A influência da chuva durante todo o desenvolvimento das culturas é fator importantíssimo. Para a cana de açúcar, não é diferente. O estresse causado na planta pela falta ou excesso de água influencia diretamente na qualidade da produção. Pensando nisso, […]
A influência da chuva durante todo o desenvolvimento das culturas é fator importantíssimo. Para a cana de açúcar, não é diferente. O estresse causado na planta pela falta ou excesso de água influencia diretamente na qualidade da produção. Pensando nisso, uma pesquisa foi realizada a fim de tornar a cana mais resistente, especialmente, à seca.
Em 2007, buscando desenvolver variedades de cana que se adaptassem às condições de seca que frequentemente se apresentam nas regiões de cultivo da planta no Brasil, pesquisadores do Instituto de Química da Universidade de São Paulo (IQ-USP), iniciaram estudos para analisar genes de uma variedade de cana plantada em Alagoas em condições de seca. Contaram com a equipe do professor Laurício Endres, da Universidade Federal de Alagoas, para realizar o experimento.
As análises revelaram que alguns genes eram mais ativos que outros quando expostos à situação de seca. Para testar esses genes, os pesquisadores utilizaram o tabaco, já que a planta leva menos tempo para se desenvolver e é mais fácil de manusear quando comparado à cana.
Os pesquisadores realizaram uma parceria com colegas do Vlaams Instituut voor Biotechnologie (VIB), da Bélgica, equipe liderada pelo pesquisador Dirk Inzé. Lá na Bélgica, os testes foram realizadas usando os genes em mostarda selvagem (Arabidopsis thaliana) – planta muito utilizada em estudos de genética.
Com base nos estudos, os pesquisadores viram que os genes que protegem a cana da seca só eram ativados em situações de extrema falta de água. Pensando em uma proteção contínua, os genes precisaram ser estimulados para permanecerem ativos o tempo todo, independente da irrigação que a planta recebia.
Foi exatamente isso que os pesquisadores fizeram: reproduziram genes que permanecerão sempre ativos. Foram identificados 5 genes específicos que, quando ativados constantemente, tornam a cana tolerante ao estresse oxidativo e à seca, tudo isso a fim de proteger a planta.
Para os pesquisadores, os próximos passos são analisar a reação dos genes em canas transgênicas que suportam períodos longos de estiagem sem perder qualidade ou sofrer retardo no desenvolvimento. Marcelo Menossi Teixeira, professor do IB-Unicamp e coordenador do projeto, contou os próximos passos da pesquisa à Agência FAPESP.
“Submetemos a patente desses genes no mês passado. Queremos, agora, analisá-los em plantas transgênicas de cana e, posteriormente, licenciá-los para empresas interessadas”, finalizou.
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