Monitoramento de pragas: lagarta Spodoptera na soja - Syngenta Digital
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Monitoramento de pragas: lagarta Spodoptera na soja

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* Por Carolina Machado Marini, Agrônoma e Especialista em Transformação Digital na Syngenta Digital  A cultura da soja enfrenta pragas e doenças, além da competição com as ervas daninhas. O complexo das lagartas do gênero Spodoptera atacam as plantas, sendo as espécies: Spodoptera eridanea (Lagarta das folhas), S. cosmioides (Lagarta das vagens) e S. frugiperda (Lagarta militar). Todas se alimentam das folhas no […]

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lagarta Spodoptera

* Por Carolina Machado Marini, Agrônoma e Especialista em Transformação Digital na Syngenta Digital 

A cultura da soja enfrenta pragas e doenças, além da competição com as ervas daninhas. O complexo das lagartas do gênero Spodoptera atacam as plantas, sendo as espécies: Spodoptera eridanea (Lagarta das folhas), S. cosmioides (Lagarta das vagens) e S. frugiperda (Lagarta militar). Todas se alimentam das folhas no estágio vegetativo, com destaque para a S. eridane. Quando a soja entra no estágio reprodutivo, as estruturas reprodutivas são o foco das Spodopteras, causando danos no enchimento dos grãos.  

Esse grupo de lagartas desenvolveu resistência à tecnologia Bt nas variedades transgênicas de soja e, por isso, é considerado de difícil controle, além de seu elevado potencial biótico, com postura de 300 a mil ovos por fêmea. Hoje, esse complexo sofre uma grande pressão de seleção e desenvolve resistência rapidamente às moléculas químicas em decorrência das aplicações de inseticidas e do seu ciclo de vida curto, de aproximadamente 30 dias. 

O manejo da lagarta Spodoptera 

Lagarta spodoptera

O manejo adequado começa na fase pré-plantio, ou seja, na dessecação da palhada, onde a lagarta sobrevive e se alimenta no aguardo da emergência das plantas de soja. Nesse estágio, evita-se o ataque precoce da praga que, dependendo do prejuízo, pode levar à necessidade de replantio parcial ou total daquele talhão.  

A próxima etapa é o tratamento adequado das sementes para garantir o arranque inicial das plantas e seu vigor, além do estabelecimento da lavoura. Nesse tratamento, a semente de soja fica mais protegida contra o ataque das lagartas Spodopteras, de outras pragas e de organismos do solo, que podem prejudicar ou inviabilizar sua germinação. 

Após alguns dias do plantio, o técnico de campo deve entrar com o monitoramento. O MIP, Manejo Integrado de Pragas, é essencial para o controle da lagarta, que é polífaga e se alimenta da soja e outras culturas. Somente com a identificação precoce da Spodoptera spp., aumentamos a efetividade de controle no momento ideal.  

O controle químico da lagarta ainda pequena, com menos de 1cm, é muito mais eficiente do que quando ela tem 1cm ou mais de comprimento. Uma das coisas que dificultam o sucesso do controle é sua localização na planta e seus hábitos noturnos, pois ficam posicionadas na parte inferior da planta, diminuindo a assertividade da calda de aplicação do inseticida.  

A lagarta possui hábitos noturnos e, por isso, é importante o produtor se adequar ao horário mais propício para realizar a pulverização do inseticida.  Os sintomas do ataque dessa praga são, primeiramente, as folhas raspadas (manchas esbranquiçadas ou transparentes), que indicam lagartas que acabaram de eclodir dos ovos. Em seguida, as lagartas um pouco maiores começam a perfurar as folhas, indicando que estão mais desenvolvidas.  

O estádio em que a soja se encontra é importante também no momento de tomar a decisão do melhor momento do controle, pois no início do desenvolvimento do cultivo, a janela de tempo de ação é maior. No momento em que a entrelinha se fechar, o tempo de resposta tem que ser praticamente imediato, para manter a maior eficiência possível no manejo e aumentar a eficácia da aplicação do produto. 

O manejo digital 

Computador com gráficos

O principal objetivo do monitoramento de pragas periódico é identificar a presença da lagarta Spodoptera logo no seu início. Para isso, uma visita semanal é necessária, e o volume de pontos necessários mínimos é de 1 a cada 10 hectares, segundo a Embrapa, por meio do pano de batida. No registro, devem ser levados em conta o número de lagartas e seu tamanho. É importante salientar que as lagartas Spodopteras spp. devem ser monitoradas nos talhões com variedades de soja tradicionais e transgênicas, pelo motivo de esse gênero ter alta resistência à tecnologia Bt.

 

Com o auxílio de uma ferramenta digital, o registro dos dados fica mais fácil, organizado e prático para o técnico de campo realizar um monitoramento de qualidade superior ao tradicional, além da segurança e do armazenamento das informações. Quando elas são sincronizadas e a presença da praga é confirmada, os tomadores de decisão podem analisar a severidade e a urgência do controle químico. Dependendo da fase da soja, o controle pode ser feito de formas diferentes.  

Vantagens do digital no manejo 

Lagarta spodoptera na folha

O monitoramento digital tem diversas vantagens: a primeira delas é o acompanhamento contínuo das áreas do produtor, que passa a conhecer, a cada dia mais, seus talhões e a estar mais perto da lavoura, mesmo quando não está fisicamente na fazenda, sabendo inclusive quando houve uma nova visita de monitoramento.  

Outro benefício é estar por dentro do índice de severidade atualizado de cada talhão, conseguir aprofundar na análise da média do talhão por praga ou, ainda, ver ponto a ponto georreferenciado e a foto vinculada a eles, além de registrar todas as aplicações realizadas nas áreas.  

No caso da lagarta, saber onde está a maior pressão é ideal para estudar a necessidade de uma aplicação em área total ou parcial, sendo a última uma indicação de economia de produto, hora/máquina e de uma produção cada vez mais sustentável.  

A ferramenta digital traz ainda a segurança e a organização dos dados, que podem ser resgatados a cada safra para planejamento mais assertivo, como a melhor escolha das variedades que serão plantadas e os produtos químicos com qualidade superior, bem como analisar os pontos de melhoria para a próxima safra.  

O produtor atual é conectado e consegue, por meio da tecnologia, aumentar sua produtividade ficando antenado em relação aos dados reais de sua propriedade e trazendo para discussão com seu consultor a melhor forma de economizar e otimizar seu investimento na produtividade final esperada. 

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