Por Marihus Altoé Baldotto – Professor da Universidade Federal de Viçosa
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No último artigo da série, falamos sobre as plantas que crescem espontaneamente na lavoura e concorrem por água, luz e nutrientes com a planta cultivada. Dentro da concepção de manejo integrado, medidas de controle preventivo e, ou, cultural destas concorrentes […]
No último artigo da série, falamos sobre as plantas que crescem espontaneamente na lavoura e concorrem por água, luz e nutrientes com a planta cultivada. Dentro da concepção de manejo integrado, medidas de controle preventivo e, ou, cultural destas concorrentes são observadas para a instalação do projeto.
Cada cultura tolera conviver com determinada população de plantas concorrentes sem que um nível de dano econômico seja atingido. A partir deste, práticas de controle são necessárias. Para enumerar os critérios adotados para a decisão de efetuar ou não as formas de controle supracitadas, é necessário o conhecimento das características das plantas cultivadas e de suas concorrentes, bem como as interações entre ambas as plantas e destas com as suas ambiências.
A intensidade da concorrência depende:
a) das espécies de plantas cultivadas e concorrentes;
b) da população;
c) do espaçamento;
d) do nível dos de água, luz e nutrientes disponíveis.
Um fator adicional à competição por água, luz e nutrientes é a alelopatia, que é a inibição química exercida por uma planta sobre a germinação e, ou, o desenvolvimento de outras.
Por exemplo, a tiririca (Cyperus rotundus) compete e sintetiza substâncias que inibem o crescimento vegetativo das plantas cultivadas. Tais efeitos na produtividade das culturas são difíceis de serem separados. Enquanto os de competição tem origem na capacidade de absorver água, luz e nutrientes, os da alelopatia são devido à síntese de substâncias químicas, nocivas à planta de interesse, a partir das plantas concorrentes. Juntos, tais mecanismos de concorrência reduzem a produtividade das culturas, em média, em 40%.
Além destes danos, pode-se atribuir parte do prejuízo às pragas e doenças hospedadas nas plantas concorrentes. Tais prejuízos não são fáceis de quantificar. Entre outros exemplos, nematóides são comumente encontrados em raízes de capim-colchão (Digitaria horizontalis) e maria-pretinha (Solanum americanum).
Dentre as formas de controle que fundamentam o manejo integrado, são exemplos:
Controle preventivo: cuidados com a infestação na escolha da área, equipamentos, substratos, adubos orgânicos, etc. Barreiras para os ventos e a água superficial das chuvas;
Cultural: variedades adaptadas; espaçamento; época de plantio (escape); calagem, adubação e irrigação localizada; cobertura verde ou morta;
Mecânico ou físico: “arranquio”; capina e roçada manual, por tração animal ou mecanizada;
Biológico: principalmente baseado na alelopatia;
Químico: herbicidas. Observar: nível de dano, receituário agronômico (tipo de herbicida, definição do princípio ativo, registro para a cultura, dose, normas de aplicação, equipamentos de proteção individual, recolhimento da embalagem, verificação dos resultados, etc.).
Na próxima semana, daremos continuidade ao manejo integrado fitossanitário para a cultura da soja. Até lá!
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