A mapa da agricultura digital brasileiro está em estágio avançado. Segundo levantamento da McKinsey & Company, realizado no início de 2020 com 750 produtores em 11 estados do país, o produtor daqui já tem um nível de compras digitais superior ao dos Estados […]
A mapa da agricultura digital brasileiro está em estágio avançado. Segundo levantamento da McKinsey & Company, realizado no início de 2020 com 750 produtores em 11 estados do país, o produtor daqui já tem um nível de compras digitais superior ao dos Estados Unidos: 36% versus 24%. Se antes o digital era visto como de nicho e vanguarda, hoje ele é amplamente adotado nas fazendas.
O mapa da agricultura digital no Brasil conta com papel importante da tecnologia Cropwise Protector, que começou no Mato Grosso, com os produtores de dianteira, e no Triângulo Mineiro, nas lavouras de café, lá em 2014. Dois anos depois, o sul do Mato Grosso do Sul despontou como mais um polo de adoção da ferramenta, com destaque para a região de Dourados.
Em 2018, as tecnologias digitais se espalharam pelo país, adentrando Mato Grosso, Goiás, Maranhão, Piauí, Tocantins, o oeste baiano e os estados do Sul. Na safra 2019/2020, houve mais interiorização: sul goiano, oeste paranaense e oeste do Rio Grande do Sul.
Gerente de Produto da Syngenta Digital, Diego Ramires conta que a jornada digital começou pelos grandes grupos e por produtores mais tecnificados. “Um grande exemplo disso são as usinas de cana que, desde os anos 90, já usam ferramentas digitais no cotidiano das operações”, explica.
Ramires diz ainda que, hoje, o cenário é outro. O campo já está povoado por máquinas, como plantadeiras e colheitadeiras com ferramentas digitais integradas, para o acompanhamento de informações e da operação de forma remota. Ferramentas de gestão financeira e da lavoura, segundo ele, também estão bem difundidas.
No entanto, apesar dos avanços, Ramires aponta dois fatores que embarreiram o mapa da agricultura ser mais digitalizado. “Primeiro, a falta de cobertura de sinal nas lavouras. É muito difícil a gente pensar em qualquer tipo de solução que gere informação em tempo real, pela necessidade da Internet no campo. Isso força as empresas a criarem tecnologias que lidem com isso”. Ele cita o Cropwise Protector como uma dessas soluções, que funciona offline no campo.
O outro fator, de acordo com o Gerente de produto da Syngenta Digital, é a falta de informação. “A agricultura vive uma carência de informação no geral. Isso, inclusive, se conecta muito com um fato importante que a digitalização também enfrenta no Brasil, que é a sinergia com a distribuição”, completa.
Boa parte da cadeia produtiva se relaciona fortemente com distribuidores e cooperativas porque conta com o apoio de técnicos e agrônomos que fazem atendimentos no dia a dia. Dessa forma, ofertas que integram o digital a esses canais geram grande impacto.
Há duas safras, o Controle Certo surgiu com a proposta de disponibilizar a tecnologia digital de monitoramento de pragas com a mão de obra de técnicos pragueiros. “O Controle Certo tem foco nos produtores que não possuem equipe própria de monitoramento. A oferta veio para suportar tanto o produtor quanto o consultor dos canais na coleta e na tomada de decisão”, explica Thais Andrade, Gerente Regional de Transformação Digital da Syngenta Digital.
Segundo ela, isso ajudou a difundir a tecnologia para esse segmento, já que aliou mão de obra qualificada ao monitoramento digital. “Passaram e ter fit porque a gente também entrou com o recurso humano. A aceitação foi muito boa”, completa.
No primeiro ano, foram 550 mil hectares atendidos em 10 estados do país. Na próxima safra, já são mais de 1 milhão de hectares em contratos fechados para monitoramento na modalidade, interiorizando o mapa da agricultura no país.
A Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) regulamentou a operação de aeronaves não tripuladas, conhecidas popularmente como drones, em território brasileiro. O objetivo do Regulamento Brasileiro de Aviação Civil Especial nº 94/2017 (RBAC-E nº 94/2017) é tornar as operações com esses tipos […]
Leia na íntegraO passo inicial de manejo e conservação do solo consiste em usá-lo dentro de sua capacidade de uso, ou seja, de sua aptidão agrícola. No texto a seguir, confira as práticas edáficas, vegetativas e mecânicas para o controle da erosão, de uso geral na conservação […]
Leia na íntegraA integração de tecnologias está entre os maiores desafios do futuro do agro, segundo estudos da Embrapa. Há pelo menos dois anos, a pesquisadora Silvia Maria Massruhá, Chefe-geral da Embrapa Informática Agropecuária, aponta a questão, que permanece atual. Produtores rurais seguem demandando um maior cruzamento de dados para a tomada de decisão. Um deles é Kriss Corso, diretor do […]
Leia na íntegra