Principal alimento de mais da metade da população do mundo, o arroz é versátil. Seja Branco, negro ou vermelho é opção o dia todo, não apenas na hora do almoço ou do jantar. Ele pode ser servido desde o café […]
Principal alimento de mais da metade da população do mundo, o arroz é versátil. Seja Branco, negro ou vermelho é opção o dia todo, não apenas na hora do almoço ou do jantar. Ele pode ser servido desde o café da manhã, como um cereal, e na sobremesa. Tem arroz até na bebida! Saiba mais sobre como é a plantação de arroz, esse alimento rico e tão saboroso!
Ciclo do desenvolvimento do arroz
O que é preciso para iniciar uma plantação de arroz?
Sistema de Semeadura da plantação de arroz
Qual é o ponto de maturação ideal para o arroz?
Ele é o principal alimento de metade da população mundial! Já imaginou o quanto o arroz é consumido? Tamanha importância faz desse cereal o terceiro mais produzido no mundo, ficando atrás apenas do milho e do trigo. Atualmente, o país maior produtor de arroz é a China, seguido de pela Índia e Indonésia.
No Brasil, o Rio Grande do Sul é o maior estado produtor. Logo depois vem Mato Grosso, Minas Gerais, Maranhão, Santa Catarina, Goiás, Tocantins, São Paulo e Mato Grosso do Sul. Segundo estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o Brasil deve produzir 11 milhões de toneladas de arroz na safra 2020/21.
O arroz pertence à família das gramíneas e as variedades cultivadas no Brasil são da espécie Oryza sativa L., com origem atribuída ao continente asiático. Mas segundo a Embrapa, existem estudos que indicam que algumas espécies silvestres de arroz já eram utilizadas pela população indígena.
Há dois ecossistemas principais para a cultura: o arroz de várzea, irrigado por inundação controlada (esse mais comum na região Sul do Brasil) e o arroz de terras altas, incluindo o arroz de sequeiro, predominante da região do Cerrado, no Centro-Oeste do país.
O ciclo do desenvolvimento do arroz pode ser dividido em três fases: Plântula, vegetativa e reprodutiva. A duração de cada fase vai depender do tipo da cultivar, da época de semeadura, da região e condições do solo. Geralmente, ela varia entre 100 e 140 dias para a maioria das cultivares plantadas em sistema inundado. Já os de sequeiro tem duração média entre 110 e 155 dias.
Localização geográfica, solo, temperatura, nutrientes... São muitos aspectos a serem levados em conta antes de se iniciar uma plantação de arroz.
O arroz é uma cultura que demanda muita água para o seu desenvolvimento por isso, o ideal é plantá-lo em regiões próximas de rios, lagos, que a incidência de chuva seja alta ou em locais que seja possível fazer a irrigação.
É indicado que o solo seja rico em nutrientes e, preferencialmente, plano, facilitando a colheita do arroz. Apesar disso, há muitos produtores, principalmente na Ásia, que cultivam o arroz em terrenos acidentados. Fazer a correção do pH e adubar o solo é recomendado para a cultura. O controle de plantas daninhas e pragas iniciais ajudam o produtor a conquistar mais produtividade.
A época correta da semeadura também é fundamental e deve ser levada em conta. É ela que determinará as condições climáticas que a cultura será exposta durante o seu ciclo. Um local com bastante luz solar e temperatura média na faixa dos 21° graus é o mais recomendado, de acordo com os especialistas.
Para o estado do Rio Grande do Sul, a época de plantio do arroz varia de 21 de setembro a 10 de dezembro.
Em Santa Catarina, o período ideal é entre 11 de agosto a 10 de janeiro. É importante fazer o planejamento do plantio de acordo com o zoneamento da sua região e ciclo da cultivar.
Por fim, como em qualquer cultura, se prepare para condições adversas do clima. Na semeadura, se chover muito, é imprescindível manter o sistema de drenagem da área com bom funcionamento!
É hora de escolher as variedades usadas na sua plantação. Essa é uma etapa importante porque a escolha da cultivar ideal para determinada região aumenta a produtividade e pode diminuir o custo de produção.
É bom sempre lembrar que além da cultivar, para um melhor desempenho na safra, as sementes precisam ser de boa procedência e certificadas, com alto poder germinativo, alto vigor e sanidade, além de pureza física e varietal. Pra se ter uma ideia, o potencial genético da cultivar é responsável por 50% do rendimento final da lavoura.
Para evitar a proliferação de pragas, é recomendado também fazer o tratamento das sementes, garantindo assim que ela cresça de forma mais saudável.
Pra te ajudar, no site do Ministério da Agricultura, Pecurária e Abastecimento, tem uma lista das cultivares registradas, recomendadas para tipo de sistema de plantio, safra e local!
Atualmente, o plantio de arroz ocorre através de dois sistemas diferentes: irrigado e sequeiro.
No Brasil, o arroz irrigado ou de várzea é o sistema mais utilizado. Ele representa quase 80% das lavouras de arroz. Nele, o solo é mantido coberto com água durante a maior parte do ciclo da cultura. A água é drenada somente dias antes da colheita. Esse tipo de plantio necessita de um investimento maior em relação ao de sequeiro uma vez que precisa de muita água para irrigar a plantação.
Já no arroz de sequeiro ou de terras altas, o plantio é realizado sem que o solo seja submerso. Atualmente, ele vem sendo muito utilizado para rotação de cultura.
Fonte: Embrapa
As sementes são distribuídas diretamente no solo, seja na forma de sementes secas ou pré-germinadas, a lanço ou em linhas, em solo seco ou inundado.
É a forma mais adequada de plantio de arroz irrigado, podendo atingir a maturação sete a dez dias antes dos transplantados. É uma redução de ciclo importante para áreas onde se utilizam cultivos sucessivos e/ou apresentam limitações climáticas, como ocorrência de baixas temperaturas.
Esse sistema exige manejo eficiente das plantas daninhas e de preparo do solo com uso de grades aradoras para romper as camadas compactadas. A semeadura é feita com a camada superficial do solo drenada e, de acordo com os equipamentos usados, pode ser subdivida em: semeadura a lanço e semeadura em linhas.
A semeadura a laço é mais rápida e econômica. As sementes são espalhadas no terreno, manual ou mecanicamente, mediante o uso de semeadoras ou de aviões agrícolas para, posteriormente, serem incorporadas superficialmente ao solo por meio de grade. Tanto na semeadura a lanço como em linhas, a semente deve ficar ao redor de 3cm de profundidade.
As sementes que permanecem nas camadas mais superficiais ficam sujeitas ao ataque de pássaros e adicionalmente podem apresentar problemas de germinação devido ao secamento rápido da camada superficial do solo.
A Semeadura em linhas é o sistema mais empregado no Brasil. Ele é feito com o uso de semeadora-adubadora. É recomendado empregar semeadora com dispositivos para efetuar a compactação do solo na linha de plantio, pois isso resulta em maior porcentagem de germinação e uniformidade de emergência de plântulas.
É um sistema em que há maior eficiência na utilização dos fertilizantes pois só são colocados sulco na semeadura, abaixo das sementes. Nessa semeadura, é mais adequado um espaçamento entre linhas ao redor de 17 e 20cm e uma população de 50 plântulas por metro de linha de plantio, o que corresponde a um gasto de 80 a 120 kg/ha de sementes. Dependendo do manejo do solo, a semeadura em linhas pode ser efetuada tanto em solo preparado como em solo sem preparo ou com cultivo mínimo.
No sistema plantio direto (SPD), a semeadura é efetuada diretamente no solo não revolvido, contendo resíduos do cultivo anterior, antecedida ou seguida da aplicação de herbicida de ação total para controle das plantas daninhas e voluntárias.
Apenas um pequeno sulco com profundidade e largura suficientes para garantir uma boa cobertura e contato da semente com o solo é aberto.
Esse tipo de plantio o custo de operações chega a ser 2,5 vezes menor que o da semeadura convencional, principalmente por utilizar menos maquinário.
A semeadura é realizada em solo previamente inundado, o que exige um grande volume de água por ocasião do preparo do solo e da semeadura.
No preparo do solo há necessidade da formação da lama, onde se faz a aração e o destorroamento, podendo ser realizada com grade de disco ou enxada rotativa em solo seco com posterior inundação ou em solo já inundado. É necessário também realizar o nivelamento e alisamento, mediante o uso de pranchões de madeira, com o intuito de corrigir pequenos desníveis e, com isso, melhorar as condições do solo para receber as sementes pré-germinadas.
É um sistema em que as plântulas ficam em viveiros ou sementeiras, em solo bem preparado, e assim que as mudas atingem tamanho adequado para o transplantio são levadas para o campo definitivo.
No método manual, as mudas devem ser transplantadas em áreas previamente drenadas, ao atingirem 20 a 30 dias, o que corresponde a uma altura ao redor de 25 cm.
O sistema de transplante é pouco difundido no Brasil, sendo mais utilizado para produção de sementes de alta qualidade. Isso porque permite ter alta pureza varietal e facilita o controle de plantas daninhas. É também utilizado no Brasil em pequenas lavouras, especialmente na Região Nordeste.
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Independentemente da cultura, a rotação de cultura é sempre recomendada e proporciona inúmeros benefícios, além de controlar plantas daninhas, pragas e doenças.
Como o arroz pode retirar muitos nutrientes do solo durante o seu cultivo, não é recomendado utilizar o mesmo terreno para plantar o cereal por vários períodos consecutivos. Isso provoca queda de produtividade e qualidade. Assim, entres os intervalos, geralmente, se faz uma rotação com soja ou milho.
A cada colheita é necessário tomar cuidado com a palhada que sobra e que fica no solo. Eles demoram para se decompor e podem atrapalhar a germinação das próximas sementes. Arar a terra é uma solução para triturar os resíduos e facilitar a decomposição do que ficou.
O arroz atinge o ponto de maturação ou de colheita quando dois terços dos grãos do cacho estão maduros. Embora essa fase seja fácil de ser determinada visualmente, pode-se também tomar como base o teor de umidade dos grãos, o qual deve estar preferencialmente entre 18% e 23% para a maioria das cultivares. Algumas cultivares são exigentes quanto ao ponto de colheita. Exemplo disto é a cultivar Primavera, que deve ser colhida entre 20% e 24% de umidade. A não observância deste limite pode acarretar acentuado índice de quebra de grãos no beneficiamento
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