Você sabia que o algodão tem várias funcionalidades, origens e diferentes cores? Confira aqui 9 curiosidades sobre esse item produzido no Brasil
Tudo se aproveita do algodão. Até o caroço é usado para alimentar o gado. Dele também vem o óleo, rico em vitamina E. Está em todas as partes. É usado na medicina e até na fabricação de explosivos. Saiba mais sobre esse produto tão importante para a agricultura brasileira.
É isso mesmo que você leu. Há quem diga que a flor amarela do algodoeiro é muito parecida com a de um hibisco. Você concorda? Algodão, quiabo e hibisco são da família das Malvaceae. Fazem parte dela mais de 2 mil espécies espalhadas pelo mundo, principalmente na América do Sul. Uma de suas principais características é a presença de pêlos ramificados ou escamosos.
Ele é cultivado comercialmente por suas fibras e sementes. Dentro de cada fruto (maçã quando verde e capulho quando maduro) há cerca de 27 a 45 sementes. Há registros de usos da planta no México que datam de 5.000 A.C.
A palavra algodão vem do árabe “al-quTum”. Que significa “o cotão”. O primeiro povo a fabricar tecidos e papéis utilizando essa fibra foram os árabes. O nome passou por muitas transformações e influências até se tornar a palavra conhecida hoje no idioma português. Gerou ainda os vocabulários cotton, em inglês; coton, em francês e cotone, em italiano.
Muito se brinca com o peso do algodão comparado a outros produtos. Mas você sabe quanto representa cada parte do algodão? A Pluma é responsável por 39% do peso do algodão. Para ser utilizada, deve atender os padrões comerciais para comprimento, finura, maturidade…
Já o caroço pesa mais. Ele representa, aproximadamente, 61% do peso do algodão. Dele se extrai óleos muito utilizados na indústria alimentícia. O caroço também é aproveitado para a produção de produtos de enfermagem e também para adubos e alimentação de gado.
Quando os primeiros europeus chegaram por aqui, há relatos de que já havia indígenas cultivando a planta e a transformando em fios e tecidos rudimentares.
Mas foi só em 1750, no Nordeste, que a exploração comercial da cultura começou no Brasil. A partir dessa época até meados da década de oitenta, o Brasil chegou a ser um dos maiores produtores e exportadores de algodão do mundo.
Com o avanço do café, no início do século XIX, o algodão deixou de ter tanta importância para a exportação. A situação se agravou ainda mais com a chegada de um inseto chamado bicudo do algodoeiro, que devastou e destruiu plantações inteiras no país e fez com que o Brasil passasse a importar o produto.
Nos anos 2000, a situação melhorou e o Brasil voltou a ser um dos maiores produtores e exportadores do mundo. Metade da produção nacional é vendida para fora. Os principais compradores são Indonésia, Coreia do Sul, Vietnã e China.
Já falamos neste texto que a pluma é destinada quase que em sua totalidade à indústria têxtil. É dela que vem a nossa calça jeans, aquele casaco quentinho, o estofado da almofada…
Já o caroço do algodão é utilizado de diferentes formas. O óleo se transforma em óleo comestível. Rico em vitamina E, é muito usado no preparo de saladas, maioneses, molhos. É ele o responsável por deixar a batata frita ou qualquer fritura mais crocante. O óleo do algodão também vira ingrediente de margarinas, biscoitos, remédios. Enquanto o farelo do caroço serve de ração para animais.
Até no dinheiro tem algodão. Você sabia que a nota de dólar é composta por 75% de celulose do algodão?
E pode até não parecer, mas tem algodão até na indústria bélica: na preparação de pólvora e em explosivos como o TNT.
Quem disse que só tem algodão branco? Existem aqueles naturalmente coloridos. Essas variedades contêm genes responsáveis por tornar a fibra colorida. Porém, a maioria delas tem fibras curtas, sem condições específicas de fiação.
As tonalidades variam principalmente da região em que ele é plantado.
No Brasil, os cultivares de algodão colorido foram obtidos por melhoramento genético, com seleção de plantas e hibridação.
Entre os principais benefícios da fibra naturalmente colorida é que ela não desbota e dispensa o uso de corantes. Sem contar que ajuda o meio ambiente. Sem a fase de tingimento, evita-se a poluição dos rios e ainda é possível economizar cerca de 150 litros de água por quilo de fibra! É muita coisa, não é não?
Um dos primeiros processos na produção do algodão acontece quando está sendo preparado com nutrientes específicos, onde depois é o momento da germinação e do crescimento.
Depois disso, é preciso fazer todo o acompanhamento e manutenção contra eventuais pragas e doenças.
Após cerca de 60 dias, há o momento de florescimento, onde a cor tem coloração branca, ficando violeta depois da polinização.
O enchimento dos frutos dos algodões acontece, formando assim as fibras internas. Posterior a isso, há o surgimento dos capulhos, quando essas maçãs desidratam e abrem, mostrando a fita branca.
Por fim, a colheita acontece depois de 160 dias da germinação, onde as responsáveis pelo recolhimento são as colheitadeiras, gerando uma fibra 100% pura!
Os indianos são os líderes de mercado quando o assunto é a produção de algodão: foram 55,7 milhões de toneladas colhidas durante a safra de 2016/2017, conforme dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos.
Depois, os demais ocupantes do ranking são:
Observando o cenário nacional, os estados que tem a maior quantidade de produção de algodão são:
Você sabia sobre todas essas curiosidades referentes ao algodão? Comente abaixo quais são os seus conhecimentos que você já sabia e aqueles que mais te surpreenderam!
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