O sensoriamento remoto é uma das tecnologias mais usadas para um diagnóstico rápido e certeiro da saúde da lavoura. Por meio de imagens de satélite, produtores conseguem coletar dados e avaliar vegetação, irrigação e pragas. Na cafeicultura, a ferramenta pode […]
O sensoriamento remoto é uma das tecnologias mais usadas para um diagnóstico rápido e certeiro da saúde da lavoura. Por meio de imagens de satélite, produtores conseguem coletar dados e avaliar vegetação, irrigação e pragas. Na cafeicultura, a ferramenta pode ter um uso vantajoso, em especial no momento atual, em que os agricultores estão fazendo correção de acidez do solo, adubação, manejo de daninhas e podas das plantas. Um dos maiores ganhos para o café é a possibilidade de criar zonas de manejo para diferentes atributos e, assim, customizar o tratamento de cada talhão.
Depois da colheita, a planta do café se recupera e a lavoura descansa, o que é ideal para utilizar a análise de NDVI, o Índice de Diferença de Vegetação Normalizada, que revela se há regiões com perda de biomassa, estresse hídrico ou infestação de pragas, por exemplo. “Quando uma planta está saudável, ela absorve luz e combina essa luz com o dióxido de carbono para realizar um processo químico. É assim que o metabolismo de uma planta funciona”, explica Joshua Miller, fundador do software que deu origem ao Cropwise Imagery, da Syngenta Digital.
Com base nisso, a plataforma usa as imagens de satélite para gerar a análise, que dá insumos para estimativas de produtividade, detecção de secas, modelagem hidrológica, mapeamento de culturas e localização de pragas, dentre outros. O Coordenador de Transformação Digital da Syngenta Digital Silas Calazans conta como a tecnologia pode ser usada para gerar zonas de manejo na cafeicultura. “Vários clientes pegam o histórico de NDVI das áreas e cruzam com mapas de produtividade e mapas de análise de solo para criar zonas de manejo e saber onde aplicar o fertilizante”, explica.
Calazans cita ainda mais vantagens do NDVI, como avaliação do sistema de irrigação, da uniformidade da lavoura e do desenvolvimento das plantas nos talhões. “Outro benefício é a identificação de reboleiras e possíveis pragas de solo por causa das manchas. No café irrigado, dá para ver déficit de irrigação também”, completa.
A Veloso Coffee inseriu as análises de NDVI na sua operação com a expectativa de ter mais dados sobre a lavoura para tomadas de decisão assertivas. Gerente Geral no grupo, Heleno Barbosa cita alguns benefícios que espera ter com a adoção do Cropwise Imagery. “Meu intuito é verificar manchas de solo onde as plantas iriam mostrar uma tonalidade diferenciada, mais amarelas, ou alguma falha de irrigação”, indica.
“Como aqui é sistema de gotejamento, nesse período de retorno das irrigações agora, que a gente passa por esse período sem chuva, normalmente as plantas que voltam a irrigar têm o crescimento e as que, por algum motivo têm falha de irrigação, ficam de coloração diferente”, completa Barbosa, que também aponta outras possíveis análises a partir do NDVI na propriedade, como verificar manchas no solo, procurar por ervas daninhas ou localizar nematoides. “Achar alguma coisa no solo que possa ter algo bem diferente do que o padrão da lavoura”, conclui.
A Especialista em Transformação Digital da Syngenta Digital Ana Loschi, que atende à Veloso Coffee, conta que sua consultoria vai auxiliar em análises do histórico de NDVI e SAVI da lavoura para correlações com a produtividade. “O que gera mais valor é o histórico. O baixo índice de vegetação repetidamente no mesmo lugar pode indicar uma praga que não foi controlada, deficiência ou falha de irrigação”, conclui.
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