O comportamento migratório das pragas é uma das grandes preocupações dos agricultores, que ficam atentos às fronteiras de seus talhões para o manejo da lavoura. Esse acompanhamento é essencial para entender o nível de infestação na área, permitindo ajustes no planejamento. “Os produtores têm que ficar bem atentos. […]
O comportamento migratório das pragas é uma das grandes preocupações dos agricultores, que ficam atentos às fronteiras de seus talhões para o manejo da lavoura. Esse acompanhamento é essencial para entender o nível de infestação na área, permitindo ajustes no planejamento.
“Os produtores têm que ficar bem atentos. Essas informações permitem antecipar fatores que afetam na alta performance da produção. Eles conseguem ter uma decisão mais assertiva, com medidas de contenção”, explica a engenheira agrônoma e Especialista em Transformação Digital (ETD) na Syngenta Digital Amanda Moura.
Por mais que o agricultor tome decisões exclusivas para sua propriedade, a arquitetura dos sistemas de produção permite a migração entre propriedades diferentes, uma vez que os limites não são definidos por barreiras físicas. Por isso, saber o nível de infestação na região possibilita decisões como aquisição de produtos específicos, caso a infestação de alguma praga não tenha sido prevista.
“Você antecipa e toma medidas de contenção. A mosca-branca, por exemplo, dissemina muito rápido. Se tem um nível alto em uma propriedade, a probabilidade de a infestação migrar para a propriedade vizinha é altíssima”, completa Moura.
Atualmente, muitos produtores acompanham a situação por órgãos agrícolas. A Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa) é uma das instituições que oferecem dados. Ela monitora o bicudo com armadilhas nas fazendas de algodão e compartilha com os agricultores. Outra forma comum de acompanhar as pragas é a troca de informações entre os proprietários de fazendas na região.
Ferramentas digitais facilitam esse trabalho, já que mostram onde estão as pragas, permitindo o controle mais assertivo. No Grupo Mizote, o uso do Cropwise Protector tem auxiliado por meio do georreferenciamento dos pontos amostrais. O consultor da companhia, Robson Luiz da Silva, conta que a geração dos mapas de calor possibilita ações mais eficazes, econômicas e sustentáveis. “Você consegue fazer a aplicação localizada. Por exemplo, percevejo na lavoura da soja. Eu consigo ver onde os percevejos entram e, ali, começo a combater, para não infestar toda a lavoura”, relata.
O Diretor de Produção da Schmidt Agrícola, Paulo Schmidt, diz que os mapas de calor e outros gráficos gerados pelo sistema baseiam as aplicações de produtos a partir de determinados índices. “Para que a gente não perca o ponto de colocar o produto certo, na dose certa e na época certa”, avalia.
A ETD Amanda Moura completa: “Você consegue ver por onde a praga está migrando, se ela inicia a disseminação pelo cerrado ou por divisas dos talhões vizinhos, por exemplo. Os mapas de calor ajudam a entender por onde está migrando. Alguns clientes fazem aplicação localizada na bordadura para pragas específicas. Com o mapa de calor, isso é mais assertivo”.
Dessa forma, soluções digitais suportam decisões mais conscientes a partir de informações que fornecem insights sobre o nível de infestação das pragas na região e se já estão causando danos. “O produtor consegue controlar a proliferação dos organismos e evitar que a infestação atinja o nível de dano, o que afetaria a alta performance e a qualidade da lavoura”, conclui Moura.
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