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Práticas conservacionistas e controle da erosão

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Por Marihus Altoé Baldotto A perda contínua de solo, especialmente das camadas superficiais, mais férteis, leva à diminuição da produtividade das culturas. O impacto da erosão nas perdas de nutrientes e de matéria orgânica e, ainda, por depreciação da terra, […]

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solo erosivo seco

Por Marihus Altoé Baldotto

A perda contínua de solo, especialmente das camadas superficiais, mais férteis, leva à diminuição da produtividade das culturas. O impacto da erosão nas perdas de nutrientes e de matéria orgânica e, ainda, por depreciação da terra, na manutenção de estradas e assoreamento, resulta em custos anuais na casa de dezenas de bilhões de reais.

O escoamento de água por enxurrada – quando ela não se infiltra para abastecer os lençóis -, já é um prejuízo significativo, considerando a importância deste recurso natural. Além disso, por colocar em risco a integridade física do ser humano e de suas construções, torna-se um dos principais desafios geotécnicos deste milênio.

O conjunto de processos naturais ou alterados pelo homem, que levam à remoção de solo e degradação ambiental tem o nome genérico de erosão.

A erosão

A erosão é o processo pelo qual ocorrem perdas de solo. Com tais perdas, são removidos nutrientes, matéria orgânica e organismos. Apesar de sua ocorrência natural, com a qual a vida co-evoluiu – por ser benéfica aos ciclos biogeoquímicos e pelo rejuvenescimento dos solos -, quando acentuada pode atingir magnitudes danosas ao meio ambiente.

Esses danos podem ser notados principalmente pela diminuição da fertilidade do solo nos locais de perda e pelo assoreamento e contaminação de águas interiores e oceânicas devido ao aporte contínuo de materiais minerais e orgânicos. Além disso, do ponto de vista geotécnico, com os deslizamentos, a erosão coloca em risco a vida humana.

No Brasil, têm sido estimados que mais de 500 milhões de toneladas de solo são perdidos anualmente. Se estes solos forem dos primeiros centímetros, mais férteis, tais perdas resultarão eutrofização das nascentes e cursos d’água, além do carbono orgânico, aumentando a demanda biológica por oxigênio nas águas superficiais e do material mineral, que provoca assoreamento.

Sabe-se que o inverso de escorrimento da água da chuva é a sua infiltração. Portanto, para garantir a recarga do lençol freático e o reabastecimento das águas subterrâneas, que alimentaram as nascentes, é fundamental o favorecimento da infiltração da água no solo.

A água superficial, nascentes, córregos, lagos dependem da adequada recarga dos aquíferos. Perturbações nesta recarga são fatores limitantes para as nascentes e, assim, matam-se os grandes rios a partir do manejo inadequado da sua bacia hidrográfica, especialmente nas suas cabeceiras.

Podemos ver o problema erosivo tanto do ponto de vista da baixa infiltração, como pela deposição de solo nas calhas dos rios, assoreando-os e, assim, diminuindo o seu volume. Assoreados, além de transportar menor volume d’água, corre-se maior risco de transbordamentos, sem contar que águas mais rasas tendem a apresentar maior fluxo, o que provoca maior erosão das próprias margens dos rios, em um circulo vicioso.

As perdas de solo são causadas por dois tipos de erosão: eólica e hídrica, rexultantes, predominantemente, das ações do vento e da chuva. A erosão eólica está associada com áreas em vias de desertificação. O impacto da chuva em solo descoberto é o maior agravante da erosão hídrica.

Controle da erosão

Obviamente, não se objetiva reduzir a zero a erosão. Mas sim, o controle da erosão parte do uso do solo de acordo com a sua aptidão, ou seja, sua capacidade de suporte, adotando práticas de preservação do solo, reduzindo a degradação deste recurso natural.

As práticas conservacionistas, de controle da erosão, podem ser edáficas, vegetativas ou mecânicas.

As práticas edáficas, comumente reunidas com o nome de culturais, estão associadas com o sistema de cultivo, e.g., plantio em curva de nível, plantio direto, sistemas agroflorestais, integração lavoura, pecuária e florestas, etc.

As práticas vegetativas são aquelas pelas quais a proteção ocorre a partir de sua cobertura com plantas, prevenindo o impacto da chuva sobre o solo descoberto ou fazendo barreira contra para retenção ou diminuição da velocidade de escoamento da água das chuvas (enxurradas).

A erosão pode ser controlada, ainda, pela construção, via cortes e aterros, de estruturas artificiais que minimizam a velocidade das enxurradas, como, por exemplo, nos canais de escoamento, nas bacias de captação, no terraceamento.

O uso combinado das práticas conservacionistas resulta em controle da erosão, conferindo manutenção e, ou, aumento da fertilidade do solo e diminuição das perturbações ambientais, sobretudo do assoreamento de cursos d’água e dos deslizamentos em centros urbanos.

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