Nesta edição, mais de 3 mil mulheres se reuniram virtualmente para discutir o agronegócio e o futuro do setor. A Pandemia mudou tudo. Se por um lado nos afastou fisicamente, por outro nos aproximou virtualmente. Graças à tecnologia, o Congresso Nacional das Mulheres do […]
Nesta edição, mais de 3 mil mulheres se reuniram virtualmente para discutir o agronegócio e o futuro do setor.
A Pandemia mudou tudo. Se por um lado nos afastou fisicamente, por outro nos aproximou virtualmente. Graças à tecnologia, o Congresso Nacional das Mulheres do Agro teve o maior público de todas as edições e possibilitou com que mulheres de todo o Brasil pudessem participar do evento.
E elas estão cada vez mais presentes no agronegócio. Assumindo o protagonismo dentro e fora das porteiras. Na última década, para se ter uma ideia, segundo o IBGE, o número de estabelecimentos agrícolas liderados por mulheres aumentou 38%. Atualmente, quase um milhão de mulheres dirigem propriedades rurais no Brasil, deixando sua marca nos negócios de forma resiliente, focada e flexível.
O primeiro dia do congresso já começou comprovando porque ele é um sucesso. Muito conteúdo e troca de experiencias entre lideranças do setor, debatedores e palestrantes brasileiros e do exterior. Sustentabilidade e bioeconomia foram os destaques do dia.
No primeiro painel, Marcello Brito, presidente do Conselho diretor da ABAG, chamou a atenção para a importância da China, principal parceira comercial do Brasil, e a nossa dependência da gigante asiática. Alguns números foram apresentados:
. Só no 1º trimestre deste ano, o comércio entre os dois países foi de U$71 bi.
. 60% do consumo mundial está na Ásia
. Interdependência da China causou impactos enormes no agro brasileiro. Problema com containers, falta de fertilizantes, por exemplo, que somados a alta do dólar trouxeram um grande desafio ao produtor: produzir com até 40% de aumento nos custos!
“Temos que cuidar muito bem desse relacionamento. É preciso entender a China, conhecer a cultura dos chineses. Para entender o futuro”, afirma Brito que ainda citou um estudo sobre os millenials chineses apontando o quanto eles se preocupam com o meio ambiente. “Temos que nos atentar a isso. Esse comportamento mostra o caminho que precisamos seguir já que esses millenials chineses serão os futuros decisores no mundo”, conclui.
Praticar um agronegócio sustentável se torna urgente. Tem sido uma cobrança dos consumidores e da sociedade. Mas para se alcançar o objetivo, os painelistas alertam para a necessidade de se combater primeiro os problemas internos no país. A começar pelos 27 milhões de brasileiros que hoje se encontram abaixo da linha da pobreza. Isso vai contra a imagem de pioneirismo e de liderança do Brasil quando se fala em segurança alimentar mundial. Outro problema destacado por eles foi a Amazônia e os desmatamentos ilegais criminosos que tornam o país e o nosso agro alvos de críticas.
Apesar dos desafios, a boa notícia é que implementar sustentabilidade porteira adentro é uma realidade possível e ao alcance de qualquer produtor. Não fala mais em sustentabilidade OU produtividade, mas sim sustentabilidade E produtividade. Elas andam cada vez mais juntas!
– Promover a cultura do reciclar e reaproveitar na fazenda
– Gerar a própria energia
– Cuidar dos resíduos
– Reaproveitar a água da chuva
É preciso mais do que reduzir os impactos ambientais. É necessário promover um impacto positivo na natureza. Como por exemplo, trazer a biodiversidade de volta ao mesmo tempo que se continua produzindo.
Tecnologia e inovação são aliadas fundamentais nesse processo. Com a tecnologia é possível:
- Aumentar a produtividade e rentabilidade
– Reduzir os insumos
– Preservar os recursos
– E promover um bem estar social já que é possível, por exemplo, trazer mais qualidade de vida ao trabalhador do campo
A sustentabilidade tem sido tão importante para o setor que foi mais uma vez o assunto condutor da maioria dos debates no segundo dia de congresso. Em uma das mesas redondas se falou muito sobre ILPF e ESG. Você certamente já ouviu falar nelas. Mas sabe o que significam?
ESG é a sigla do momento em inglês para “environmental, social and governance” (ambiental, social e governança). ESG nada mais é que um conjunto de práticas com foco nesses três pilares e que mostra o que as empresas têm feito em prol da sustentabilidade.
ILPF é Integração-Lavoura-Pecuária-Floresta. Nessa integração se utiliza diferentes sistemas produtivos como a produção de alimentos (agricultura), de pecuária e introdução de floresta em uma mesma área. A ILPF é uma estratégia para se praticar a agricultura regenerativa e pode ser adotada em qualquer propriedade rural, independentemente do tamanho. A técnica tem se mostrado uma boa opção para a regeneração das pastagens degradadas no país.
Para adotar a ILPF é preciso:
– verificar se há demanda/mercado para o que se quer produzir
– identificar como é a logística para escoamento de safra e chegada de insumos
– analisar a disponibilidade de mão de obra, de assistência técnica
– Avaliar o clima e relevo da área
Entre os inúmeros benefícios da ILPF estão a otimização do uso da terra, elevando a produtividade de uma mesma área, o uso racional dos insumos e a diversificação da produção. Tudo isso feito de uma forma ambientalmente correta. Atualmente, existem mais de 17 milhões de hectares no país se beneficiando de algum tipo de integração. A Embrapa junto a outras empresas, incluindo a Syngenta, possuem uma rede importante de incentivo ao ILPF. Saiba mais!
O que é preciso para ser uma boa líder? Para se destacar e fazer uma boa gestão? Um dos painéis do Congresso Nacional das Mulheres do Agronegócio foi exatamente sobre isso! Dicas valiosas foram dadas. Veja só!
– É preciso praticar uma liderança humanizada.
Como? Entendendo que cada funcionário é único e com necessidades distintas. Seja inclusiva! Uma liderança humanizada aceita o diferente e tira o melhor dele.
– Seja uma líder com valores, que inspire. Isso gera credibilidade.
Pra isso, compartilhe suas convicções, passe confiança.
– Tenha inteligência emocional
– Invista em formação qualificada e em uma força de trabalho diversa.
Quanto mais gente preparada, mais produtividade e resultados são gerados. Quanto mais plural a sua equipe, mais ideias diferentes irão surgir e agregar ao seu negócio.
– Escute!
E inclua a opinião e o pensamento dos funcionários nos processos e tarefas da fazenda.
O último dia da sexta edição do Congresso Nacional das Mulheres do Agronegócio trouxe para o debate a geração de valor nos negócios. Implementar uma agricultura regenerativa foi uma das formas citadas, além do uso de microrganismos, em um momento que se busca tanto cuidar da saúde dos solos brasileiros. Dados apontam que em 2010, produtos aplicados no sulco do plantio eram aplicados em apenas 200 mil hectares. Onze anos depois já são 20 milhões de hectares, números que mostram o quanto os produtores estão conscientes e preocupados com o meio ambiente.
Inovar a fazenda e digitalizar também é uma forma de gerar valor nos negócios. Mas Rafael Miotto, vice-presidente da New Holland, alerta “A digitalização deve ser feita passo a passo. Ela só deve acontecer quando você já entende todos os processos, entende a agronomia, coloca a mão na massa, tem um bom mapeamento da sua fazenda e uma gestão bem controlada. Não dá para pular etapas”.
Feito isso, comece pelo básico, com ferramentas que te permitem entender o que acontece em cada talhão, que te ajudam em uma agricultura de precisão e na otimização de aplicações de fertilizantes. Há também ferramentas que te auxiliam na gestão, isso é fundamental. “Colocar a digitalização junto com a mão na massa, você agrega valor e ainda tem maior rentabilidade e sustentabilidade”, conclui.
Pra finalizar, o congresso ainda trouxe as sete virtudes capitais das mulheres do agronegócio. Sabe quais são elas?
Características que só mostram a importância das mulheres na gestão seja das fazendas ou dos negócios!
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