A safra 20/21 ainda não terminou para alguns estados da região conhecida pelo acrônimo MATOPIBA, onde foram localizados focos de disseminação da ferrugem asiática no fim de março. A identificação da doença, que é a principal da soja, aconteceu por meio do monitoramento de […]
A safra 20/21 ainda não terminou para alguns estados da região conhecida pelo acrônimo MATOPIBA, onde foram localizados focos de disseminação da ferrugem asiática no fim de março. A identificação da doença, que é a principal da soja, aconteceu por meio do monitoramento de campo realizado por técnicos do programa Controle Certo e permitiu que as revendas Produceres, no Maranhão, e Sinagro, no oeste baiano, gerassem alertas para a região. “A eficácia do monitoramento foram importantíssimos para a identificação da doença em um estágio inicial. Dessa forma, é possível fazer o controle e impedir o avanço da ferrugem na região”, conta Fabiano Herculano, agrônomo e Especialista em Transformação Digital.
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Identificação com Controle Certo
Percebida pela primeira vez no Brasil em 2001, a ferrugem asiática se tornou a principal doença da soja nos anos seguintes. Causada por um fungo cujos esporos são disseminados pelo vento, a ferrugem tem um alto custo para o país. De acordo com dados obtidos por meio do Consórcio Antiferrugem, a cada safra, a doença gera um custo médio de US$ 2,8 bilhões para o país.
Segundo Fabiano Herculano, da Syngenta Digital, a ferrugem asiática costuma se instalar na soja quando há fechamento de rua: “as folhagens mais densas, com sol quente na parte aérea da planta e temperaturas amenas no período noturno formam umidade no baixeiro, criando um microclima que é favorável para o desenvolvimento do patógeno”, explica.
Nas áreas de um produtor ligado à revenda Produceres, localizada no Maranhão, a doença foi identificada, ainda em um estágio inicial, durante a floração, quando as vagens estavam sendo formadas. “É um período crítico para a definição da produtividade”, conta o engenheiro agrônomo.
O produtor da cidade de Luís Eduardo Magalhães, na Bahia, apoiado pela revenda Sinagro, estava no Mato Grosso quando os monitores de campo do Controle Certo identificaram a doença. Mesmo de outro estado, ele recebeu o alerta e pode tomar a decisão, conta Adriana Vaz, consultora do canal.
Um monitoramento de alto padrão é o caminho para a identificação da doença antes que ela se alastrasse. No Controle Certo, programa que leva a agricultura digital para lavouras de todo o país, os técnicos realizam o monitoramento com pano de batida toda semana, registrando as informações na ferramenta Cropwise Protector, de forma que ela fique disponível para o agricultor e o consultor da sua revenda. O programa é destinado justamente aos produtores que não possuem equipe técnica de monitoramento.
Tanto na Bahia, quanto no Maranhão, os monitores de campo identificaram sintomas da doença em um foco e levaram uma amostra para análise, com lupa. Depois do diagnóstico da doença, “foi possível fazer o manejo”, conta Caio Botelho Ribeiro, consultor de agricultura digital da revenda Produceres. Ele completa: “Eu mesmo fiz um texto informativo falando que foi identificada, com o Controle Certo a ferrugem para que eles [os produtores] pudessem se preparar”.
“Dentro de um ou dois dias, o produtor já estava aplicando”, relata Adriana Vaz, da Sinagro, sobre a rapidez do manejo depois da identificação precoce da doença. Fabiano Herculano, engenheiro agrônomo, explica que as aplicações são preventivas e buscam impedir que a doença avance, mas que não é possível recuperar as áreas afetadas. Diante do alerta, os produtores puderam planejar uma nova aplicação ou mesmo antecipar entradas que já estavam agendadas.
O Controle Certo foi essencial para o sucesso no manejo: “Está tudo caminhando bem. Ele conseguiu entrar cedo e controlar bem”, conclui Caio Ribeiro, consultor da Produceres. Adriana Vaz conta que “Logo que o sistema foi alimentado com a informação de presença da ferrugem, o cliente ordenou aos seus funcionários uma aplicação de fungicida emergencial, para que não houvesse maiores prejuízos, e a soja finalizasse o ciclo saudável”.
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