Por Luiz Tângari Tecnologia de informação no agronegócio deixou de ser um modismo (uma ideia) e já se tornou parte da realidade diária dos produtores em todo o Brasil. A tendência de empresas trazerem ferramentas de inovação digital para a agricultura […]
Por Luiz Tângari
Tecnologia de informação no agronegócio deixou de ser um modismo (uma ideia) e já se tornou parte da realidade diária dos produtores em todo o Brasil. A tendência de empresas trazerem ferramentas de inovação digital para a agricultura (como ocorreu em táxis, bancos e educação) já é bem conhecida. Produtores por todo o Brasil já experimentam ofertas sofisticadas de tecnologia combinando sensores, drones, tablets e satélites.
Estas ofertas, no entanto, tiveram uma característica predominantemente experimental. Os produtores, já habituados a fazer testes com novidades em sementes e moléculas em pequenas áreas em suas fazendas, replicaram o mesmo comportamento com a tecnologia digital.
O fato é que até pouco tempo, apesar de um grande volume de produtores terem experimentado algum tipo de tecnologia, era muito raro ver algum destes produtos realmente incorporados à rotina da fazenda. Este fenômeno, chamado de “barreira de adoção” (soft adoption) era o principal gargalo para o desenvolvimento do setor.
Mas essa realidade mudou e conseguimos quebrar esta barreira
Nossa experiência na Strider* mostra que para vencer essa barreira é preciso que a empresa seja realmente útil e entregue informações que possam ser usadas na tomada de decisão diária no campo, facilitando o gerenciamento operacional.
Também descobrimos como os produtores são pragmáticos e fazem questão de medir a relação custo/benefício do seu investimento na ponta do lápis. Por isso, a empresa deve oferecer uma maneira clara de mensuração de resultados, mostrando o impacto que sua ferramenta causa em produtividade e redução de custo.
Ser simples de usar e acessível é quase que obrigatório. As pessoas não querem perder tempo tentando decifrar sistemas complexos.
Um bom exemplo é a plataforma “myJohnDeere” que permite aos produtores extraírem mapas de plantio diretamente das plantadeiras. Uma ferramenta simples e acessível, compatível com outros sistemas. No tablet ou no computador, os produtores têm acesso rápido às informações ainda durante o plantio e podem tomar ações corretivas rapidamente.
Acredito que o diferencial também se faz no pós-venda. Uma empresa que se preocupa com a experiência e com o sucesso do cliente em campo, e que dá suporte às suas dúvidas e dificuldades, sem dúvida sempre estará à frente de seus concorrentes.
À medida que as empresas de AgTech forem se tornado capazes de quebrar a barreira de adoção, veremos mais e mais produtores incorporando tecnologias em suas rotinas. Os mais otimistas, acham que essa pode ser uma nova revolução verde, similar à que tivemos na década de setenta, com a adoção maciça de mecanização que permitiu ao Brasil se tornar referência em agricultura no mundo.
* A Strider agora é Syngenta Digital. A agtech mineira foi adquirida pela Syngenta em 2018, e a fusão foi concluída dois anos depois. A Syngenta Digital é parceira de milhares de produtores agrícolas pelo mundo por meio de tecnologias de gestão e tomada de decisão.
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