O 5G chegou ao Brasil e “a Anatel incluiu o compromisso de implantação dessa tecnologia em todos os municípios do país até 2029”. É o que explica o superintendente de planejamento e regulamentação da Agência Nacional de Telecomunicações, Nilo Pasquali. Segundo a lógica de instalação dos […]
O 5G chegou ao Brasil e “a Anatel incluiu o compromisso de implantação dessa tecnologia em todos os municípios do país até 2029”. É o que explica o superintendente de planejamento e regulamentação da Agência Nacional de Telecomunicações, Nilo Pasquali. Segundo a lógica de instalação dos padrões tecnológicos anteriores, o processo começará pelas cidades, o que significa que o meio rural precisará esperar ainda mais. Mesmo assim, há projetos em curso para ampliar a cobertura de rede móvel e levar infraestrutura em conectividade para o campo, o maior entrave para a adoção em massa da agricultura digital no país.
Neste texto, a Syngenta Digital discute as implicações da evolução tecnológica para o campo e reflete sobre as dificuldades enfrentadas pelos agricultores em relação à digitalização de suas operações.
Quem utiliza smartphones provavelmente já está familiarizado com o 3G e o 4G, símbolos que representam a rede móvel de dados no topo da tela do celular. Naturalmente, há de se pensar que o 5G é uma evolução dos padrões tecnológicos anteriores. De fato, trata-se de uma nova gama de possibilidades para a transformação digital. Questionado pela Syngenta Digital, Nilo Pasquali explica que a 5ª geração da tecnologia trará:
De acordo com o Espaço 5G, a página da Anatel dedicada à nova tecnologia, um dos modos de uso está relacionado à Internet das Coisas, a IoT. Com o avanço, será possível atender a um maior número de dispositivos, “levando a Internet das Coisas a um novo patamar de atendimento”.
Pouco adianta a chegada de um avanço tecnológico para produtores rurais que ainda trabalham offline. Segundo Nilo Pasquali, da Anatel, o Brasil ainda perde, em muito, para a densidade dos acessos de banda larga fixa dos países desenvolvidos e dispõe de uma velocidade média mais baixa. Por isso, a agência elaborou um Plano Estrutural de Redes de Telecomunicações, o PERT, que prevê, por exemplo:
É por isso que falar em 5G pode parecer distante demais para produtores com não contam sequer com o 2G ou 3G, padrões anteriores. Sem Internet, a digitalização e automação das operações agrícolas não acontece. O último Censo Agropecuário, realizado em 2017, comprova esse cenário, indicando uma cobertura extremamente baixa de banda larga no país – só 28% dos estabelecimentos rurais contavam com Internet naquele ano.
Em relação ao 5G, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) informou à Syngenta Digital que “o primeiro piloto de antena 5G standalone (5G pura/autônoma) em área rural foi inaugurado em Rondonópolis (MT), no último dia 11 de maio [de 2021]”.
O objetivo do Mapa, em parceria com o Ministério das Comunicações, é lançar outros pilotos “que funcionarão como teste para a chegada, a curto prazo, das operações 5G no país pelas empresas de telecomunicações”.
Para a implementação do 5G no Brasil, será realizado leilão das frequências de operação da nova geração de internet móvel.
Com infraestrutura de conectividade, o agricultor tem acesso a uma gama de possibilidades e pode associar a tecnologia ao seu processo produtivo. Internet das Coisas, big data, analytics, e ferramentas de sensoriamento e rastreamento estão entre as oportunidades. Esses investimentos podem tornar uma operação mais produtiva e competitiva.
O resultado desse cenário? Um abismo entre aqueles que têm acesso à Internet e os que não têm. A chegada do 5G trará ainda mais melhorias para as operações conectadas, podendo intensificar o problema de desigualdade. É que os custos para a instalação de internet banda larga no meio rural é alto: segundo pesquisa realizada pelo BNDS, custos de instalação giram em torno de 500 mil reais e o agricultor precisaria ainda arcar com uma manutenção mensal de cinco mil reais. O estudo completa: “levar a conectividade para áreas de menor porte pode ser extremamente custoso para seus produtores, pois não há a escala mínima necessária para torná-la viável”.
Uma das soluções para esse entrave está no cooperativismo. Segundo Silvia Masshurá, chefe geral da Embrapa Informática, produtores menores podem se associar em cooperativas para viabilizar a instalação em uma região.
Para Adriano Morel, Analista de Agriculturas Digital da SLC Agrícola, as grandes empresas do agro brasileiro superaram as barreiras da conectividade, mas enfrentam outros desafios. “Agora, você enfrenta os efeitos dessa conectividade. Não é simplesmente ter conectividade, você precisa reestruturar sua empresa, todo o seu parque de máquinas, trabalhar com os servidores, com segurança cibernética”, explica. A qualificação da mão de obra para um cenário de conectividade também é uma questão: “O volume gerado de informações é gigantesco, você precisa também ter uma equipe treinada”, completa.
“Se já estamos trabalhando com dados automáticos e suporte pra tomada de decisão no 4G, com a estabilidade e a velocidade do 5G, você vai começar a pensar em automação agrícola”, antevê Adriano Morel. O superintendente Nilo Pasquali confirma que a aplicação da Internet das Coisas ganhará força “especialmente na indústria e nas operações agrícolas”, conta. Com ela, será possível investir em uma maior automatização e utilização mais eficiente de sensores da lavoura.
Leia sobre a Internet das Coisas aqui.
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