A produção de orgânicos já é uma realidade para pequenos e médios produtores. Mas se engana quem pensa que essa modalidade parou na agricultura familiar. Com a forte demanda por produtos mais frescos e sem intervenção de defensivos, empresas já […]
A produção de orgânicos já é uma realidade para pequenos e médios produtores. Mas se engana quem pensa que essa modalidade parou na agricultura familiar. Com a forte demanda por produtos mais frescos e sem intervenção de defensivos, empresas já consolidadas no mercado vêm investindo nessa prática.
Um exemplo é o Madero, famosa rede nacional de hambúrgueres artesanais, com 136 restaurantes espalhados pelo país e em Miami. A despeito do senso comum e ainda com a alta demanda, eles dispensaram os fornecedores e hoje contam com produção própria de hortifruti que são usados no famoso hambúrguer, como a alface e o tomate. Todos eles são produzidos na chamada Fazenda Madero. O diferencial? São produtos 100% orgânicos. “Temos uma preocupação muito grande de saudabilidade e qualidade dos produtos que levamos à mesa dos nosso clientes”, explica Rafael Mello, vice presidente de operações dos restaurantes da marca.
Para ele, o investimento em uma fazenda própria tem a ver com o controle da produção e com uma espécie de garantia para o consumidor cada vez mais exigente. “Cuidamos do processo completo, do plantio à colheita, para garantir que nada afete o selo de orgânico dos nossos produtos”, conta. Segundo ele, a Fazenda Madero está começando a expandir a sua produção para frutas como morango e limão, usados para na produção de sucos e drinques.
Por onde começar?
Antes de colocar a mão na terra, o produtor precisa se atentar à regularização de alimentos orgânicos cobrada pelo Ministério da Agricultura. Se a ideia é vender só na feira (direto ao consumidor), o produtor não precisa se preocupar com a certificação. Mas, se quiser vender para terceiros (supermercados, hotéis, indústrias, etc), a certificação é necessária.
Ela pode ser obtida por meio do Organismo da Avaliação da Conformidade Orgânica (OAC) credenciado junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA. Uma outra opção é se organizar com outros pequenos produtores para cadastrar-se junto ao MAPA. Assim, é possível realizar a venda direta, sem certificação.
Para saber sobre documentos necessários para solicitar a regularização, acesse o site do Ministério da Fazenda (http://www.agricultura.gov.br).
Localizada em Palmeira, no interior do Paraná, a Fazenda Madero é considerada de médio porte para a produção de orgânicos, com 400 hectares, 10 funcionários em campo e uma agrônoma.
Segundo Rafael, a decisão de trabalhar com orgânicos exigiu uma mudança de cultura e de pensamento pelos funcionários da fazenda. “Reorganizamos toda a estrutura da fazenda para poder receber o plantio de orgânicos e investimos no treinamento da equipe, já que eles não estavam familiarizados com esse tipo de produção”, comenta. Para ele, o investimento valeu a pena. “Toda mudança gera uma apreensão inicial porque muda também o processo, inclusive o sistema de plantio. Mas a adaptação foi bem rápida. Hoje eles se sentem cumprindo uma missão importante ao produzir alimentos mais naturais. Os resultados superaram nossas expectativas”, finaliza.
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