A cultura do sorgo é de grande importância no setor pecuário brasileiro, principalmente na alimentação de bovinos. O sorgo é uma espécie que possui boas características de adaptação em áreas com déficit hídrico acentuado e em regiões com altas temperaturas […]
A cultura do sorgo é de grande importância no setor pecuário brasileiro, principalmente na alimentação de bovinos. O sorgo é uma espécie que possui boas características de adaptação em áreas com déficit hídrico acentuado e em regiões com altas temperaturas e apresenta maior grau de tolerância às condições de fertilidade do solo. Para diminuir os custos na criação animal a demanda pelo plantio apresentou um aumento considerável nos últimos anos.
Os grãos de sorgo são utilizados das mais variadas formas para alimentação humana e animal. Na alimentação do homem, são utilizados para fazer farinha para a produção de pães, papas, mingaus, melaço, e recentemente, o sorgo tem sido usado na produção de energia – na forma de bioetanol e produção de biomassa. Na alimentação de animais é utilizado na forma de rações comerciais para dietas de monogástricos, ruminantes, peixes, crustáceos e pequenos animais domésticos.
Além disso, a planta inteira de sorgo é bastante nutritiva podendo ser cortada verde e ser servida em cochos para os animais, ou ainda pode ser ensilada quando os grãos atingirem o ponto de “massa dura”. O sorgo ainda pode ser usado para fenação, silagem pré-secada e como pasto temporário de verão (BORÉM, 2014).
O grão de sorgo tem características de valor nutricional que é bastante influenciado pelas condições do ambiente onde é feito o plantio e também varia entre as cultivares. O grão inteiro possui em média uma composição química que apresenta 71,8% de amido, seguido por 11,3% de proteínas, 3,4 de lipídios, 2,7% de fibra alimentar e 1,7% de cinzas.
A presença de alguns dos compostos nos grãos de sorgo, traz características importantes para nutrição e saúde do homem. O amido resistente, por exemplo, tem apresentado efeitos benéficos à saúde humana, como redução dos níveis de LDL, glicemia pós-prandial (desejável no diabetes) e de triglicerídeos plasmáticos. Outro exemplo de componente benéfico para o homem é a fibra alimentar que contribui com a saúde cardiovascular e gastrointestinal, na prevenção do câncer e no controle do diabetes tipo 2.
Outras características importantes para o consumo de sorgo na alimentação animal é a presença do polímero tanino no grão e a presença da substância durrina na planta. A presença de tanino no grão causa supressão na digestibilidade da proteína e dos carboidratos, reduzindo o valor biológico do grão em animais. A presença de durrina nas partes verdes de plantas jovens de sorgo pode causa acidentes digestivos em ruminantes. No entanto, a presença de tanino não causa toxidez e as concentrações de durrina com o crescimento da planta vão diminuindo, não sendo prejudicais aos animais.
O Sorgo, Sorghum bicolor L. Moench, tem sua origem na região da Etiópia. Apresenta cultivares de porte baixo aptos a colheita mecanizada, cultivares de porte alto utilizadas na produção de silagem, cultivares utilizadas na produção de açúcar e etanol, e ainda cultivares para pastejo extensivo e para fabricação de vassouras através da panícula.
Por Marihus Altoé Baldotto (Professor UFV) & Manuela Almeida Santos (Monitora e formanda em Engenharia Agronômica pela UFV).
Esse é o segundo texto do artigo sobre “A cultura do sorgo”. Leia aqui o primeiro:
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Até lá!
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