Nos últimos anos muitas agtechs chegaram ao mercado com inovações práticas para a agricultura, oferecendo soluções que atuam na eficiência, produtividade e que garantem maior rentabilidade aos produtores. No setor de controle biológico de pragas, por exemplo, a Pragas.com atua como provedora […]
Nos últimos anos muitas agtechs chegaram ao mercado com inovações práticas para a agricultura, oferecendo soluções que atuam na eficiência, produtividade e que garantem maior rentabilidade aos produtores. No setor de controle biológico de pragas, por exemplo, a Pragas.com atua como provedora de soluções para empresas, instituições e pesquisadores que utilizam insetos em seus projetos.
De acordo com Cristiane Tibola, co-fundadora e diretora de pesquisa e desenvolvimento da empresa, o mercado de controle biológico no Brasil deve registrar crescimento entre 15% a 20% nos próximos anos, crescendo cinco vezes mais rápido que o mercado de químicos. “Este rápido crescimento se deve à maior demanda da sociedade e órgãos reguladores por tecnologias mais limpas. Aliado a isto, a ocorrência cada vez mais precoce e frequente de casos de resistência de pragas a inseticidas tem despertado a atenção de empresas e produtores na busca por alternativas”, explica a diretora.
Tibola acredita que o crescimento do mercado também está ligado ao aumento do conhecimento dos produtores, que estão cada vez mais cientes da importância das técnicas de controle biológico. Ela salienta que o momento é ideal para reafirmar a estratégia como ferramenta plenamente viável para o manejo integrado de pragas de lavouras.
Demanda
As empresas que pesquisam e desenvolvem novos métodos de controle de pragas encabeçam a lista de clientes atendidos pela startup, que está baseada em Piracicaba, incubada na ESALQTec Incubadora Tecnológica. “Atualmente, a Pragas.com possui o maior portfólio de organismos-alvo para pesquisas e é a única do mercado com foco no fornecimento de insumos biológicos para empresas que precisam da “praga” para produzir seus agentes de controle biológico”, esclarece a pesquisadora.
A empresa nasceu com o intuito de ajudar o Brasil na missão de se tornar o maior produtor de alimentos do mundo de forma limpa e sustentável. Para isso, desenvolve parcerias com empresas estrangeiras, referências no setor de fornecimento de insetos para pesquisas. “Estamos desenvolvendo em parceria com a FAPESP, uma nova metodologia de criação massal de insetos em laboratório e um dispositivo batizado de EGGSBOX® (clique aqui e saiba mais) que impulsionará pesquisas para o lançamento de novos métodos de controle de pragas e também recomendações de manejo”, conta Cristiane.
Em outra frente, a startup mantém contato com empresas internacionais para importar tecnologias de produção de insetos de forma automatizada. Conforme explica Tibola, isso trará um grande diferencial e consolidará a empresa como fornecedora de insumos biológicos, principalmente para empresas que precisam ganhar escala na produção de seus agentes de controle.
Maior adoção
Mesmo com todo o crescimento do setor, ainda existe uma fatia grande de produtores que desconhece as pesquisas e soluções desenvolvidas para o manejo integrado de pragas agrícolas. Para mudar essa situação é preciso movimentar o mercado, gerando informação e incentivos para a adoção de práticas mais saudáveis e sustentáveis de controle de pragas nas lavouras.
Portanto, Tibola acredita que o caminho ideal para mudar a visão dos produtores/empresas agrícolas para que elas entendam os benefícios de estratégia a longo prazo é mostrar que o controle biológico é plenamente viável, desde pequenas até mesmo para as grandes áreas, e que pode fazer parte não somente da agricultura orgânica, mas também de sistemas altamente tecnificados e biotecnológicos. “Para isso, nos próximos anos o controle biológico precisa ganhar escala, qualidade e quebrar a cultura de ‘somente químico funciona’”, pontua.
Outro ponto é a confiança do agricultor, que só pode ser conquistada por meio da profissionalização do setor. Isso acontece com o investimento de empresas que têm capacidade produtiva para atender a demanda e acima de tudo, oferecer produtos de alta qualidade.
Esse desafio é potencializado, conforme frisa Cristiane Tibola, já que o Brasil é um país com dimensões continentais, extensas áreas plantadas e clima tropical. “Desta forma, não podemos simplesmente importar tecnologias prontas, precisamos pensar em um modelo adequado à estas características. Felizmente, já temos vários casos de sucesso na implantação do controle biológico e o Brasil já está sendo reconhecido mundialmente como uma referência neste setor”, pontua.
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