A alta cotação da soja nos últimos anos transformou a oleaginosa na principal culturabrasileira, com uma área que corresponde a 49% do cultivo de grãos no país. O cultivo,que chegou tímido ao Brasil nos anos 1970, tem ocupado cada vez […]
A alta cotação da soja nos últimos anos transformou a oleaginosa na principal cultura
brasileira, com uma área que corresponde a 49% do cultivo de grãos no país. O cultivo,
que chegou tímido ao Brasil nos anos 1970, tem ocupado cada vez mais espaço e, aliado à
tecnologia, tem ficado mais rentável.
Atualmente, é uma das maiores geradoras de divisas cambiais com as exportações. Só
para ter uma ideia, a leguminosa representa 40% do comércio mundial do grão e 73% do
óleo.
Além do mercado internacional, a produção atende ao consumo crescente de alimentos à
base de soja e na demanda por produtos diferenciados que adicionem diversidade à dieta
dos brasileiros.
Com o crescimento no nível educacional e consequente maior poder aquisitivo da
população, cresce, também, a demanda por alimentos mais proteicos e produtos com
qualidade diferenciada.
Diante disso, você sabe dizer de onde vem a soja brasileira, o que é possível fazer com ela
e quais são os países que mais importam a semente oleaginosa? Se, assim como nós, você
se interessa por boas curiosidades, confira as respostas no texto em seguida.
O Brasil se tornou um dos maiores produtores de soja do mundo, dividindo com os
Estados Unidos e a Argentina a liderança no ranking de plantio da leguminosa. No entanto,
o que se observa é que o cultivo brasileira do grão possui como diferenciais o fato de ser
muito produtivo e pelo alto valor nutricional.
Sobre esse último aspecto, ao que parece, a soja plantada em terras brasileiras possui mais
proteínas quando comparada a de outros países. Isso é um ponto muito favorável para os
produtores daqui.
Agora, quando olhamos para os estados que mais plantam a semente oleaginosa, podemos
destacar as safras do Mato Grosso, Goiás, Paraná e Rio Grande do Sul. Assim sendo, as
regiões Sul e Centro-Oeste são responsáveis por mais de 70% de toda a produção
brasileira.
As dietas mais restritivas e a necessidade de buscar por alimentos mais saudáveis,
certamente, estão por trás da alta na demanda da soja nos últimos anos. Além disso, as
novas pesquisas, que introduziram a leguminosa na alimentação humana, bem como
atribuiu novos usos também explicam porque encontramos mais produtos derivados.
O grão de soja possui grande variedade de uso. Na indústria de alimentos, por
exemplo, é utilizada como matéria-prima para a produção de chocolates, temperos e
massas para quem tem alguma restrição alimentar ou quer ter uma alimentação mais
proteica.
O óleo vegetal é processado e utilizado para cozimentos, fabricação de margarina e
maionese. Enquanto que um de seus componentes extraídos, a lecitina, é uma substância
emulsificante utilizada na fabricação de salsichas, sorvetes, barras de cereais e outros
produtos.
Na indústria química, a soja serve como base para produção de vernizes, tintas, plásticos,
cosméticos, adesivos, fibras e revestimento. Só para ter uma ideia, existe uma tinta à base
de soja que é usada na impressão de jornais e que pode ser retirada do papel com mais
facilidade, o que favorece a reciclagem do material.
Ademais, a oleaginosa ainda é utilizada na produção de biodiesel. Embora não apresente
o maior teor de óleo para combustível, a cadeia produtiva de soja é capaz de tornar viável a
sua aplicação neste segmento. Entre 85% e 90% do óleo vai para a indústria de biodiesel
e, entre 10% e 15% serve de matéria-prima para a produção de óleo comestível.
Por fim, uma parte da produção agrícola da soja ainda é transformada em farelo. Esse
derivado aparece na composição de ração animal, na alimentação de suínos, aves e
bovinos.
Conforme dados da Embrapa, cerca de um terço de toda a soja produzida entre 2021 e
2022 no mundo é brasileira. Para colocar isso em números, na safra 2021/22 foram
produzidas 355.588 milhões de toneladas do grão no planeta, sendo que, no Brasil, esse
número alcançou as 123.829 milhões de toneladas.
Motor propulsor tanto da economia interna quanto externa, a semente oleaginosa
aparece como o principal produto de exportação do país. Dentre os produtos exportados,
damos destaque para o grão in natura que ainda é o principal. No entanto, o farelo de soja e
o óleo também estão ganhando relevância pouco a pouco.
E, quais são os países que mais compram a soja e seus derivados do Brasil?
Então, a China aparece como a principal importadora, com cerca de 35 milhões de
toneladas só no ano de 2022. Enquanto isso, outros países da Europa e Ásia estão
aumentando a participação. Destes, podemos destacar os seguintes países como
importadores de soja brasileira:
No exterior, a soja brasileira pode chegar em grão ou já manufaturada (como farelo ou
óleo), conforme já mencionado. Sendo assim, ela possui aplicações muito similares às que
já são empregadas no Brasil.
Ou seja, é empregada no consumo humano com diversos produtos derivados: sucos, tofu,
chocolates, massas, farinha, temperos, etc. Ademais, ela segue sendo muito utilizada em
sua versão em farelo para a alimentação animal.
Ao ser empregada nesse último exemplo, ela acaba sendo voltada novamente à
alimentação humana. Afinal, os animais que recebem a ração são consumidos,
posteriormente, como carne suína, bovina e avícola.
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