Em busca de redução de custo e aumento de produtividade, produtores de cana-de-açúcar estão adotando um método de plantio que não é muito novo, mas está se tornando muito popular. A MEIOSI, ou Método Inter Ocupacional Simultâneo, tem como principal […]
Em busca de redução de custo e aumento de produtividade, produtores de cana-de-açúcar estão adotando um método de plantio que não é muito novo, mas está se tornando muito popular. A MEIOSI, ou Método Inter Ocupacional Simultâneo, tem como principal objetivo formar o viveiro de muda de cana-de-açúcar dentro da própria área de renovação. Logo após a colheita, os agricultores preparam o terreno e plantam linhas de mudas pré-brotadas. São essas mudas que serão usadas para o replantio de toda a área.
Michel Fernandes, Gerente Agrícola da Usina Cerradão e diretor da MS Fernandes Consultoria Agrícola, afirma que o método tem muitas vantagens com relação ao plantio mecanizado: “o plantio mecanizado no Brasil tem a média de consumo de muda na casa de 16 toneladas por hectare, enquanto o gasto de mudas na MEIOSI é de aproximadamente 10 toneladas por hectare, o que gera uma economia de muda de 60%. Outro fator econômico é o transporte da muda, que não tem custo algum, já que a muda da MEIOSI está no local do plantio”, reforça
O especialista explica que a técnica funciona no plantio de duas linhas de cana. No mesmo terreno, um espaço é liberado para semear leguminosas, como soja e amendoim. Em seguida, são plantadas mais duas linhas de cana, com espaço determinado pela época em que o agricultor deseja plantar a MEIOSI.
Crédito: Fotos aéreas da Cocamar, as térreas do Renato Quintino.
Intercalar culturas com o canavial, reduz custos e melhora a eficiência da reforma, além de ser uma alternativa ao plantio mecanizado.
Mas o produtor que decide adotar o método não deve se livrar de toda tecnologia. Existem ferramentas que podem auxiliar no controle das culturas compartilhadas, gerando uma produtividade ainda mais eficiente:
1- Análises via sensoriamento remoto
As imagens facilitam a apuração de problemas em lugares remotos. Assim, o produtor consegue identificar quais áreas estão mais degradadas, e também onde o solo já está saudável e já é possível adotar a técnica.
Além disso, após a aplicação do Método Inter Ocupacional, a análise via sensoriamento remoto permite acompanhar o desenvolvimento do canavial e das leguminosas de forma detalhada.
2- Monitoramento Integrado de Pragas
O primeiro passo para a MEIOSI é obter colmos de qualidade, vindos de cultivos livres de doença. O sistema de Monitoramento Integrado De Pragas permite acompanhar as infestações na Muda Pré Brotada.
Por meio do monitoramento, o agricultor também pode analisar se os tratos culturais estão sendo suficientes na lavoura secundária, que intercala área com a cana. A cobertura da área com leguminosas aumenta a umidade do solo e protege o terreno contra erosão.
3- Software de gerenciamento
De acordo com Michel Fernandes, o custo da MEIOSI é cerca de 30% menor que o plantio mecanizado. Mas inserir um processo novo no campo, principalmente com mão de obra, exige do produtor organização e disciplina.
O Software de gerenciamento facilita a tomada de decisão do líder, uma vez que permite agrupar todas as atividades ligadas à nova técnica. Além disso, é possível mensurar custos e calcular gastos extras.
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