Apesar das grandes adversidades do último ano, como a pandemia do coronavírus e o atraso de chuvas, a colheita de soja 20/21 deve seguir batendo recordes no Brasil. A expectativa é de um aumento de 2,2% em relação à safra passada, com 127,57 milhões de toneladas, segundo estimativa da Associação Brasileira […]
Apesar das grandes adversidades do último ano, como a pandemia do coronavírus e o atraso de chuvas, a colheita de soja 20/21 deve seguir batendo recordes no Brasil. A expectativa é de um aumento de 2,2% em relação à safra passada, com 127,57 milhões de toneladas, segundo estimativa da Associação Brasileira de Produtores de Soja (Aprosoja).
O fenômeno La Niña, que ocorre quando há o resfriamento da superfície das águas do Oceano Pacífico, foi responsável pelo clima mais seco nas regiões Sudeste e Centro-Oeste e pela estiagem no Sul, levando ao atraso do plantio em muitas fazendas. “A falta de chuva fez com que os agricultores achassem que a produtividade pudesse cair. Mas dezembro teve o dobro de chuvas de novembro, o que compensou bastante, e as colheitas estão com produtividades normais, até altas”, conta o Engenheiro Agrícola e Ambiental Ângelo Seolin, também Especialista em Transformação Digital (ETD) na Syngenta Digital.
Se a safra cumprir a expectativa da Aprosoja, o Brasil seguirá na liderança da produção e exportação mundial do grão, à frente de Estados Unidos e Argentina. O estado do Mato Grosso é o que mais deve colher, com uma estimativa de mais de 35 milhões de toneladas. Seolin atende à região e tem clientes com pivô que já estão colhendo, em média, 88 sacas por hectare.
A seca no Sul do país também não impediu outra marca histórica: mais de 265 milhões de toneladas de grãos devem ser colhidos na safra 20/21, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), 9 milhões a mais que a temporada anterior.
Mesmo assim, produtores ainda têm receio com as questões climáticas. O volume chuvoso esperado para o início de janeiro não se concretizou, e há possibilidades de que caia no fim do mês ou no começa de fevereiro, quando muitos colhem. “Houve perdas na colheita, no ano passado, por não conseguirmos retirar a soja da lavoura antes de o grão começar a arder. Tivemos clientes que chegaram a perder 600 hectares de soja. Nos casos em que a chuva se condensa na época da colheita, dependendo da variedade plantada, caso ela não seja resistente a chuvas, isso implicará grandes perdas”, explica Soelin, que já percebe o movimento de agricultores do Mato Grosso à procura de mais máquinas para antecipar ao máximo a colheita de soja onde for possível.
Os recordes seguidos nas safras consolidam o Brasil como o grande produtor de soja no mundo. Segundo o Seolin, “essa é a chave do desenvolvimento do país”. Para o engenheiro agrícola e ambiental, o crescimento do agronegócio é o que mantém a economia em pé.
A pandemia do coronavírus, apesar das milhares de mortes e dos prejuízos econômicos, foi um momento de vislumbre para o agro, que enxergou as potencialidades das soluções digitais. “É um setor que só tende a crescer. Temos visto o desenvolvimento das regiões, a criação de usinas de etanol em cada cidade na região da BR-163. O preço do milho, em 2017, era R$ 12 por saca. Agora, está quase em R$ 90 a saca. Por conta do desenvolvimento do agro e de novas tecnologias”, analisa o Especialista em Transformação Digital.
O uso de tecnologias digitais na agricultura ganhou impulso devido às imposições de distanciamento social da pandemia. “Os produtores estão vendo que o digital veio pra ficar”, diz Seolin, que aponta dois principais ganhos das ferramentas neste momento da safra.
Soluções digitais podem ajudar na melhor decisão de quando dessecar a área para colheita, pois mostram o índice de maturação e permitem análises mais precisas. Outro ponto é a estimativa de produtividade. Dependendo das informações disponíveis sobre os talhões, o produtor sabe as regiões com maior potencial de produtividade, planejando a colheita da soja com menos riscos e erros.
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