Por José Miranda engenheiro agronômo, formado pela Universidade Estadual de Londrina e entomologista da Embrapa Algodão. Desde que chegou ao Brasil, há mais de trinta anos, o bicudo representa o maior problema fitossanitário da cultura do algodão. Para pragas de alta […]
Por José Miranda engenheiro agronômo, formado pela Universidade Estadual de Londrina e entomologista da Embrapa Algodão.
Desde que chegou ao Brasil, há mais de trinta anos, o bicudo representa o maior problema fitossanitário da cultura do algodão. Para pragas de alta mobilidade como o bicudo, o manejo em grandes áreas é mais efetivo do que ações pontuais e independentes de cada produtor. A seguir, conheça as principais medidas de controle do bicudo do algodoeiro.
1. Controle de populações migrantes
Bicudos sobreviventes de uma safra permanecem abrigados nos refúgios de vegetação natural do cerrado durante a entressafra. Quando a nova safra é instalada, estes insetos voltam à lavoura. Por isso, o controle localizado através de pulverizações de inseticida é uma prática estratégica indicada.
2. Tomada de decisão com base no nível de controle
Manter o monitoramento e as aplicações, mesmo em fase de fi nal de ciclo do algodoeiro, evita a multiplicação do bicudo nesta etapa da cultura. O nível de controle da praga é de 3-5% de botões fl orais com presença de
bicudos adultos e/ou sinais de ataque.
3. Destruição dos restos culturais
A medida mais importante para a convivência com o bicudo é manter a área sem plantas de algodão no
período da entressafra. A ação reduz as chances da multiplicação da praga neste período, resultando em
menores populações na safra seguinte. É importante ressaltar que talhões de outras culturas com a presença
de plantas de algodão (rebrota da soqueira e/ou tigueras) na entressafra facilitam a sobrevivência
da praga e por isso devem ser eliminadas.
4. Semeadura em período definido e concentrado
Cada região produtora tem calendários de semeadura e colheita específi cos, estabelecidos de acordo com
as características regionais relacionadas ao clima, sistemas de produção, etc. Seguir o calendário é essencial para garantir o sucesso da safra:
5. Vazio sanitário
Após a colheita e a eliminação das plantas competidoras é necessário um período sem a presença de plantas de algodão no campo por, no mínimo, 60 dias. O vazio sanitário da cultura do algodão está compreendido entre o prazo final legal para a destruição de soqueiras e o início do calendário de semeadura
da nova safra.
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