Crédito Foto: AGEITEC As lagartas são uma das principais pragas agrícolas existentes. Elas comprometem não só o rendimento das lavouras, como também causam prejuízo de bilhões à agricultura. Isso se deve principalmente às múltiplas espécies existentes e também à extensão dos danos causados. Uma […]
Crédito Foto: AGEITEC
As lagartas são uma das principais pragas agrícolas existentes. Elas comprometem não só o rendimento das lavouras, como também causam prejuízo de bilhões à agricultura. Isso se deve principalmente às múltiplas espécies existentes e também à extensão dos danos causados. Uma das que mais tem gerado preocupação no campo é a lagarta-elasmo, justamente por ser uma espécie polígafa.
Neste artigo, você conhecerá mais sobre essa praga que ataca dezenas de plantas, os danos causados e como realizar o seu manejo. Confira!
Também conhecida como broca-do-colo a lagarta-elasmo é uma praga polífaga, ou seja, ataca diferentes espécies de plantas, mais 60 delas para ser mais específico, entre as quais se encontra a soja, algodão, feijão e milho.
O seu tamanho varia entre 15 e 16 mm. A sua tonalidade pode variar, mas as mais comuns são da cor verde-azulado ao róseo, sendo que outra característica que permite a sua identificação são as listras transversais marrons localizadas no dorso e na cabeça. Esses pequenos animais são bastante ativos, quando tocados movem-se incessantemente por alguns segundos como uma forma de defesa de seus inimigos naturais.
A broca-do-colo comumente tem seis ínstares, sendo eles influenciados pela temperatura. Após a fêmea colocar o ovo, esse demora cerca de 8 dias para se transformar em larva. A fase larval dura em média 15 dias e é seguida da pupa que tem duração de 8 dias. Por fim, temos a adulta que completa o ciclo com 12 dias. Em média, o ciclo de duração da praga varia entre 42 e 48 dias.
Alguns aspectos biológicos interferem no desenvolvimento como um todo da lagarta-elasmo. Os adultos costumam ser mais ativos à noite, o que favorece o acasalamento. Ventos amenos, umidade relativa do ar baixa, temperaturas mais elevadas (em torno de 27ºC) e a escuridão também são condições consideradas ideais para o desenvolvimento da espécie.
Quase 100% dos ovos colocados pelas mariposas fêmeas ficam concentrados no solo e próximos às plantas que serão atacadas. De acordo com estudos, tem se observado uma presença cada vez maior dessa praga e um ataque mais severo em plantas cultivadas em solos arenosos e secos. Vale destacar que a umidade da área tem interferência direta no comportamento dos adultos e na escolha do local para oviposição, bem como eclosão e mortalidade das lagartas recém-eclodidas.
Como já foi dito, a lagarta-elasmo é uma praga que ataca diferentes espécies de plantas. Tais lagartas se alimentam do chamado parênquima foliar. Na medida em que vão crescendo, o ataque fica mais severo e elas perfuram a planta no nível do solo e se desenvolvem em uma jornada ascendente. A galeria formada vai aumentando em comprimento e largura, conforme o inseto vai se alimentando do colmo da planta.
O ataque da praga costuma afetar o sistema que conduz água e nutrientes, o que leva ao murchamento e secamento de folhas e com o avanço, a morte da planta. Na cultura do milho, por exemplo, é possível perceber o ataque pela seca nas folhas centrais, que se soltam facilmente.
Outro aspecto a ser observado é a sua alta mobilidade. Na soja, por exemplo, depois que a planta germina, a lagarta já começa o ataque, o que pode levar ao tombamento e também morte das plântulas em um curto espaço de tempo. Inclusive, dependendo da extensão dos danos é preciso refazer o processo de semeadura.
Existem alguns estudos que explicam que as plantas com mais de 25 cm de altura conseguem suportar melhor o ataque dessa praga. Isso porque nesses casos, a lagarta não consegue abrir extensas galerias no colmo. No entanto, é preciso estar atento, pois ela danifica o tecido do colo da planta, o que contribui para o retardo no desenvolvimento da cultura, bem como aumenta as chances da planta “quebrar” quando expostas a ventos e chuvas.
Em áreas com boa recorrência de chuvas durante o pós-plantio, a lagarta-elasmo tem uma baixa incidência devido à umidade do solo. No entanto, não dá para depender apenas de fatores como esse. Quando a praga ataca o melhor é se preparar para realizar o manejo correto, que pode acontecer de diferentes maneiras. Confira!
O controle biológico da lagarta-elasmo é possível, mas não é considerado o mais eficiente. O impacto é baixo, pois o inseto se alimenta do colmo da planta e ele acaba ficando concentrado na parte interna da cultura ou mesmo no solo, o que dificulta um pouco o trabalho dos agentes externos.
Ainda assim, há parasitóides, vírus de poliedrose nuclear e fungos, como o Aspergillus flavus, que são inimigos naturais da lagarta-elasmo e podem ajudar no seu controle de alguma maneira.
Um dos controles mais eficientes da lagarta-elasmo é o cultural. É possível fazê-lo por meio da remoção de resíduos culturais do campo, a fim de prevenir a potencial infestação. No entanto, para garantir mais resultados é preciso associar essa prática ao uso de fertilizantes nas áreas mais arenosas.
Evite as queimadas dos restos culturais, pois o cheiro da fumaça pode funcionar como atrativo para os adultos, o que por sua vez faz com que eles procriem nas proximidades, trazendo um resultado contrário do desejado.
Por sua vez, temos também o controle químico, que costuma ser bastante efetivo quando se trata da eliminação de pragas. Diferentes grupos são utilizados, variando conforme a cultura.
Outro aspecto interessante quando se trata do controle cultural, é a utilização de sementes tratadas, dada a praticidade, custo e eficácia. Elas permitem um controle maior da contaminação e dependendo pode trazer resultados como a ausência da praga em determinado local.
O indicado é dar preferência a cultivares menos suscetíveis ao ataque do inseto. Além disso, é bom lembrar que o uso de diferentes técnicas é a melhor escolha para tratar pragas como a lagarta-elasmo.
Como visto ao longo do artigo, a lagarta-elasmo é uma praga que pode causar sérios danos em diversos tipos de culturas. Portanto, ter cuidados desde o plantio até a colheita é essencial.
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