Quem trabalha no campo sabe que, quando se trata de algodão, cada safra é única. Não adianta: há fatores que se impõem sobre o histórico da safra anterior, como o clima e a luminosidade. Além disso, por ser alvo de muitas pragas, o acompanhamento da sua evolução é muito importante. Quando já está instalado, o monitoramento do […]
Quem trabalha no campo sabe que, quando se trata de algodão, cada safra é única. Não adianta: há fatores que se impõem sobre o histórico da safra anterior, como o clima e a luminosidade. Além disso, por ser alvo de muitas pragas, o acompanhamento da sua evolução é muito importante. Quando já está instalado, o monitoramento do algodão tem algumas particularidades, que devem ser levadas em conta para uma produção mais eficiente.
O algodão é monitorado por planta e tem início com um ponto por 10 plantas. “Conforme o tempo vai passando, os técnicos vão diminuindo o número de plantas, porque o algodão tem um crescimento indeterminado, e é preciso avaliar cuidadosamente toda a planta”, explica a engenheira agrônoma e Especialista em Transformação Digital da Syngenta Digital Mariana Loiola.
À medida que o algodão cresce, o tempo de avaliação de cada planta é maior, pois é necessário avaliar todas as suas partes. “O monitoramento é criterioso porque tem muita praga que pode danificar a qualidade final da fibra”, completa Loiola.
A principal praga do algodão é o bicudo-do-algodoeiro, que começa a ser monitorado antes mesmo do plantio, para que o produtor faça uma previsão de como será a pressão na safra. Há, inclusive, baterias de aplicação preventiva na bordadura contra o inseto, que é migratório. Outras pragas que também trazem prejuízo para a cultura são o pulgão e a lagarta-da-maçã.
Realizar esse processo com uma ferramenta digital, como o Cropwise Protector, tem como vantagem o georreferenciamento, que revela a localização exata das pragas. “O digital é importante por mostrar onde está a entrada da praga. Também é importante pela gestão da mão de obra, para saber se os técnicos estão fazendo o monitoramento e o tempo que gastam no ponto. Dependendo do estágio vegetativo, são cinco, seis plantas por ponto”, explica a Especialista em Transformação Digital.
Consultor do Grupo Mizote, Robson Luiz da Silva diz que a coleta georreferenciada fornece “certeza do que está acontecendo no campo”. “Você monitora as pragas, e também os monitores têm todo um rastreamento. Você rastreia todo o sistema”, alega.
Uma das doenças mais danosas ao cultivo de algodão é a ramulária, que atrapalha o processo de fotossíntese. Os sintomas aparecem nos dois lados da folha: são lesões irregulares e brancas que podem levar à perda da qualidade da fibra e a prejuízos na produtividade.
Mariana Loiola explica que, quando se instala, o fungo impacta em tudo, pois impede o alimento da planta: “Ele vai subindo. Por isso, fazemos a avaliação em três terços. Temos que controlar quando está no baixeiro. Conforme vai subindo, aumenta muito o ponto de atenção”. Soluções digitais ajudam na identificação dos sintomas e das regiões onde a doença está mais presente, dando suporte em aplicações assertivas.
Ao trocar o método tradicional das bandeirinhas pelo sistema digital, Robson Luiz da Silva conta que os mapas de calor facilitaram a detecção dos problemas. “Fomos bem-sucedidos com o mofo-branco. Teve uma área que a gente viu o mofo-branco, e a gente controlou somente naquela área onde o mofo-branco estava sendo problema. Não foi necessário aplicar em toda a área”, relata.
Outra especificidade do monitoramento do algodão é a avaliação de fenologia: tamanho da planta, quantidade de nós e tamanho do terceiro nó. O ponteiro do nó indica quanto a planta está crescendo por dia. A expectativa, segundo Loiola, é que a lavoura suba 1 cm por dia.
Assim, os técnicos acompanham o crescimento de estágios fenológicos para ver se o algodão está “escapando”. “Se fazem a avaliação e identificam que está crescendo mais do que deveria, entram com o regulador de crescimento. Se não controla, cresce muito o nó e gasta muita energia no crescimento, não no fruto”, conta a engenheira agrônoma.
O Cropwise Protector conta com uma funcionalidade totalmente voltada para esse acompanhamento. Com os gráficos gerados pelo software, é possível aplicar o regulador na hora certa. Carlos Leandro Martins Oliveira, Gerente Regional Bahia da Xingu Agri, diz que o desenvolvimento da cultura ficou mais fácil de ver com o uso do módulo no aplicativo: “Como a gente lança todo o controle de aplicação no sistema, a gente consegue visualizar os pontos de intervenção”.
No estágio seguinte, quando o algodão começa a soltar a flor, já é possível fazer a estimativa de produtividade. Os técnicos de campo contam quantas maçãs estão saudáveis e quantas estão podres. “A maior dificuldade é controlar o baixeiro, para minimizar o risco de muitas maçãs podres. Avaliamos o capulho e seu peso e as maçãs abertas. Quanto mais pesado, melhor”, conclui Loiola.
O Cropwise Protector conta com dados climáticos no aplicativo por meio de duas importantes integrações. A Climatempo – já conhecida e amplamente usada no Brasil – e a CE Hub / Meteoblue – empresa suíça e referência global no segmento – serão acessíveis na ferramenta de agricultura digital em apenas um clique. Os clientes selecionam […]
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