Digital, Henrique Prado, o modelo digital facilita projeção de cenários e permite tomadas de decisão mais precisas.
Além disso, ter à mão um modelo virtual da operação agrícola pode trazer outras vantagens:
Amplamente adotado na indústria, o modelo de digital twins ainda está dando os primeiros passos no agro, mas promete mudar o dia a dia do agricultor. “Fazer isso tudo de cabeça, principalmente pensando em grandes áreas, como é o caso no Brasil, seria muito mais difícil. Eu diria que ter a representação digital da sua fazenda é o próximo passo, principalmente para o planejamento agrícola da próxima geração”, afirma Prado, para quem a representação digital da propriedade faz com que o produtor entenda melhor a variabilidade da sua fazenda a partir dos dados, que são armazenados ali e geram relatórios com o passar do tempo.
Além da questão envolvendo extensão das terras, o setor apresenta ainda outras variáveis. Uma pesquisa da universidade holandesa Wageningen University and Research destacou a existência de sistemas vivos e produtos perecíveis como um fator que deve ser levado em consideração do desenho do gêmeo digital na agricultura.
Essas são questões que diferenciam a agricultura de outros setores, mas não são impeditivos para que os gêmeos digitais das fazendas ganhem força entre os produtores. Os especialistas de Wageningen avaliam o modelo como promissor, como o próximo grande salto do setor.
Para além de todas as vantagens e possibilidades, um gêmeo digital tem o poder de incentivar e aproximar o produtor da sua operação agrícola. “Se ele representa bem o suficiente aquele objeto físico, aquela entidade que existe no mundo real, ele vai te encorajar a pensar em cima dele”, conta Henrique Prado.
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