A crise hídrica é um problema mundial. Dados divulgados pelo World Resources Institute apontam que mais de 30 países vão enfrentar crises hídricas graves nos próximos 25 anos. Apesar de mais de 70% do planeta ser coberto por água, cerca […]
A crise hídrica é um problema mundial. Dados divulgados pelo World Resources Institute apontam que mais de 30 países vão enfrentar crises hídricas graves nos próximos 25 anos. Apesar de mais de 70% do planeta ser coberto por água, cerca de 98% desse volume é salgado. Possuímos apenas 2% de água doce disponível na Terra, e só 0,4% dessa água é de fácil acesso para população.
Além de escassa, a água doce fica concentrada em determinados pontos geográficos, o que gera diversos conflitos regionais, escassez de alimentos, de plantas, de vida animais e de energia elétrica.
No atual momento, em que todo o mundo percebe que não existe mais água em abundância, é necessário buscar novas tecnologias para leva-la aos locais que mais sofrem com a escassez. Mas para ter água, é preciso ter chuva, e como é possível fazer chover?
Bombardeamento de cloreto
Nos últimos 50 anos uma técnica de “produção de chuva” se espalhou pelo mundo, sendo testada inclusive no Brasil. Conhecida como pulverização ou semeadura de nuvens, essa técnica lança na base ou no topo das nuvens, alguma substância que facilite a formação de gotas de chuva.
A substância mais comum para provocar a semeadura é o cloreto de sódio (sal), mas em algumas vezes também é utilizado o iodeto de prata e gás carbônico congelado. As partículas de sal – ou de outra substância escolhida – atraem gotículas ao entrarem em contato com o vapor d’água e criam os pingos de chuva.
Controvérsias
Com um processo tão simples, porque não implementá-lo em todos os locais com problema de chuva?
O processo só é possível em nuvens que já possuam vapor d’água. Desta forma, ele não cria chuva, apenas acelera precipitações que já estão engatilhadas e poderiam se dissipar. Outro problema, muito mais relevante, é o meio ambiente: apesar de o produto bombardeado não ser tóxico, modificar o clima de forma artificial pode trazer resultados imprevisíveis no futuro.
Em 1950, o Estado do Ceará realizou experimentos de semeadura de nuvens para tentar contornar a seca no Semiárido. Mas o programa foi encerrado no ano 2000 por não apresentar resultados significativo nas precipitações.
Projetos de sucesso
Mas a semeadura de nuvens também carrega histórias de sucesso. Em 2012, a Bahia adotou a técnica para garantir uma boa condição de solo e salvar a produção de abacaxi da região de Itaberaba (o ano foi marcado por uma forte seca na região).
Em um projeto conjunto das secretarias de Agricultura, Meio Ambiente, produtores baianos e a empresa ModClima, foram realizados 17 voos de semeação, que geraram 14 chuvas. O projeto, apesar de bem sucedido, não teve continuação pela alegação de alto custo: R$ 6 milhões ao ano.
Outra aplicação de sucesso da técnica foi na China. O país utilizou o bombardeamento de iodeto de prata nas vizinhanças da cidade de Pequim na abertura dos Jogos Olímpicos. O objetivo era evitar a ocorrência de chuvas durante a cerimônia, provocando-a em outro local.
Além das Nuvens
Desde 1990, os Emirados Árabes possuem um Programa Nacional de Pesquisa dedicado a melhora da chuva. O país registra uma baixa taxa – 100 milímetros – de chuva por ano, além de uma grande evaporação, resultado das altas temperaturas.
No último ano, pesquisadores deram início a um projeto que estuda a construção de uma montanha artificial para aumentar as precipitações de chuvas. A montanha forçaria o ar a subir, criando nuvens, que então seriam semeadas.
O projeto agora avalia as melhores possibilidades de local para construção da montanha e os custos para viabilizá-la.
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