O campo hoje é um lugar tecnológico e conectado. Foram incorporadas ferramentas e maquinário de ponta à gestão das propriedades agrícolas, e isso está mudando a história da agricultura. As evoluções na área de sensoriamento remoto – com a utilização […]
O campo hoje é um lugar tecnológico e conectado. Foram incorporadas ferramentas e maquinário de ponta à gestão das propriedades agrícolas, e isso está mudando a história da agricultura. As evoluções na área de sensoriamento remoto – com a utilização de satélites, drones e aeronaves, por exemplo, permitiu colocar à disposição dos produtores um universo de informações e possibilidades, para trabalhar com mais assertividade e lucratividade.
Há 20 anos, grande parte dos produtores jamais imaginou ter disponível esse tipo de tecnologia para seu negócio, mas nos últimos anos, as tecnologias se tornaram mais acessíveis e agora já são uma realidade na vida dos agricultores.
Não era possível ontem, mas hoje é
Na visão de Rafael Almeida, Arquiteto de Software do setor de Pesquisa e Desenvolvimento da Strider*, três fatores foram essenciais para que o sensoriamento remoto, especialmente o uso de satélites, se tornasse uma tecnologia mais acessível ao agronegócio: a redução do custo, melhora nas resoluções das imagens e o aumento da frequência temporal.
A tecnologia ficou mais acessível. Hoje, as imagens de satélite são mais baratas a ponto de o produtor conseguir comprar e esse é o grande marco. Algumas invenções como os “microssatélites”, por exemplo, marcaram uma baixa de custo deste tipo de tecnologia. “Mesmo que tenham vida útil menor, porque depois de um tempo eles caem na terra de novo, enquanto estão no ar eles conseguem enviar muitas imagens para a base”, afirma.
O Arquiteto conta que para desenvolver alguns softwares agrícolas são utilizados os serviços de duas classes de satélites, o projeto Landsat – da Agência Espacial Americana e que é dedicado à observação dos recursos naturais terrestres – e da Planet, uma provedora de satélite comercial.
Os investimentos da Planet, que possui várias constelações em órbita, possibilitaram uma melhora considerável na resolução das imagens geradas pelos satélites. “Quando falamos em constelação significa que a empresa tem vários satélites de um mesmo projeto e que foram lançados ao mesmo tempo em órbita”, explica Almeida.
Por último, a resolução temporal também é um dos fatores que contribuíram muito para o uso dos satélites na agricultura. “Com a maior quantidade de satélites em órbita, a frequência de revisitação aumentou. As imagens do Landsat chegam em média a cada 16 dias, sincronizado com o horário da terra. Já no caso da Planet varia porque a empresa tem muitos satélites, então pode ser a cada um dia ou a cada dois dias – no caso do tempo de revisitação”, conta Rafael.
O campo hoje é um lugar tecnológico e conectado
Dessa forma, o aumento da frequência temporal, a baixa de custo e a melhor resolução das imagens foram algumas das revoluções que permitiram aplicações que antes não eram possíveis na agricultura.
Porque a tecnologia de sensoriamento remoto se tornou uma poderosa aliada do agronegócio?
As vantagens variam de cultura para cultura, mas na cana-de-açúcar, por exemplo, é bem difícil andar pela lavoura para fazer um monitoramento adequado. Por meio de imagens geradas por satélites e drones, os produtores conseguem ver exatamente o que está acontecendo na lavoura. Com a análise das imagens em mãos, ele pega as coordenadas e vai agir só naquele foco.
Conforme explica Rafael Souza, Coordenador de Desenvolvimento de Produto da Strider, as imagens facilitam a apuração de problemas em lugares remotos. “Se tem uma imagem de satélite com problema de biomassa, praga, ou planta daninha em um local totalmente remoto, que a probabilidade de uma pessoa passar ali é pequena, consegue diagnosticar e agir naquele ponto”, relata.
Assim, o produtor sabe que está acontecendo algum problema e faz um levantamento para quantificar a praga e qualificar o potencial de destruição dela. Em um terceiro momento, ele consegue utilizar o drone para fazer uma aplicação localizada, se for o caso.
“O drone faz uma aplicação praticamente cirúrgica. Aplica-se determinado produto naquele local e resolve-se o problema de uma vez, sem precisar gastar uma fortuna de dinheiro em máquina ou em defensivos”, relata Souza.
Além da funcionalidade e economia que o sensoriamento remoto representa para a agricultura, existe também o fator praticidade. Não é preciso alocar um operador, ou uma máquina que consome muito combustível, não precisa de ter toda a mecânica para uma aplicação específica. É possível pegar um drone e fazer tudo automático.
O que é sensoriamento remoto?
É uma tecnologia que permite a obtenção de imagens e dados da superfície terrestre através da captação e registro da energia refletida/emitida pela superfície sem que haja contato físico entre o sensor e a superfície. Assim, utiliza-se um dispositivo aéreo, que pode ser um avião, satélite, drone e outros para tirar fotos de uma área que especifica.
Você sabia?
Os mapas aéreos para cálculo do Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU) em algumas cidades são feitos por meio de aerolevantamento. A tecnologia de sensoriamento remoto permite aos aviões sobrevoar as áreas a serem medidas e identificar construções que sofreram algum tipo de alteração. Desta forma, o órgão responsável pelo recolhimento analisa as mudanças e envia um técnico apenas às propriedades em que o levantamento apontou alteração para validar a ampliação.
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