Com base nos dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), há expectativa de que a safra mundial de soja em grãos seja a maior da história, com 367 milhões de toneladas. Desse total, a divisão entre os maiores […]
Com base nos dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), há expectativa de que a safra mundial de soja em grãos seja a maior da história, com 367 milhões de toneladas.
Desse total, a divisão entre os maiores países produtores fica em: 124 milhões de toneladas produzidas pelos Estados Unidos e 120 milhões de toneladas pelo Brasil. Os números podem sofrer pequenas variações por intempéries nas produções.
Situação favorável
O Estados Unidos investiu muito no plantio do milho nesta safra. Assim, houve uma lacuna na oferta mundial, que só o Brasil poderá preencher. Isso porque a soja é a nossa principal cultura e porque somos um dos principais produtores do grão. Logo, as premissas são positivas!
Por exemplo, vem sendo notado o aumento de áreas nacionais plantadas. Nos últimos sete anos, a área de cultivo cresceu 14 milhões de hectares. As principais regiões que aumentaram as áreas de plantio são o Centro Oeste e Rio Grande do Sul.
Em relação à produtividade, os dados projetam a média de 56,23 sacas por hectare na safra 2018/19, indicando um recuo de 1,83% em relação à produtividade recorde consolidada na safra 2017/18.
Previsões para o clima
Não há dúvidas da importância do clima durante todo o ciclo de desenvolvimento e crescimento da cultura. O índice de chuva é o principal fator que afeta a produção brasileira de soja. Por isso, os institutos de meteorologia do Brasil e do mundo já trabalham com chances de até 88% de uma configuração de um El Nino (fenômeno atmosférico-oceânico que altera o clima regional e global das regiões tropicais) até o fim do segundo semestre deste ano. Independente disso, os mapas indicam que as lavouras serão afetadas com intensas oscilações de chuva em todo país, já a partir de outubro.
O El Nino deve manter as chuvas estacionadas no Sul do Brasil, o que pode trazer problemas para os produtores desta região. Já os demais estados terão precipitações, diferente do que costumava acontecer durante o fenômeno (quando essas regiões sofriam com a seca intensa).
Para novembro, a previsão é de tempestades e fortes rajadas de vento na primeira semana, tanto no Sul quanto no Sudeste e no Centro-Oeste. As outras regiões podem sofrer menos com as chuvas, mas as previsões não descartam a possibilidade de precipitações em todo país. Tudo isso vai depender de como o El Nino se dará.
Previsões para o mercado
O ritmo da venda da nova safra de soja está acima da média dos últimos cinco anos, principalmente nas regiões do Sul do país. Ainda assim, é preciso ter cautela na hora de negociar a produção. O tabelamento do frete e as indefinições dos rumos da política e da economia do país são os principais motivos deste momento de incertezas. A dica é que os produtores fiquem de olho no mercado.
O Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (IMEA) liberou recentemente dados que apontam que, até setembro, 28% da safra 2018/2019 de soja havia sido negociada – número superior aos 16% do mesmo período do ano passado. A previsão é de que o desempenho brasileiro supere a média dos últimos cinco anos, que é de 26% para a época.
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