No Brasil, as operações de Barter já são conhecidas entre produtores e grande corporações do agronegócio. O mecanismo consiste em pagar por insumos, como fertilizantes, sementes e defensivos, com produtos agropecuários, como soja e milho. A troca acontece sem a […]
No Brasil, as operações de Barter já são conhecidas entre produtores e grande corporações do agronegócio. O mecanismo consiste em pagar por insumos, como fertilizantes, sementes e defensivos, com produtos agropecuários, como soja e milho. A troca acontece sem a intermediação monetária, e o serviço já é oferecido por grandes companhias, em troca dos grãos que serão colhidos mais tarde.
A principal vantagem da operação é evitar juros altos dos bancos e das instituições financeiras, além de diminuir a burocracia dos financiamentos. Mas uma Agtech londrinense encontrou uma maneira ainda mais prática de realizar estas operações. Mariana Bonora, Renato Girotto, Guilherme Costa e Thiago Zampieri criaram em 2016 a Bart Digital, uma plataforma que automatiza e simplifica a operação de Barter em toda a cadeia agrícola .
Reunindo conhecimento
Antes de darem início à Agtech, Mariana Bonora já lidava com operações de Barter há mais de 5 anos. Advogada de formação, ela percebia o quão lentas e burocráticas poderiam ser as operações de troca. “Já eu, estava envolvido com operações de campo. Trabalhava com uma distribuidora de insumos e sabia da exposição ao risco que o cliente tinha pelo tempo de formalização de uma operação Barter”, conta Renato Girotto – CEO da Bart Digital, produtor rural e veterinário.
O time ficou completo ao se encontrarem com dois engenheiros da computação: Thiago Zampieri, também produtor rural, e Guilherme Costa, com toda experiência em soluções web e mobile. Assim nasceu a Bat Digital, que logo no seu primeiro ano foi vencedora do 16º Programa de Aceleração da Startup Farm.
Automatização de dados
Atualmente, cerca de 40% das vendas de insumos no Brasil são feita através das operações de Barter. Em uma operação, podem estar envolvidos produtores, distribuidores de insumos, indústrias, tradings, cooperativa de produtores rurais, bancos e instituições financeira, o que gera muita papelada e idas e vindas dos correios. A proposta da Bart é ser a primeira plataforma que integra todos estes elementos com agilidade, reduzindo o tempo das operações. De acordo com Renato Girotto, uma operação tradicional pode levar de 30 à 180 dias, no casos de situações mais complexas.
Na Bart Digital, as partes envolvidas na operação encontram um sistema de modelos de contrato, geram, analisam e trocam os documentos por meio de inteligência artificial. Podem também fazer um certificado digital, que funciona como uma assinatura. “Tudo isso reduz o tempo de operação para até 7 dias”, afirma Girotto.
O sistema é parametrizado, ou seja, pode ser adequado ao formato da empresa ou credor que deseja obter a operação. O custo para o usuário da Bart é baseado no número de transações ou por uma taxa no valor total negociado.
A empresa agora tem sede em Indaiatuba (SP) e está sendo acelerada pela Pulse, hub de inovação da Raízen, principal fabricante de etanol de cana-de-açúcar do país. Completando um ano de operação, as expectativas da empresa são de expansão para 2018. “Focamos no mercado de soja e milho, mas queremos explorar e abrir nosso leque para outras culturas, e até para o mercado de maquinário”, analisa Girotto.
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