La ninã e seus efeitos na agricultura
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La Niña e seus efeitos na agricultura

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A agricultura brasileira, depois de anos seguidos entregando resultados insatisfatórios, teve safra recorde em 2017, o que salvou o país da recessão. Mas e neste ano? Será que existe a tal La Niña que tanto falam? E ela é tão […]

por Syngenta Digital
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La ninã e seus efeitos na agricultura

A agricultura brasileira, depois de anos seguidos entregando resultados insatisfatórios, teve safra recorde em 2017, o que salvou o país da recessão. Mas e neste ano? Será que existe a tal La Niña que tanto falam? E ela é tão ruim assim para o mercado agrícola?

Mas afinal, o que é o La Niña e quando ele acontece oficialmente?

La Niña é o resfriamento fora do comum das águas do Pacífico na região equatorial. Para que o fenômeno aconteça de forma oficial, duas condições devem ser estabelecidas com duração de pelo menos cinco trimestres móveis consecutivos:

1- Resfriamento na região central do Pacífico, com anomalia média inferior a meio grau abaixo do normal.
2- Esse resfriamento oceânico deve interferir nas condições atmosféricas, ou seja, no aumento dos
ventos alísios e na redução da chuva na região central e leste do Pacífico.
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Nesta última temporada, os itens 1 e 2 estiveram presentes em quatro trimestres, mas no trimestre que se encerra agora em março, não. Ou seja, não teremos La Niña de forma clássica e, sim, meses com características semelhantes ao fenômeno, como aconteceu em janeiro. Em anos de La Niña, geralmente, chove
pouco no Sul e muito no Nordeste (e neste ano isso não está ocorrendo).

As Regiões Sudeste e Centro-Oeste não possuem correlação direta com quantidade de chuva, mas o que normalmente acontece é que temos mais “invernada” em anos de La Niña do que em anos de El Niño – aquecimento anormal das águas superficiais do oceano Pacífico.

A perspectiva para a safrinha é de neutralidade, ou seja, sem La Niña e sem El Niño. Teremos alguma chuva que, juntamente com condições de solo ótimo deixadas pelas chuvas do verão, vão garantir um bom desenvolvimento da segunda safra, sobretudo nos talhões que possuem tecnologia e bom perfil de solo. A safra deste ano não deve bater recorde, mas os resultados devem ser muito bons. Idem para a safrinha, com clima e solo sendo favorecidos.

Alexandre Nascimento trabalha na Climatempo, é mestre em meteorologia, e atende os setores de energia e agricultura com previsões de curto e longo prazo.

 

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