Novos fertilizantes com base sustentável
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Novos fertilizantes com base sustentável

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Por Marihus Altoé Baldotto Antes da melhoria do ambiente radicular e da restituição dos nutrientes com recursos naturais escassos, devemos aumentar a eficiência do sistema (diminuir perdas, melhorar os processos, otimizar a conservação e a reciclagem) e reduzir o desperdício […]

por Syngenta Digital
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Novos fertilizantes com base sustentável
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Por Marihus Altoé Baldotto

Antes da melhoria do ambiente radicular e da restituição dos nutrientes com recursos naturais escassos, devemos aumentar a eficiência do sistema (diminuir perdas, melhorar os processos, otimizar a conservação e a reciclagem) e reduzir o desperdício no transporte, armazenamento e comercialização (antes, durante e após a colheita).

Estima-se que as perdas “antes e depois da porteira”, somadas, podem ser de mais da metade do total da produção agropecuária, sendo necessário o aumento contínuo de eficiência. No Manejo Integrado da Fertilidade do Solo, antes de usar corretivos, condicionadores ou fertilizantes minerais com base em recursos naturais não renováveis*, devemos usar e abusar das práticas conservacionistas na busca de um agroecossistema equilibrado e saudável.

Planejar o uso de todos os resíduos orgânicos ou minerais geráveis dentro da unidade produtiva, que passem, é claro, por controle de qualidade. E diminuir as perdas antes, durante e depois da colheita. Considero que deveríamos explorar recursos naturais não renováveis somente para a “conta fechar”, ou seja, buscando a otimização do uso de recursos, considerando a palavra de ordem, a reciclagem. Tanto para a atender a Política Nacional de Resíduos Sólidos, destinando-os, como pela racionalidade em reaproveitar localmente todos os coprodutos, matérias primas, como queremos denominar muitos materiais que são chamados de resíduo, lixo.

Como trabalhamos como agroecossistema, as exportações de alimentos requerem restituição de nutrientes ao solo, caso contrário, o balanço não fecha. Temos muitos resíduos, que na verdade são matérias primas, coprodutos. Remineralizadores, que podem ser estudados a fundo para os sistemas de integração lavoura, pecuária e florestas, os quais tendem a perenizar-se, com boa perspectiva de uso dessas fontes ao longo do tempo para restituição de parte dos nutrientes.

Ou seja, fazer o “dever de casa”, impactar as fontes não renováveis somente quando nos esforçarmos para reciclagem máxima e perdas mínimas, isto é, elevada eficiência de uso dos insumos. Assim, transparentes em nossa “prestação de contas” para a sociedade, ela compreenderá a diferença entre ecossistemas e agroecossistemas, quanto à exportação de nutrientes e a necessidade de sua restituição. A conta precisa fechar! Ora, mas manejando de forma integrada, otimizada, diminuiremos ao mínimo a demanda por recursos naturais não renováveis, bem como o corolário de impactos da sua exploração industrial para o meio ambiente. Dessa forma, garantiremos o povo brasileiro conosco, compreendendo e nos apoiando nessa nossa grande arte da nação, que é produzir alimentos, com proteção ambiental e geração de serviços ecossistêmicos, tais como recarga de lençóis freáticos, aquíferos e nascentes (produção de água), melhoria da atmosfera (produção de ar) e da biodiversidade, entre outros.

Os arranjos agroflorestais formam a tendência que se realiza na nossa agropecuária. A reciclagem de rochas moídas se encaixa perfeitamente em sistemas que se perenizem. A exploração de alguns metais ou compostos contidos em rochas pode gerar elevadas quantidades de resíduos sólidos – que chamaremos aqui de co-produtos, matérias primas – e que podem ser usados como remineralizadores, como insumos para corretivos, condicionadores e fertilizantes e/ou para outras rotas de comercialização, com diferentes formas de agregação de valor e geração de renda.

Esses “resíduos”, com o devido controle de qualidade, poderiam ajudar no fechamento do balanço – restituição de nutrientes do solo retidos pelo nosso agroecossistema.

Se a ciência, em sintonia com os consumidores, apontar os caminhos, a indústria e os investidores não iriam por qual razão? E estamos indo, a agropecuária brasileira não fica parada. Ela responde aos anseios de quantidade e de qualidade demandados pela sociedade brasileira.

A pesquisa gera tecnologia e há renovação tecnológica, refletida em atendimento às demandas sinalizadas. A quantidade produzida é uma exigência da nossa economia, a qualidade em termos de resíduos nos alimentos é a vontade do consumidor, somada, especialmente, ao desejo de que este alimento venha de mãos humanas vivendo dignamente no campo e que traga consigo a mensagem de saúde ambiental. Sistemas agropecuários de produção bem manejados, prestam serviços ambientais/ecossistêmicos, tais como, mitigação do efeito estufa, recarga dos lençóis freáticos, produção de água e ar puro, manutenção da biodiversidade, entre outros.

A visão de Manejo Integrado para a tomada de decisão, considerando que a boa qualidade do solo vai muito além da interpretação de atributos químicos, mas sua integração com a física e a biologia do solo, bem como com o ecossistema em que se insere, é o caminho que propomos para a construção e a manutenção da Fertilidade do Solo (sustentabilidade).

Esse é o primeiro texto do artigo sobre “Novos fertilizantes com base sustentável”.

Para ler a continuação, acesse: “Busca por melhora na nutrição das plantas motiva pesquisas com biofertilizantes”.

Em breve, mais um artigo mais um artigo da Série “Especial Solos” sobre “Conservação do Solo e da Água”.

Até lá!

*São aqueles que uma vez retirados do ambiente, não podem ser recolocados pelo homem. Como por exemplo: o petróleo, os minerais, entre outros.

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