*A fotografia de destaque desta página foi tirada antes do período da pandemia. Após um experimento com o monitoramento georreferenciado de percevejos, a Embrapa passou a recomendar a aplicação localizada para redução do uso de inseticidas e a melhor qualidade dos grãos colhidos. O projeto realizado […]
*A fotografia de destaque desta página foi tirada antes do período da pandemia.
Após um experimento com o monitoramento georreferenciado de percevejos, a Embrapa passou a recomendar a aplicação localizada para redução do uso de inseticidas e a melhor qualidade dos grãos colhidos. O projeto realizado em parceria com a Cocamar resultou em 45% a menos de defensivos pulverizados em comparação com o manejo tradicional.
Líder da pesquisa na Embrapa, Samuel Roggia conta que estudos sobre a distribuição espacial de percevejos na soja vêm sendo conduzidos desde a safra 2015/16. “Mesmo antes de estarem disponíveis recursos de georreferenciamento no campo, a Embrapa sugeria que o controle de percevejos poderia ser realizado de forma localizada, na borda da lavoura, baseando-se no monitoramento da distribuição espacial da praga”, conta.
A Cocamar Máquinas, concessionária John Deere que deu apoio nas pulverizações do projeto, já havia feito aplicações localizadas em algumas áreas no ano passado. O Gerente de Soluções Integradas de Agricultura de Precisão da empresa, Eliseu Vicente dos Santos, diz que a grande barreira ainda é a produção do mapa de pressão das pragas de forma georreferenciada. “A gente acredita muito na aplicação por zonas de infestação. Estamos fazendo parcerias com várias empresas para facilitar a coleta e o mapeamento”, diz.
A Cocamar disponibilizou diversas áreas na região de Maringá e Londrina, no Paraná. O experimento foi realizado em uma lavoura de soja em Bela Vista do Paraíso, onde semanalmente era realizada a amostragem de percevejos em 80 pontos georreferenciados e distribuídos regularmente em uma área de aproximadamente 20 hectares.
Os dados foram registrados no Agrotag, aplicativo da Embrapa para dispositivos móveis que permitiu que várias equipes trabalhassem no levantamento, agrupando as informações em um único banco de dados, analisado por procedimentos de geoestatística.
A Cocamar foi responsável pelas aplicações com as máquinas John Deere. “Após a coleta dos dados, eles liberavam o mapa de infestação. A gente, então, produzia o mapa de pulverização e acompanhava a aplicação no campo”, conta Eliseu Vicente dos Santos.
As aplicações localizadas foram feitas nas datas em que áreas da lavoura apresentaram níveis populacionais acima de dois percevejos por pano. “Em paralelo, uma área de aproximadamente 30 hectares foi amostrada com o procedimento tradicional, não georreferenciado e com a tomada de decisão sobre a necessidade de controle realizada de acordo com a densidade média de percevejos na lavoura”, explica Roggia.
A pesquisa revelou redução no uso de inseticidas. O controle localizado diminuiu a quantidade de defensivos em torno de 17% em relação ao Manejo Integrado de Pragas (MIP) aplicado em área total. Em comparação com o manejo tradicional, a redução foi de 45%.
Além disso, foi percebida melhora na qualidade dos grãos colhidos, com menor taxa de grãos picados por percevejos. O pesquisador Samuel Roggia conta que o experimento contribui para bases científicas do conceito de zona de manejo, além de gerar demanda para o desenvolvimento de soluções de amostragem mais práticas.
“O controle localizado proporciona o uso racional de inseticidas, protegendo a lavoura contra o ataque de pragas de maneira minuciosa e segura, aplicando o inseticida onde é necessário e mantendo as áreas com nível de praga abaixo do nível de controle, sem aplicação, contribuindo para a preservação dos agentes de controle biológico nesses locais”, aponta Roggia.
Ainda de acordo com Samuel Roggia, os dados do levantamento foram digitais já na origem, permitindo fácil compartilhamento entre equipes de trabalho e supervisores, mesmo à distância. “Isso tudo resulta na rapidez na geração dos mapas e sua disponibilização para ser usado para o pulverizador realizar a aplicação localizada”, explica o pesquisador.
O Gerente de Soluções Integradas da Cocamar Máquinas prevê que o monitoramento georreferenciado seja adotado pela maioria dos produtores em um futuro próximo. “Já existem sensores eletroquímicos que detectam o cheiro do percevejo de forma precisa. A máquinas vão partir para isso e fazer a correção em tempo real”, analisa Eliseu dos Santos.
A cooperativa integra a oferta Controle Certo, que faz a ponte do monitoramento digital com os produtores por meio da ferramenta Cropwise Protector, da Syngenta Digital. O programa também vem com um protocolo de produtos Syngenta. Técnicos qualificados fazem as coletas de dados na lavoura e, então, agricultor e consultores da Cocamar tomam a melhor decisão em relação às pulverizações. Saiba mais sobre a ferramenta de agricultura digital aqui.
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