O agronegócio é um dos maiores setores da economia brasileira e, quando está mais forte e produtivo, é sinônimo de bom desempenho. Para que esse setor consiga aumentar a produtividade sem prejudicar o campo, a agricultura de precisão (AP) entra […]
O agronegócio é um dos maiores setores da economia brasileira e, quando está mais forte e produtivo, é sinônimo de bom desempenho. Para que esse setor consiga aumentar a produtividade sem prejudicar o campo, a agricultura de precisão (AP) entra como um recurso fundamental.
Com o objetivo de tornar as lavouras mais produtivas e sustentáveis, a AP permite o monitoramento dos cultivos por meio de alta tecnologia como drones, sensores e softwares.
Assim sendo, ela consegue dividir a terra em partes menores e identificar as características pormenores desses espaços. Isso a diferencia, principalmente, da agricultura convencional, que enxerga a terra de modo uniforme e homogêneo.
Quer entender mais sobre a agricultura de precisão, como ela funciona e quais são os benefícios dela para o agronegócio? Então siga conosco e descubra a resposta dessas perguntas.
A agricultura de precisão (AP) é um conjunto de ferramentas e tecnologias que possibilitam ao produtor conhecer toda a área para cultivo de maneira mais completa, gerenciando assim o sistema da produção, considerando que as lavouras não são uniformes.
Mesmo parecendo um termo recente, vem como um grande avanço que a agricultura precisa perseguir desde o início do século XXI.
No Brasil, em um primeiro momento, a AP foi introduzida no início dos anos 90, direcionadas pelas máquinas agrícolas, como colheitadeiras e semeadeiras com receptores GNSS (Global Navigation Satelite System), computadores de bordo e sistemas responsáveis por gerar os mapas de produtividade.
Hoje em dia, a agricultura de precisão vai além do simples uso dos equipamentos, podendo ser usada em todas as áreas do setor agropecuário de forma personalizada, com ferramentas para a otimização do uso dos insumos, igualando com as necessidades da cultura em pequenas áreas dentro de um campo da propriedade.
Em resumo, a agricultura de precisão faz o monitoramento de toda a atividade agrícola para entender as necessidades do produtor. A AP aparece na coleta de dados sobre a área cultivada (ou que será cultivada), análise das informações e posterior aplicação de técnicas modernas de agricultura.
Dessa forma, a agricultura de precisão funciona como um gerenciador de processos agrícolas que faz uso dos componentes e ferramentas citados antes para poder implementar automações e tomar decisões. Com isso, ela atinge seu objetivo de tornar a atividade do campo mais otimizada, sustentável e econômica.
A agricultura de precisão é um sistema de gerenciamento agrícola, que pode ser feito através de muitas ferramentas disponíveis no mercado.
Já a agricultura digital é um conceito que permite o acompanhamento total da propriedade rural. Para tanto, foram agregadas algumas peças importantes que colaboram para o êxito dos projetos baseados neste conceito. Todas essas peças ajudam a otimizar os resultados que seriam obtidos a partir das atividades da agricultura de precisão.
Em outras palavras, a AP é uma das inúmeras possibilidades que compõem a agricultura digital, a qual é uma visão bastante abrangente e que pode agregar muita eficiência ao agronegócio atual.
Sendo assim, os métodos se complementam, mas não são iguais. Ambos trabalham juntos, e a AP está inserida na agricultura digital, por esta ajudar na precisão dos dados gerados através do gerenciamento.
De acordo com Fabrício Juntolli, coordenador-geral de Tecnologia, Inovação e Recursos Genéticos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o uso correto da agricultura de precisão pode garantir um aumento de 67% no rendimento global das lavouras.
Além disso, as aplicações de insumos se tornam mais otimizadas, diminuindo custos e impactos ambientais negativos, consecutivamente, aumentando o retorno econômico, social e ambiental.
As ferramentas no mercado estão em avanço constante, com o surgimento de novos sensores e equipamentos, tornando a prática da agricultura de precisão cada vez mais acessível, com custos mais compatíveis e integráveis ao dia-a-dia de uma propriedade agrícola.
No entanto, nos diversos setores do agronegócio brasileiro, a adesão deste modelo de gerenciamento está ocorrendo em um ritmo inferior ao esperado. Para isto, foi apresentado na Câmara dos Deputados, em janeiro deste ano, o projeto de lei 149/19, instituído à Política Nacional de Incentivo à Agricultura de Precisão, com o objetivo de ampliar a utilização deste tipo de manejo no país.
Conforme apresentado no debate, o Brasil tem uma economia fortemente agropecuária, e se beneficiaria com a expansão deste método. Ainda mais considerando que ele representa um aumento da produtividade e da longevidade do solo.
A agricultura de precisão chega às lavouras para assegurar que estas tenham as condições ideais para o cultivo, considerando a produtividade, quantidade de mudas, irrigação, aplicação de defensivos e o monitoramento de pragas.
Para que ela possa ser feita da maneira correta, são necessários 4 passos fundamentais:
Por mais que o custo elevado e a complexidade dos sistemas de automação e análise de dados ainda sejam entraves para a agricultura de precisão, quanto mais se ampliar sua utilização, mais fácil será.
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