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Os impactos da pandemia do coronavírus na agricultura

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Desde a chegada da Covid-19 no país, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) assegurou a produção de alimentos. Em pronunciamento, a ministra Tereza Cristina garantiu que a agropecuária continuará abastecendo o mercado. “O Brasil é um grande celeiro, […]

por Syngenta Digital
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Homem usando máscara plantação de milho
Mulher usando máscara em plantação de café

Desde a chegada da Covid-19 no país, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) assegurou a produção de alimentos. Em pronunciamento, a ministra Tereza Cristina garantiu que a agropecuária continuará abastecendo o mercado. “O Brasil é um grande celeiro, produtor de alimentos, e não precisamos ter nenhuma expectativa negativa de que não teremos alimentos para nosso povo”, declarou. 

Entre as medidas tomadas pelo governo federal em meio à pandemia, está o decreto que define como atividade essencial a vigilância e as certificações fitossanitárias, além da prevenção, do controle e da erradicação de pragas dos vegetais e a vigilância agropecuária internacional.

Para que o setor siga em pleno funcionamento, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) confirmou que os produtores rurais continuarão produzindo normalmente e anunciou a doação de R$ 5 milhões ao Mapa para o auxílio em ações de saúde no combate ao coronavírus na agricultura. No ofício à ministra, o presidente da CNA, João Martins, diz que a entidade está empenhada “nessa grande batalha que estamos travando pela sobrevivência da população”.

No dia 27 de março, uma reunião entre o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, e representantes de entidades determinou que haja condições mínimas aos transportadores de carga rodoviária. “Essas condições envolvem triagem de temperatura, doação de álcool gel e de refeições, fornecimento de estrutura de base como banheiros, entre outros”, afirmou a coordenadora de Assuntos Estratégicos da CNA, Elisangela Pereira Lopes.

A Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja) também confirmou a continuidade das atividades no campo por meio de nota do seu presidente, Bartolomeu Braz Pereira: “O campo continua produzindo com ou sem coronavírus. Outros setores da economia já estão sendo afetados pela epidemia. Mas nós, no campo, não podemos parar. Precisamos colher a safra, fazer o manejo adequado para que a produção continue. Os brasileiros podem ficar tranquilos que vamos fazer a nossa parte para manter a economia aquecida, mesmo com essa mazela do coronavírus”, afirmou.

A produtividade com a chegada do coronavírus na agricultura

Homens usando máscara plantação de trigo

Um monitoramento do Mapa não prevê problemas no abastecimento de produtos alimentícios no país. Segundo as estimativas, a safra de grãos para 2020 e 2021 deve chegar a 251,9 milhões de toneladas, aumento de 4,1% em relação ao ano passado.

A Aprosoja diz ver sinais de aquecimento na demanda por alimentos da China, que parece estar saindo da crise provocada pelo coronavírus. A previsão, segundo a entidade, é que o país importe 85 milhões de toneladas de soja neste ano, cerca de 70% da produção do grão brasileira. 

Já o Boletim da CNA de 23 a 27 de março afirma que o setor de frutas e hortaliças foi um dos mais atingidos pela crise, com o fechamentos de restaurantes, bares e feiras livres, além da suspensão de exportação por via área. O ramo de flores e plantas ornamentais estima uma perda de R$ 297,7 milhões até o momento.

As commodities agrícolas, como soja, milho e café, registraram valorizações, influenciadas pela demanda aquecida, estoques baixos e manutenção do câmbio alto. No setor sucroenergético, os preços do etanol se mantiveram estáveis, mas com tendência de baixa diante das perspectivas de queda no consumo. Confira o boletim completo aqui.


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