Os números são altos: 71% dos agricultores brasileiros utilizam ferramentas digitais. Parte significativa dos produtores do país lança mão de canais virtuais diariamente para situações relacionadas à operação agrícola, segundo um levantamento da consultoria empresarial McKinsey & Company, que traçou perfis do produtor rural com base nos níveis de digitalização […]
Os números são altos: 71% dos agricultores brasileiros utilizam ferramentas digitais. Parte significativa dos produtores do país lança mão de canais virtuais diariamente para situações relacionadas à operação agrícola, segundo um levantamento da consultoria empresarial McKinsey & Company, que traçou perfis do produtor rural com base nos níveis de digitalização de suas operações.
A pesquisa The Brazilian farmer’s mind in the digital era é resultado de entrevistas realizadas com cerca de 750 produtores em 11 estados do país. O estudo encontrou pelo menos cinco grupos comportamentais distintos de agricultores, levando em consideração fatores como cultura, tamanho da propriedade e faixa etária.
O estudo destaca os agricultores mais jovens que se dedicam à produção de vegetais como um cluster aberto às tecnologias. Com propriedades um pouco menores quando comparadas às dos grandes produtores de cereais e fibras, os produtores da horticultura vêm investindo na digitalização e são chamados de Young farmers of fresh produce.
O cenário é analisado por Hugo Shimada, Diretor Administrativo e um dos proprietários da Shimada Agronegócios, como resultado de uma nova forma de olhar para as culturas de hortifruti. “Na parte de tecnologia, as hortaliças ainda são vistas como cultura familiar, mas, aqui na região, não é assim, vemos como uma agricultura empresarial”, conta.
À frente da diretoria, Shimada comanda as operações de culturas como alho, cenoura e beterraba. Segundo ele, a agricultura digital é fundamental para garantir a qualidade e evitar perdas nessas lavouras, já que são produtos com maior valor agregado. “Para você ter uma ideia, um hectare de alho, por exemplo, vale cerca de R$ 120 mil”, diz.
No entanto, o cluster mais tecnificado, de acordo com o levantamento da McKinsey deste ano, são os produtores à frente de grandes propriedades rurais nas novas fronteiras agrícolas brasileiras, Cerrado e MATOPIBA.
Jovens e qualificados, eles são nomeados Tech-savvy farmers e fazem parte do grupo de agricultores brasileiros que mais investem em inovação e tecnologia. De acordo a McKinsey, 95% dos growers desse grupo contam com Internet em suas propriedades rurais.
Engenheiro agrônomo e Especialista em Transformação Digital da Syngenta Digital, Jeremias do Nascimento afirma que esse movimento de digitalização começou com os grandes produtores, pelo tamanho da propriedade e pela necessidade da cultura. “O algodão, por exemplo, é uma cultura em que a qualidade é fundamental, e as ferramentas digitais são importantes para isso”, explica.
No entanto, segundo o engenheiro agrônomo, esses early adopters têm contribuído para que médios produtores também percebam o valor das soluções digitais em uma operação agrícola. Para Jeremias do Nascimento, o grupo de tecnificados tende a crescer: “a gente percebe que os médios já estão de mobilizando pra adotar o digital”.
O grupo de maior relevância numérica — 34% dos entrevistados — é o de empresários dos grãos, chamado de Grains entrepreneus, . Trata-se de companhias agrícolas, com propriedades que vão a até 2.500 hectares e operações mais sofisticadas na região do Cerrado e no Nordeste do nosso país, cujo foco principal está no aumento da produtividade das lavouras de grãos.
Entre os pequenos produtores, há aqueles que são mais maduros — mais de 55 anos — e que ainda não investiram na digitalização. O grupo Mature co-op members é composto pelos agricultores ligados a cooperativas que produzem cana-de-açúcar, café e grãos. Por fim, o estudo lista os Agri artisans, produtores de café mais maduros e conservadores em relação à tecnologia.
Confira a pesquisa aqui.
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