* por Paula de Paula, Consultora do Sucesso do Cliente da Syngenta Digital A citricultura é de suma importância para a agricultura brasileira, maior produtor mundial de laranja para suco. Há muito tempo, porém, a produção de citros é acometida […]
* por Paula de Paula, Consultora do Sucesso do Cliente da Syngenta Digital
A citricultura é de suma importância para a agricultura brasileira, maior produtor mundial de laranja para suco. Há muito tempo, porém, a produção de citros é acometida por diversas doenças e pragas, causando danos econômicos que chegam a inviabilizar alguns pomares.
Uma das principais doenças, nos últimos anos, tem sido o greening, também conhecido como huanglongbing. Encontrado no Brasil desde 2004, geralmente se inicia nos ramos mais jovens e vai se espalhando por toda a planta, que se torna pouco produtiva e com frutos amargos que caem prematuramente.
O greening é causado pela bactéria Candidatus Liberibacter spp, transmitida pelo psilídeo Diaphorina citri. Ao se alimentar de plantas doentes e, posteriormente, de plantas sadias, o inseto acaba contaminando o pomar.
Segundo estudos do Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus), em 2019, o cinturão citrícola de São Paulo possuía cerca de 19% de laranjeiras com sintomas de greening. Para se ter uma dimensão, esse número representa cerca de 37 milhões de árvores.
O mesmo estudo demonstra que propriedades menores possuem maior quantidade de plantas infectadas. Isso porque há mais bordadura para a penetração do inseto. Assim, algumas medidas devem ser tomadas para tentar brecar a doença.
O manejo do greening é composto por diversas etapas, desde a escolha do local e da muda até a eliminação de plantas sintomáticas e o monitoramento do vetor. É importante, também, o controle regional da doença. Assim, é indispensável saber onde estão as plantas doentes e como está a disseminação e a severidade no pomar.
Existem pelo menos três monitoramentos possíveis que auxiliam no combate ao greening. O mais conhecido deles é o monitoramento de plantas sintomáticas. Utilizando uma plataforma acoplada a um trator ou a pé, monitores treinados para reconhecer os sintomas da doença passam por todas as linhas de plantio. Eles identificam as plantas a serem eliminadas e repetem o monitoramento mensalmente. A retirada de plantas é obrigatória e pode gerar até multas.
Outra forma muito interessante de medir a pressão de entrada do psilídeo no pomar é a instalação de armadilhas nas bordaduras. Em geral, elas são trocadas quinzenalmente, e a análise da quantidade de insetos é semanal. Essas informações podem gerar dados de pressão regional do vetor da doença e ajudar o produtor a tomar decisão de controle químico.
O monitoramento clássico, em que o monitor quantifica todas as pragas e doenças encontradas em 1% das plantas do talhão, também é uma maneira de identificação dos psilídeos em ramos recém-brotados. Porém, se o foco é este, percebe-se que o ideal é fazer o monitoramento em forma de espiral no talhão, pois caso haja um número alto do vetor na bordadura, o monitor pode interromper o trabalho e indicar o talhão para pulverização.
As ferramentas tecnológicas vieram para ajudar na celeridade da tomada de decisão. No caso de todos os monitoramentos citados, a compilação dos dados dependia da ação humana. Uma vez que um coletor de dados é utilizado em campo, a informação gerada é prontamente disponibilizada para os tomadores de decisão. As informações são transformadas em indicadores agronômicos, facilitando o entendimento.
Outro aspecto interessante é a segurança da informação. Os pontos são georreferenciados, portanto, há certeza do local em que o trabalho foi realizado. No caso da identificação para eliminação das plantas, o responsável pelo corte e pela destruição do material sabe exatamente aonde ir. Também pode-se conferir se todas as linhas foram realmente visitadas.
Os mapas de calor ajudam o produtor a identificar pontos de atenção de forma rápida. Pode-se analisar, por exemplo, por onde o psilídeo tem entrado na propriedade, utilizando os dados das coletas das armadilhas. Também pelos dados do monitoramento, pode-se ver se há alguma tendência de incidência de greening no talhão.
Ter um sistema em que é possível registar as aplicações e avaliar os monitoramentos dá a oportunidade ao produtor de verificar a eficácia da sua operação e dos químicos no manejo de pragas e doenças. Ter o histórico das últimas safras permite a análise de tendências e pode ser usado para mensuração de indicadores importantes. Possibilita, também, comprovar tudo o que foi realizado ante uma certificação, por exemplo.
Mesmo com diversos desafios enfrentados, a citricultura sempre encontrou uma forma de se reinventar para solucionar os mais variados problemas. A tecnologia sempre auxiliou o produtor para sua prosperidade e, mais uma vez, apresenta soluções para crescermos juntos. A agricultura 4.0 já é uma realidade.
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