Por Marihus Altoé Baldotto A posição de primazia do Brasil como produtor de carne perante o mercado mundial tem suas bases na enorme extensão territorial e características climáticas que permitem o uso de pastagens como alicerce da produção, garantindo baixos […]
Por Marihus Altoé Baldotto
A posição de primazia do Brasil como produtor de carne perante o mercado mundial tem suas bases na enorme extensão territorial e características climáticas que permitem o uso de pastagens como alicerce da produção, garantindo baixos custos. Com exceção de poucos ambientes onde as pastagens naturais também são importantes, como o norte dos estados do Pará e de Roraima; por todo o país as pastagens plantadas têm sido fortemente estabelecidas.
A história da evolução e sucessão de forrageiras na composição das pastagens confundem-se com a colonização do solo brasileiro. O gênero Brachiaria tornou-se importante no país no começo da década de 1960 e decerto é o mais duradouro e espacialmente expansivo. O sucesso da B. decumbens, originária do Pará, incentivou a busca de novas espécies na África, de onde foram trazidas as espécies B. ruziziensis, B. brizantha, B. arrecta e B. humidicola.
Estimativas sugerem que 80% das pastagens brasileiras são do gênero Brachiaria e que, dos 190 milhões de hectares, 50 milhões são ocupados por B. brizantha cv. Marandu.
Podem ser causas da degradação: cultivar inadequado à região, má formação adequada da pastagem, manejo e práticas culturais inadequadas, ocorrência de pragas, doenças e plantas daninhas; manejo animal impróprio, baixa fertilidade e baixa precipitação.
A degradação contribui com emissões de gases de efeito estufa, devido à redução do desempenho animal e vegetal nessas áreas; perda de habitats e quedas de produtividade.
Dessa forma o principal obstáculo da pecuária brasileira refere-se à manutenção da qualidade dos pastos, que vai de encontro ao baixo custo do manejo, especialmente no que se refere à adubação. Boa parte dos solos que sustentam as pastagens necessita de correção e adubação.
Embora a calagem seja uma prática relativamente barata, a adubação com nitrogênio, fósforo, potássio, enxofre e micronutrientes onera as despesas. Assim, para reduzir custos com adubação nitrogenada pode-se utilizar a simbiose entre microrganismos e planta, bem como realizar rotação de culturas entre espécies leguminosas e gramíneas.
Esse é o segundo texto do artigo sobre “Manejo do solo para a produção de pastagens e de alimentos para as criações brasileiras”.
Leia a continuação deste artigo no link:
Integração Lavoura-Pecuária Reduz Custos E Aumenta Produtividade
Foto: Júlio Cesar Salton
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