O Brasil é o maior produtor de cana-de-açúcar do mundo, seguido pela Índia. O setor ainda gera cerca de 1 milhão de empregos, direta e indiretamente. O clima é, sem dúvida, grande responsável pela qualidade e quantidade de cana de […]
O Brasil é o maior produtor de cana-de-açúcar do mundo, seguido pela Índia. O setor ainda gera cerca de 1 milhão de empregos, direta e indiretamente.
O clima é, sem dúvida, grande responsável pela qualidade e quantidade de cana de açúcar produzida por aqui, seja para bebidas ou para gerar o etanol. Confira agora os impactos que as mudanças climáticas podem trazer à sua produção:
Tempo chuvoso
O tempo chuvoso contribui muito para que a umidade do solo aumente, levando ao crescimento saudável da cana.
Tempo seco (sem chuvas)
Apesar de diminuir a produção, a ausência de chuvas facilita a colheita. Outra vantagem do tempo seco com temperaturas mais amenas é a elevação, mesmo que parcial, dos níveis de ATR (Açúcar Total Recuperável), que indicam a qualidade da cana e a capacidade de ser convertida em açúcar ou álcool.
O que aprender com a estiagem
Desde o outono, uma severa estiagem vem acometendo o centro-sul do Brasil, principal produtora de cana do país. Isso acende o sinal de alerta para as safras de cana do próximo ano, pois pode levar ao encerramento prematuro das colheitas e processamentos de cana-de-açúcar da safra 2018/2019.
Um levantamento feito pela UNICA (União da Indústria de Cana-de-Açúcar) apontou que, enquanto na safra 2017/18, encerrada em março, a produção alcançou 596 milhões de toneladas de cana moídas pelas usinas, no período 2018/19 o montante pode ser de até 556 milhões, representando uma diferença de 6,71%. Se a tendência for mantida, a produção de açúcar deve ser 8 milhões de toneladas inferior à da safra 2017/18. Ainda assim, a redução na produção de cana não deve atrapalhar a produção do etanol. Isso porque, apesar da perda na colheita, o produtor sai ganhando na qualidade da safra, já que o clima favorece a qualidade da cana.
Sobre o futuro
O início da moagem da safra 2019/2020, que normalmente acontece entre março e abril, pode ser atrasado, caso o clima não coopere para o crescimento saudável e dentro dos prazos das plantações.
Mas, mesmo com os adiantamentos prováveis, o estoque será suficiente para manter o equilíbrio e suprir as demandas. De qualquer maneira, o produtor precisa considerar as intempéries climáticas e acompanhar de perto o desenvolvimento das lavouras.
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