Por Dib Nunes As baixas temperaturas do inverno preocupam os agricultores, que podem amargar prejuízo causados pelas geadas nas lavouras. Por mais que se cuide, os canaviais geados representam riscos de perdas consideráveis, que precisam ser administradas para minimizar os prejuízos. […]
Por Dib Nunes
As baixas temperaturas do inverno preocupam os agricultores, que podem amargar prejuízo causados pelas geadas nas lavouras. Por mais que se cuide, os canaviais geados representam riscos de perdas consideráveis, que precisam ser administradas para minimizar os prejuízos. Porém, na maioria das vezes, não se consegue evita-los completamente.
Na cana-de-açúcar, os danos são causados pela ruptura das células dos tecidos das partes afetadas com resultado do congelamento do suco celular. Essa preocupação é mais latente com a cana de ano e com a cana que foi cortada na safra anterior.
Esses canaviais, além de interromperem o processo de desenvolvimento reduzindo a produção, se encontram com menor teor de sacarose por não terem ainda atingido a idade mínima para corte de 12 meses. Um dos maiores problemas é realizar um desponte adequado, principalmente quando se tratar de colheita mecanizada.
O procedimento de colheita deve ser de acordo com o volume de cana mais afetado. Nas áreas com danos leves há dois caminhos a seguir: corta-se tudo de uma só vez ou libera-se gradativamente e de acordo com análise. Mas, se é alto, deve-se administrar a matéria-prima, priorizando a cana geada mais madura e mais injuriada.
Outros canaviais atingidos são: a cana de ano e meio e socas cortadas antes da geada. Nestes casos temos duas situações a considerar:
No próximo ano, poderão faltar mudas bem desenvolvidas na época do plantio de verão. As maiores diferenças entre variedades estão nas suas capacidades de manter a qualidade da matéria-prima por mais tempo.
Critérios para apuração de danos causados por geada na cana
Esperar 10 dias para manifestação completa dos sintomas
• Notas de 0 a 5
• Mapeamento
• Realizar corte longitudinal dos colmos e corte transversal das gemas laterais, se afetadas.
Nota 5 – Praticamente todas as gemas afetadas;
Nota 4 – Morte da gema apical ao redor de 50% ou mais de gemas laterais mortas (tecido enegrecido), tecidos internos dos colmos de coloração amarronzada, aparência aquosa e forte odor característico de cana queimada e velha;
Nota 3 – Morte da gema apical entre 26% e 50% de gemas laterais mortas, tecido interno com apenas alguns locais com coloração amarronzada e aparência aquosa. Colmos parcialmente afetados;
Nota 2 – Morte da gema apical até 25% de gemas laterais mortas (principalmente as do ponteiro) e apenas um ou dois entrenós da ponta com coloração alterada e aquosa;
Nota 1 – Somente morte da gema apical;
Nota 0 – Sem danos graves / gema apical normal
Acidez do caldo
Método 1
Material: Pipeta volumétrica de 20 ml, Bureta de 25 ml, Copo Becker de 150 ml; Agitador magnético; pH Metro
Reagentes: Hidróxido de sódio 0,1 padronizado
Técnica:
• Pipetar 20 ml de caldo a adicionar 50 ml de água destilada em um Becker de 150 ml.
• Emergir o eletrodo no Becker com a amostra, colocando sobre o agitador magnético e ligar o pH Metro juntamente com o agitador.
• Titular com a solução de hidróxido de sódio 0,1 N até o pH 7,0 e anotar o volume de soda gasto
Quando o consumo de NaOH na titulação ficar entre 2,5 e 4,5 ml, a matéria prima está em processo de deterioração.
Método 2
Esta metodologia é mais simples e rápida.
• Em 25 ml de caldo, são adicionado 5 ml de uma solução de NaOH 0,1 N.
• Em seguida, medir o pH
Se o pH for maior que 7,7 a cana está em ótimas condições
Se o pH for menor do que 5,25 a matéria prima está em estágio avançado de deterioração
Quando o pH da solução estiver entre 5,25 e 7,7 significa que a cana está em processo de deterioração e precisa ser monitorada.
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