Para manter as propriedades nutritivas e a qualidade máxima dos grãos, é essencial cuidar da boa armazenagem dos grãos, sendo os silos a estrutura agrícola mais comum para essa função. E essa realidade se aplica a todos os tipos de […]
Para manter as propriedades nutritivas e a qualidade máxima dos grãos, é essencial cuidar da boa armazenagem dos grãos, sendo os silos a estrutura agrícola mais comum para essa função. E essa realidade se aplica a todos os tipos de produtores, das grandes empresas comercializadoras às cooperativas, tornando o bom uso dos silos um fator estratégico importante para a autonomia nessa transação.
Ter um bom sistema de armazenamento traz mais inteligência para a decisão de venda da produção, já que a capacidade de estoque evita que o produto seja obrigatoriamente vendido logo após a colheita, além de permitir melhor planejamento do frete.
Atualmente, a capacidade estimada de armazenagem no Brasil é de cerca de 166 milhões de toneladas, segundo levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Porém, é importante avaliar que a produção brasileira de grãos para 2018/2019 deve chegar a 235 milhões de toneladas. Isso mostra como ainda é deficitário o sistema de armazenamento no país, especialmente considerando que nem sempre é estocada apenas a safra do ano corrente.
Essa etapa é tão importante quanto as fases de colheita e transporte, já que é responsável pela manutenção da qualidade do produto, visando garantir também o valor dos investimentos feitos durante a produção. A integridade dos grãos é essencial tanto para o agente armazenador quanto para o produtor e o consumidor.
Como nem todos os produtores têm a possibilidade de possuir um sistema de armazenagem em sua propriedade, uma boa parte dessa estrutura é baseada em tradings, companhias que compram os grãos para comercializá-los no futuro por preços maiores – principalmente para a exportação, além das cooperativas locais e os sistemas de armazenagem pública.
A armazenagem privada e tradings correspondem a 76% da capacidade estática da estrutura de armazenamento no país, 21% são detidos pelas cooperativas e 3% relacionados às entidades oficiais, como órgãos municipais, estaduais e federais, de acordo com pesquisa da Conab de 2017. Nas duas últimas modalidades, os custos são menores para o produtor e existe a oportunidade da gestão terceirizada desse estoque, mas a possibilidade de mistura entre produções de fazendas diferentes pode dificultar o controle de qualidade e de pragas, diminuindo sua efetividade.
Muitas inovações estão sendo observadas na estrutura física dos silos de armazenagem, trazendo mais tecnologia e sustentabilidade para essa etapa. O sistema de aeração de grãos automático interligado ao sistema de termometria à estação meteorológica e a secagem de cereais, utilizando energia solar e ozônio, são ótimas oportunidades para combater e controlar as pragas e garantir a qualidade da produção, mesmo durante a armazenagem.
1. Pré-limpeza, limpeza e secagem – cuidar da estrutura física do ambiente diminui a incidências de doenças e de pragas;
2. Manejo Integrado de Pragas de Grãos Armazenados – medidas preventivas, curativas, métodos de controle, amostragem e monitoramento realizados durante o armazenamento;
3. Controle da umidade – minimiza a deterioração, tenta reduzir a incidência de doenças de pós colheita e micotoxinas. Como a alta umidade aumenta a incidência desses problemas, o grão passa pelo processo de secagem antes de ser estocado.
4. Temperatura – influencia o processo de respiração dos grãos e, assim como a umidade, seu aumento influencia diretamente a deterioração.
5. Aeração – estabelecer e manter uma temperatura moderadamente baixa e uniforme em todo o volume estocado no armazém.
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