No Brasil, o inverno de 2024 iniciou no dia 20 de junho, com previsão de precipitações e temperaturas abaixo da média no Rio Grande do Sul. De acordo com o boletim da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação […]
No Brasil, o inverno de 2024 iniciou no dia 20 de junho, com previsão de precipitações e temperaturas abaixo da média no Rio Grande do Sul.
De acordo com o boletim da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), nos meses de julho, agosto e setembro, deverá ocorrer o fim do evento El Niño, o que resultará em um curto período de neutralidade na primeira metade da estação. Isso será determinante para a ocorrência de chuvas regulares e próximas da normalidade no mês de julho.
Veja o que o boletim de como será o inverno 2024 no sul:
Julho: chuva próxima da média histórica em todo Estado.
Agosto: previsão de chuva inferior a normalidade em todas as regiões especialmente no setor Norte.
Setembro: volume abaixo da média em todo Estado.
Julho: abaixo da normalidade em todo Estado, com maior evidência na Fronteira Oeste e Missões.
Agosto: temperaturas inferiores à média em todas as regiões e valores menores na Fronteira Oeste, Missões e Alto Uruguai.
Setembro: valores abaixo do esperado em todo Estado.
No Rio Grande do Sul, o inverno é período de semeadura do trigo e das culturas de inverno, como aveia branca, canola e cevada. No caso do trigo, por exemplo, houve um baixo incremento na área semeada, estimada em 56% da projetada para o Estado.
Conforme a estimativa do Informativo Conjuntural, apresentado pela Emater/RS-Ascar, o Rio Grande do Sul deve produzir 4.068.852 toneladas de trigo na Safra de Inverno 2024, o que representa um aumento de 55,27% em relação à safra de 2023, que totalizou 2.620.493 toneladas.
Segundo dados da Emater/RS-Ascar, a produtividade prevista para o trigo é de 3.100 kg/ha, representando uma elevação de 77,04%, quando comparada aos 1.751 kg/ha obtidos na safra anterior.
A estimativa da safra de aveia branca, realizada em 282 municípios gaúchos, indica o aumento de 0,16% na área cultivada, passando de 364.989 hectares (IBGE) para 365.590 hectares em 2024. O cálculo de tendência aponta estimativa de produtividade de 2.402 kg/ha, resultando numa produção de 878.271 toneladas de grãos.
A Emater/RS-Ascar afirma que o pequeno aumento no cultivo de aveia branca em comparação à safra anterior pode ser justificado pela restrição da oferta e pelo preço elevado de sementes disponíveis em algumas regiões do Estado, o que pode ter desestimulado o plantio.
Com expansão de 74,35% na extensão das lavouras em relação ao ano anterior, a canola apresenta a maior alteração proporcional na área de cultivo entre os grãos de inverno no Estado,
Nesse sentido, para a presente safra, projetam-se 134.975 hectares. Em 2023, foram plantados 77.418 hectares.
A estimativa de safra realizada em 231 municípios aponta uma produção de 226.557 toneladas, e a média de produtividade é de 1.679 kg/ha. O cultivo da cultura se concentra no quadrante noroeste do Estado.
O levantamento da Emater/RS-Ascar apresenta uma redução no cultivo da cevada, condicionado pela frustração da safra anterior, na qual quase a totalidade dos grãos produzidos no Estado não obteve classificação comercial adequada para a indústria cervejeira.
Nesse cenário, a projeção inicial de cultivo da cultura é de 34.429 hectares, representando redução de 15,4% na área em relação aos 40.695 hectares da safra anterior. O cálculo de tendência, realizado em consulta a 182 municípios gaúchos, indica produtividade de 3.245 kg/ha e produção de 111.707 toneladas.
O Boletim trimestral do Conselho Permanente de Agrometeorologia Aplicada do Estado do Rio Grande do Sul (Copaaergs), coordenado pela Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) prevê a chegada do fenômeno La Niña a partir da segunda metade do inverno e decorrer da primavera.
A previsão trimestral indica chuvas ainda acima da média em julho e agosto no norte e parte do centro-leste do Estado, principalmente na faixa nordeste, área mais provável de ocorrer chuvas volumosas.
As demais áreas do sul e oeste devem ter chuvas irregulares, próximas da média, com probabilidade de ficar ligeiramente abaixo da média entre o sul e oeste, especialmente em agosto.
Em setembro, as chuvas devem ficar próximas da média na maioria das regiões do Rio Grande do Sul, podendo ficar ligeiramente abaixo no sul do Estado. Pontualmente, devido à passagem de sistemas frontais, ainda há risco de chuva forte localizada.
Além disso, no trimestre, as entradas de massas de ar de origem polar devem ser frequentes, intercaladas com períodos de aquecimento. Portanto, provavelmente haverá ondas de calor alternadas com ondas de frio.
Em média, as anomalias de temperatura devem ficar ligeiramente abaixo do normal no sul e oeste, enquanto as anomalias ligeiramente acima da média devem se concentrar mais no extremo norte-nordeste do estado.
No mais, há chance maior de geadas no Estado em todo o trimestre, tanto em julho e agosto, quanto em setembro, com a possibilidade de ocorrência de geada tardia.
Fontes:
https://www.agricultura.rs.gov.br/emater-apresenta-estimativas-iniciais-para-safra-de-inverno
https://www.agricultura.rs.gov.br/la-nina-deve-chegar-ao-rs-no-fim-do-inverno-e-inicio-da-primavera
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