Commodities agrícolas: Entenda porque os preços estão tão altos
Commodities agrícolas: Entenda porque os preços estão tão altos Commodities agrícolas: Entenda porque os preços estão tão altos Commodities agrícolas: Entenda porque os preços estão tão altos Commodities agrícolas: Entenda porque os preços estão tão altos

Commodities agrícolas: Entenda porque os preços estão subindo tanto

4 min de leitura

Milho batendo recordes e sendo negociado a mais de R$100,00- o maior valor dos últimos sete anos. Preço do café arábica negociado acima de R$800,00 em algumas regiões do país. Para soja não se via algo tão alto desde 2012- o grão […]

por Luisa Torres
07 de maio de 2021
Commodities agrícolas: Entenda porque os preços estão tão altos Voltar
Commodities agrícolas: Entenda porque os preços estão tão altos

Milho batendo recordes e sendo negociado a mais de R$100,00- o maior valor dos últimos sete anos. Preço do café arábica negociado acima de R$800,00 em algumas regiões do país. Para soja não se via algo tão alto desde 2012- o grão chegou a ultrapassar os R$180,00! O preço das commodities agrícolas tem atingido níveis atípicos tanto no mercado internacional quanto no nacional mesmo em um ano difícil de crise e enfrentamento da pandemia.  

O professor de economia do IBMEC, Luiz Carlos Day Gama, explica que uma série de fatores permitem essa aceleração nos preços das commodities agrícolas. “Clima, baixos estoques com quebra em algumas produções são alguns dos motivos”, diz. E o que acontece lá fora também se reflete no Brasil que já está com preços elevados devido a exportações, demanda interna aquecida e cotação do dólar.  

A forte recuperação dos Estados Unidos e da China, as duas maiores economias do planeta, também promete manter a demanda por alimentos ainda mais alta e o Brasil acaba se beneficiando por ser um grande produtor e exportador desses produtos. O problema é que as exportações diminuem o estoque nacional, aumentando os preços para o mercado interno brasileiro e, consequentemente, quem paga é o consumidor que tem sentido essa volatilidade nos óleos vegetais, carnes e laticínios, por exemplo. “Demanda aquecida com oferta limitada, não tem outro jeito! É preço alto”, afirma Day Gama.  

Espiga de milho
Fatores climáticos têm influenciado no valor do milho mundo afora

Milho 

Especialistas acreditam que o preço do milho ainda tem fôlego para subir diante de tantas incertezas. Para começar, o clima não tem ajudado nem aqui nem nos Estados Unidos.  

No País, a falta de chuva em Mato Grosso, Paraná e São Paulo acendeu sinal de alerta podendo comprometer a produtividade do grão da safrinha. Nos Estados unidos o responsável é o frio intenso que tem prejudicado e até atrasado o início do plantio de milho da safra 2021/2022.  

E para fechar, a China está de volta com um apetite global enorme! Recentemente, o país asiático retornou ao mercado como o grande importador do grão, comprando dos EUA, Ucrânia e Argentina. Em janeiro e fevereiro deste ano, o país aumentou cinco vezes o número da sua importação. Muito dessa demanda, além do consumo, foi para alimentar o rebanho suíno afetado pela peste suína no país.  

Soja na plantação
Soja: estoque internacional em baixa e demanda em alta

Soja 

A China também é uma das grandes responsáveis pelo aumento do valor da soja já que tem desabastecido o estoque internacional com a sua enorme demanda. Além do consumo interno, os chineses também compram para atender a sua produção suína e de frango. “Muita demanda aquecida e ainda tem o dólar que está mais alto”, explica o professor de economia.  

Plantação de café arábica
Preço do café arábica atingiu maior nível desde 2017

Café 

O preço do café não para de subir. Em Abril deste ano, atingiu o maior nível desde 2017, batendo R$800,00 no mercado interno “muito por especulação, pela incerteza de demanda e por quebra de produção”, afirma o professor de economia do IBMEC.   

Especialistas também acreditam que, por enquanto, o valor negociado do café na bolsa internacional tende a continuar alto. Pra se ter uma ideia, o banco holandês Rabobank, que tem forte atuação do setor agrícola, estimou déficit na safra 2021-2022 diante de uma produção menor no país em função das chuvas abaixo da média.    

Crescimento de preços demonstrado por uma mão e um gráfico de subida
Especialistas acreditam que os preços devem continuar altos por, pelo menos mais dois anos.

Os preços das commodities agrícolas vão continuar altos? 

Para o professor Luiz Carlos, conforme o Brasil avance no processo de vacinação contra a Covid-19 e medidas fiscais sejam mais efetivas, o mercado tende a se acalmar e as empresas brasileiras comecem a se beneficiar. “O anúncio do aumento da taxa de juros da Selic, o aumento da vacinação no Brasil, valorização do real. Isso faz com que o mercado veja o Brasil com mais confiança”. 

Mas ele acredita que esse nervosismo do mercado das commodities só deve acalmar em 2023 porque “até lá é preciso recompor os estoques”, concluiu.   

Leia mais da categoria:

Posts
4 min de leitura
Michele Guizini

Influencer Michele Guizini entrevista Syngenta Digital

A Syngenta Digital chegou, e um time de influenciadores do agro nas redes sociais foi escolhido para falar sobre esse importante momento da evolução da agricultura. O #EsquadrãoDigital é formado por Michele Guizini, Vanessa Sabioni, Agro de Respeito e João Pierobon que, juntos, somam mais de 170 mil seguidores no Instagram.   Eles perguntaram para os seguidores quais […]

Leia na íntegra
Posts
6 min de leitura
Plantação de algodão

Algodão: 9 curiosidades que você provavelmente não sabia

Você sabia que o algodão tem várias funcionalidades, origens e diferentes cores? Confira aqui 9 curiosidades sobre esse item produzido no Brasil

Leia na íntegra
Posts
4 min de leitura
qualidade de plantio

Algar Farming ganha precisão na qualidade de plantio com Protector

A chegada do digital na agricultura gerou uma grande mudança na forma como a lavoura é gerenciada. Com o uso de ferramentas como o Cropwise Protector, produtores monitoram seus talhões com mais precisão em todos os momentos da safra.   “Hoje, as informações chegam de […]

Leia na íntegra