Capim-Amargoso: Monitoramento de plantas daninhas - Syngenta Digital
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Capim-Amargoso: Monitoramento de plantas daninhas

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  O ano de 2020 foi de grande valorização dos grãos de soja e milho, o que despertou muito o interesse dos produtores em investir mais na lavoura para aumentar sua produtividade dentro da área que cultiva.  Os cuidados já […]

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lavoura de soja

 

O ano de 2020 foi de grande valorização dos grãos de soja e milho, o que despertou muito o interesse dos produtores em investir mais na lavoura para aumentar sua produtividade dentro da área que cultiva.  Os cuidados já começam na dessecação, pois é importante um bom manejo para evitar a matocompetição de plantas daninhas que atrapalham no aumento dessa produtividade tão almejada. Uma dessas daninhas é o capim-amargoso. 

As infestações de plantas daninhas são um dos principais motivos de dor de cabeça para o produtor. Como competem pela água, luz e nutrientes elas acabam interferindo, bastante, na capacidade produtiva das culturas.  

Nesse texto, você descobre as características do capim-amargoso e porque ele causa tantos danos às lavouras. 

Características do capim-amargoso 

O capim-amargoso, de nome científico Digitaria insularis, é uma planta da família das gramíneas e nativa do Brasil. Como se trata de uma planta perene, consegue emergir e se desenvolver quase o ano inteiro sob diferentes condições climáticas. Ela se destaca pela capacidade de formação de rizomas o que facilita a constituição de touceiras.  

Além disso, suas sementes têm alto poder germinativo e são capazes de se dispersarem por longas distâncias. Uma planta pode produzir até 100 mil sementes, o que torna tão complicado diminuir o banco de sementes no solo.  

Capim amargoso na terra

Era uma planta encontrada, principalmente, em pastagens. Mas, consequência de suas características agressivas e, com o início da utilização do sistema de plantio direto, vem se tonando umas das principais daninhas do Brasil. 

 O manejo do capim-amargoso 

Quando ocorre o processo de perenização do capim-amargoso o controle se torna ainda mais difícil, ela fica capaz de florescer e disseminar sementes durante o ano todo. 

Assim, segundo artigo científico publicado pela Embrapa, o melhor momento para o controle do capim-amargoso é antes da formação dos rizomas, ou seja, normalmente, 35 dias após a emergência.  

Algumas daninhas já possuem resistência ao glifosato, o que as torna de difícil controle e encarece o manejo da dessecação. 

Capim amargoso crescendo na lavoura

A resistência do capim-amargoso 

O glifosato é um dos herbicidas mais utilizados no controle químico de plantas daninhas com características perenes. Porém, ao longo do tempo, a frequência de aplicações nas culturas foram aumentando, o que elevou a pressão de seleção exercida pelo herbicida sobre biótipos de plantas daninhas resistentes.  

Qual a diferença de tolerância e resistência?

Os indivíduos ou populações tolerantes possuem a capacidade inata de sobreviver e se reproduzir após a ação de um herbicida. Já a resistência, nas palavras do pesquisador Rubens Silvério é a ocorrência natural da habilidade hereditária de alguns biótipos de plantas daninhas dentro de uma população, os quais são capazes de sobreviver a um tratamento herbicida que, sob condições normais de uso, controlaria de forma efetiva esta população de plantas daninhas. 

O manejo digital  

Hoje, como dito antes, existe alguns manejos eficientes, em que se trabalham com produtos pré-emergentes, para combater esse banco de sementes antes de sua germinação, juntamente com produtos específicos para o controle da planta já emergida. Tudo depende do estágio de infestação.  

Monitoramento com Cropwise Protector

Em alguns casos, no entanto, essa planta está localizada apenas em alguns pontos do talhão, e o manejo digital se torna vantajoso. Com ele, é possível diminuir o grid do monitoramento do pragueiro. De forma rápida, o Cropwise Protector, da Syngenta Digital, por exemplo, gera um mapa de calor com os pontos desse monitoramento, mostrando os locais exatos da presença dessa erva.   

Assim, o produto só será aplicado nos pontos com o problema da daninha, o que torna a produção mais sustentável e ajuda muito no custo final da lavoura. Devido à resistência dessa planta ao glifosato, o custo da dessecação só tem aumentado. 

* Por Suzany Dutra, Agrônoma e Especialista em Transformação Digital na Syngenta Digital

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