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Notícias AgTech: curiosidades do setor Agro

4 min de leitura

NOVA TECNOLOGIA TESTA “FILME MINERAL” PARA PROTEGER PLANTAÇÕES Um produto desenvolvido por pesquisadores gaúchos promete facilitar a vida dos produtores rurais quando o assunto é prevenção de pragas e doenças. Eles desenvolveram uma espécie de filme que aumenta a resistência […]

por Syngenta Digital
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Curiosidades do setor agro

NOVA TECNOLOGIA TESTA “FILME MINERAL” PARA PROTEGER PLANTAÇÕES

Um produto desenvolvido por pesquisadores gaúchos promete facilitar a vida dos produtores rurais quando o assunto é prevenção de pragas e doenças. Eles desenvolveram uma espécie de filme que aumenta a resistência e o metabolismo das plantas, aderindo às folhas e reduzindo a reaplicação de agrotóxicos. A tecnologia já foi testada com sucesso em fruteiras de clima temperado como pêssego, maçã, pera e uva, além de feijão. O produto é um líquido feito à base de quitosana, uma estrutura molecular que forma a carapaça de siris e caranguejos.

Ela é extraída do exoesqueleto de insetos e crustáceos e, por isso, uma substância renovável e abundante. A aplicação é feita através de um pulverizador que lança o produto sobre as folhas, ramos e frutos. Depois de secar, o filme forma uma película brilhante, flexível, porosa, visível a olho nu e que resiste à geadas, chuvas e temperaturas de até 60°.

Os testes detectaram que não há alteração na fotossíntese e o filme não é tóxico, podendo ser ingerido pelo consumidor. A expectativa é que a utilização de filmes à base de quitosana na agricultura possa aumentar a eficácia dos agrotóxicos, racionalizar seu uso e manter eficiência no controle de pragas. Conversamos com a coordenadora do projeto, a pesquisadora Ângela Diniz Campos, da Embrapa. Ela afirmou que o uso do biomaterial pode tornar a aplicação de inseticidas mais efetiva. “Como o filme tem forte aderência e não é levado pela chuva, a aplicação de inseticidas e fertilizantes fica mais eficiente.

Nem mesmo as fortes chuvas levariam o produto embora, sem necessidade de reaplicações”. O efeito da adição de minerais ao líquido tem sido testado tanto do ponto de vista nutricional quanto do controle de pragas. “Ao adicionar silício, boro, molibdênio, manganês, zinco, cálcio e cobre ao biomaterial, o filme pode ter mais uma função: fertilizante”, revela Ângela. O projeto foi desenvolvido no Laboratório de Fisiologia Vegetal da Embrapa Clima Temperado.

ÓCULOS PROMETE FACILITAR USO DE DRONES EM LOCAIS ABERTOS

Cada vez mais usado nas lavouras, os drones chegaram com tudo ao mundo rural. Porém, os usuários sempre enfrentaram dificuldades para pilotar os equipamentos em locais abertos, como plantações. Isso porque a claridade causa reflexos na tela do aparelho por onde se controla o drone, atrapalhando a visibilidade e, por muitas vezes inviabilizando o uso.

Para diminuir o problema, uma parceria entre a Epson e a DJI lançou um óculos, no estilo Google Glass, que projeta imagens na lente. Quando usado pelo piloto do drone, os óculos permitem que ele controle o equipamento sem sofrer com reflexos ou excesso de luz. Com a tela funcionando diretamente na frente dos olhos é possível guiar os drones com mais segurança e facilidade. Ainda não há previsão de lançamento do produto no Brasil.

CENSO MOSTRA QUE O NÚMERO DE STARTUPS AGTECH ESTÁ CRESCENDO NO BRASIL

As empresas Agtechs estão avançando no Brasil, apesar de ainda encontrarem dificuldades com investimentos. Essa é a principal conclusão do 1º Censo Agtechs Startups Brasil, realizado pela Esalq/USP e Agtech Garage, de Piracicaba, SP.

Foram ouvidas 76 empresas voltadas para tecnologia agrícola, que traçaram um panorama do setor. A maioria, 56%, trabalha desenvolvendo tecnologias de suporte à decisão. A soja, principal produto do agronegócio brasileiro, é alvo de 49% das Agtechs.

A pesquisa mostra também que a idade média dos fundadores é entre 31 e 40 anos. Apenas 24% delas possuem mais de 6 funcionários. Apesar do setor do agronegócio movimentar bilhões de reais no Brasil, essas empresas ainda têm muita dificuldade para atrair investidores. As startups que participaram da pesquisa apontam que o maior problema foi conseguir o capital inicial e 42% afirmaram que precisaram de recursos próprios ou levantados com financiamentos bancários. O dinheiro da família foi a salvação para 25%.

Para um dos coordenadores da pesquisa, José Augusto Tomé, da Agtech Garage, a maioria das startups ainda não está preparada para receber grandes aportes de dinheiro. “A principal conclusão é que está tudo nascendo agora. Existe demanda de fundos de investimentos, mas a maior parte delas ainda não está preparada, com produtos validados a ponto de receber aporte de fundos”.

E depois de aberta, o dinheiro continua sendo um problema já que, segundo a pesquisa, 55% das empresas não têm nenhum faturamento. “É uma questão de tempo. É novidade, ainda tá nascendo. Boa parte das startups de Agtech ainda está em processo de amadurecimento sólido, natural e, no próximo ano já deverá estar pronta para receber aporte de capital de risco e realmente crescer e faturar”, completa Tomé.

ORIGEM DA IDEIA

21% Escola/universidade

21% Empresa onde atuou

20% Observação de outros mercados

15% Demanda não atendida como consumidor

11% Outros

6% Hobby

6% Vivência com negócios familiares

PRINCIPAIS DIFICULDADES

66% Capital inicial para investir na ideia

49% Conquista dos primeiros clientes

48% Não dedicação em tempo integral

18% Encontrar cofundador e montar equipe

12% Falta de conhecimento de administração

FATURAMENTO POR ANO EM REAIS

55% Não fatura nada

18% Até 50 mil

12% Mais de 300 mil

10% De 100 a 300 mil

2% De 50 a 100 mil.

MERCADOS ATINGIDOS

49% Soja

46% Milho

41% Cana-de-açúcar

32% Café

28% Pecuária de corte

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