No começo do mês de junho, o governo federal lançou o Plano Agrícola e Pecuário 2017/2018, também chamado de Plano Safra. As taxas de juros geraram grandes expectativas no meio agro antes do lançamento do plano e a possibilidade de […]
No começo do mês de junho, o governo federal lançou o Plano Agrícola e Pecuário 2017/2018, também chamado de Plano Safra. As taxas de juros geraram grandes expectativas no meio agro antes do lançamento do plano e a possibilidade de queda dividiu opiniões.
O Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, anunciou em um primeiro momento que alguns programas poderiam ter os juros reduzidos. Já informações divulgadas pela Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), descartaram a possibilidade de uma taxa de juros variável.
As dúvidas e especulações foram sanadas no dia 07 de junho, quando o presidente Michel Temer e o ministro Blairo Maggi, anunciaram que serão destinados R$ 190,25 bilhões para o Plano Safra 2017/2018. Maggi aproveitou para ressaltar que o plano foi lançado para a agricultura como um todo, não apenas para atender as culturas de soja, milho e algodão.
Estes recursos estarão acessíveis a médios e grandes produtores a partir do dia 1º de julho de 2017 até 30 de junho de 2018. No último Plano Safra, o governo federal havia anunciado a liberação de R$ 202,88 bilhões mas, devido ao contingenciamento, foram destinados apenas R$ 185 bilhões.
Além da liberação de um valor superior ao do último Plano, a taxa de juros das operações sofreu uma queda entre um e dois pontos percentuais, respondendo a algumas expectativas. Os números ficaram com uma variação entre 6,5% a 8,5% ao ano.
Mesmo em um momento de limitação nos gastos públicos, o governo julgou necessária a destinação de recursos para o setor como um incentivo à retomada do crescimento econômico. Em discurso, o presidente Temer disse que a notícia traz otimismo ao futuro do setor agrícola e mostra o compromisso do governo para ajudá-lo.
Segundo o secretário de Produção e Agricultura familiar, Jaime Verruck, o valor destinado ao Plano Safra e os juros são satisfatórios, mas a queda das taxas poderia ter sido mais audaciosa. Ainda na opinião do secretário, a queda anunciada não é suficiente para dar retorno ao resultado que a agricultura tem mostrado na composição do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro.
Alysson Paolinelli, ex- ministro da Agricultura e atual presidente da Abramilho, afirmou que, na sua opinião, o governo trabalha sob a possibilidade de queda da inflação até o final de 2017 e que a taxa Selic fique em torno dos 6%.
O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do estado de Mato Grosso, Normando Corral, também opinou sobre plano. Para ele, as medidas adotadas mostram reconhecimento do governo sobre a importância da agropecuária. Contudo, ele também afirmou que eram esperados mais recursos.
Crédito Rural e programas de apoio
Dos R$ 190,25 bilhões destinados ao Plano Safra, R$ 150,25 bilhões serão para o custeio e comercialização da produção, sendo R$ 116,25 bilhões com taxas de juros fixadas pelo governo e R$ 34 bilhões com juros livres a serem acordados entre a instituição financeira e o produtor. Para investimentos serão destinados R$ 38,15 bilhões.
A Letra de Crédito do Agronegócio (LCA), teve sua abrangência elevada pelo governo, que espera atingir R$ 27,3 bilhões no financiamento do agronegócio.
O juros do Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) ficarão em torno dos 7,5%. Já o valor destinado subiu 12% em comparação à última safra, alcançando os R$ 21,7 bilhões.
Ao Inovagro, que é um programa de Inovação Tecnológica que incentiva a conectividade no campo e financia equipamentos de agricultura de precisão, por exemplo, serão destinados R$ 1,26 bilhão, limitado a R$ 1,1 milhão por produtor.
O intuito é facilitar o acesso a tecnologias que contribuem para melhor gestão de processos no dia a dia da lavoura e aumentam a produtividade agrícola.
Para o Programa de Modernização da Frota de Tratores Agrícolas e Implementos Associados e Colheitadeiras (Moderfrota), serão destinados R$ 9,2 bilhões, o que significa um aumento de 82,2%, comparado à safra anterior.
Outra novidade é a volta da linha de crédito do BNDES para renovação de canaviais, com recursos de R$ 1,5 bilhão.
O Seguro Rural também teve um aumento de cerca de 37,5%. Em 2018 o produtor poderá contar com R$ 550 milhões do Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR) para proteger sua produção agrícola.
As expectativas para a safra 2017/18 são de superar o recorde da anterior. Dessa forma, o governo federal garantiu R$ 1,6 bilhão para investimentos em armazenagem, um benefício que também será estendido aos cerealistas nesta temporada.
Apesar de dividir opiniões, a aplicação inteligente dos recursos disponibilizados pelo Plano Safra deste ano poderá contribuir de forma significativa para a produtividade da sua lavoura.
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