Na cultura do algodão, o crescimento excessivo do algodoeiro pode trazer resultados indesejados para o produtor, como a redução do número de “maçãs” – estruturas que geram a pluma. Plantas muito grandes também geram sombra nas plantas ao redor, e […]
Na cultura do algodão, o crescimento excessivo do algodoeiro pode trazer resultados indesejados para o produtor, como a redução do número de “maçãs” – estruturas que geram a pluma. Plantas muito grandes também geram sombra nas plantas ao redor, e estão mais suscetíveis a doenças e dificultam a colheita.
Valdinei Sofiatti, pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), reforça que “o algodoeiro herbáceo apresenta hábito de crescimento indeterminado, ou seja, durante a fase reprodutiva ele continua a emitir estruturas vegetativas, que podem competir entre si pelos produtos da fotossíntese causando abscisão de estruturas reprodutivas (frutos).
Além disso, quando as plantas ficam muito altas, dificulta as operações de tratos culturais e colheita mecanizada. Também pode haver aumento do apodrecimento de maçãs devido a alta umidade na parte inferior da planta”.
A redução deste crescimento não desejado é feita através da inibição do crescimento dos galhos, por meio de reguladores de crescimento. Entretanto, aplicar estes reguladores para que as plantas fiquem com o tamanho ideal não é tarefa simples.
O manejo dos reguladores de crescimento foi citado por produtores de algodão como o terceiro maior problema que pode comprometer toda a cultura, logo após infestações por bicudo e a interferências do clima. Os fitorreguladores reduzem a altura e o comprimento dos ramos, facilitam o manejo, os tratos culturais e a colheita. Mas aplicá-los em plantas ainda pequenas também não é o ideal para lavoura, já que plantas pequenas podem produzir menos do que deveriam, comprometendo o plantio.
Valdinei ainda afirma que “pode haver perda de produtividade devido ao abortamento de estruturas reprodutivas e também aumento do apodrecimento de maçãs. Além disso, a colheita mecânica fica prejudicada comprometendo inclusive a qualidade da fibra”. Tudo isso no caso de o produtor não aplicar o regulador de crescimento.
Operação de ponta a ponta
Acertar o timing de aplicação de reguladores é um desafio. O decisor precisa fazer com que o produto chegue somente nas regiões corretas, sem atingir plantas muito pequenas ou que já estão na altura ideal, e a tarefa torna-se muito mais complicada sem usar nenhuma tecnologia.
A novidade está nos softwares de gestão operacional do campo. Os sistemas geram mapas de calor – que mostram os locais consideradas “críticos” pelo decisor – e aplicam os reguladores em taxa variável na localização exata das manchas com desvio de crescimento.
Quem adquire o sistema escolhe entre duas modalidades de aplicação: uma dose para cada intervalo de altura da planta, ou aplicação em dose fixa somente nas regiões com crescimento fora do padrão.
Valdinei concorda e ainda reforça: “A tecnologia que mais auxilia nesse processo e a tecnologia de aplicação de defensivos. Um equipamento regulado adequadamente permite a uniformidade de aplicação de regulador de crescimento sobre as plantas. Outro ponto importante é o monitoramento visando a tomada de decisão para a aplicação do regulador de crescimento”.
Usando essa nova estratégia, o produtor aumenta o consumo correto de reguladores, uma vez que interrompe a aplicação em 100% da área e passa a fazer várias pequenas correções de altura nos talhões no momento exato. Automaticamente, aumenta sua produtividade e qualidade da sua produção.
“Certamente uma lavoura que não recebeu aplicação de regulador de crescimento adequadamente vai ter menor produtividade. O tamanho das perdas depende muito das condições climáticas e do nível de fertilidade do solo da lavoura”, disse Valdinei.
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