Texto escrito em parceria com o Grupo Controle Biológico em Doenças de Plantas da Universidade Federal de Lavras, pela aluna Carla Maria Cavalcanti Ribeiro, doutoranda em Fitopatologia/UFLA. O que é o controle biológico Tem se tornado cada vez mais comum […]
Texto escrito em parceria com o Grupo Controle Biológico em Doenças de Plantas da Universidade Federal de Lavras, pela aluna Carla Maria Cavalcanti Ribeiro, doutoranda em Fitopatologia/UFLA.
Tem se tornado cada vez mais comum a utilização de inimigos naturais visando manter as populações de organismos prejudiciais à agricultura em níveis aceitáveis, processo conhecido como controle biológico (CB). Dentre os potenciais agentes de biocontrole, destaca-se uma ampla gama de ácaros, insetos, fungos, vírus, bactérias, nematoides, entre outros.
O CB pode ocorrer de maneira espontânea, ou como resultado da manipulação de organismos pelo homem, sendo condicionado pelo hospedeiro ou o meio ambiente.
Apontado como um método seguro e uma alternativa sustentável para o manejo de pragas e patógenos, apresenta vantagens como a redução do risco de contaminação ambiental, bem como da exposição de produtos a materiais perigosos; diminuição de resíduos em alimentos; não apresenta riscos à saúde humana e ainda é uma alternativa mais econômica do que alguns inseticidas
Do ponto de vista econômico, um inimigo natural efetivo é aquele que é capaz de regular a densidade populacional de uma praga ou patógeno e mantê-lo em níveis abaixo do dano econômico estabelecido para um determinado cultivo, tornando viável o uso de microrganismos que antagonizam patógenos de plantas para o controle de doenças na agricultura.
A atenção para biodefensivos no Brasil ocorreu em 2013, quando o uso de bioinseticidas se mostrou eficiente no controle da Helicoverpa armigera, praga que prejudicava as lavouras de soja. A partir daí intensificaram-se as pesquisas e desenvolvimentos de produtos biológicos, embora estes ocupem apenas cerca de 20% da área de produção do país, principalmente por produtores de grandes culturas como soja, cana-de-açúcar e milho.
De acordo com a Associação de Empresas Fornecedoras de Produtos Biológicos Croplife, (antiga ABCBio), têm sido usado Bacillus subitillis: para controle de doenças fúngicas, bacterianas e nematoides; Bradyrhizobium spp.: para fixação de nitrogênio; Bacillus thuringiensis: para controle de lagartas; Azospirillum brasilense: para fixação de nitrogênio e como bioestimulante; Bacillus pumilus: para controle de doenças fúngicas, bacterianas e nematoides e Bacillus methylotrophicus: para controle de nematoides.
Os produtos de CB, precisam ser registrados seguindo as especificações de referência para a agricultura orgânica ou certificados por empresas credenciadas, garantindo a segurança e a qualidade dos produtos que chegam até o consumidor final.
O fungo Cladosporium cladosporioides, identificado no cafeeiro, possui qualidades biofungicidas que combatem outros fungos responsáveis pela degradação do café, proporcionando à bebida alta qualidade e agregando valor ao produto.
Em testes de laboratório desenvolvidos por integrantes do GC-Bio, foi possível observar a colonização do fungo Sclerotinia sclerotiorum colonizado pelo agente de controle Trichoderma asperellum.
Segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o ano de 2020 teve o maior número de registros de biodefensivos das últimas décadas, o que confirma o potencial do controle biológico no Brasil.
Ainda há muito para crescer, entretanto esse aumento na adoção do método mostra uma estratégia inteligente, aliada a aspirações por uma agricultura mais sustentável, garantindo produtividade para o produtor e qualidade para o cliente.
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