Pós-colheita: último passo para um cultivo de sucesso
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Pós-colheita: último passo para um cultivo de sucesso

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No artigo anterior, observamos que a boa colheita da soja coroará todos os esforços realizados durante o cultivo. Portanto, a colheita envolve uma série de recomendações técnicas necessárias e determinantes, desde o planejamento da lavoura. Neste texto, que finaliza apenas […]

por Syngenta Digital
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Pós-colheita: último passo para um cultivo de sucesso
Soja no produzindo+

No artigo anterior, observamos que a boa colheita da soja coroará todos os esforços realizados durante o cultivo. Portanto, a colheita envolve uma série de recomendações técnicas necessárias e determinantes, desde o planejamento da lavoura. Neste texto, que finaliza apenas algumas reflexões sobre a cultura da soja, trataremos da pós-colheita, especialmente de transporte, armazenamento, usos, comercialização e demandas da soja.

TRANSPORTE

Inicialmente, é fato que a nossa matriz de transportes é pobre e problemática. O preço do nosso grão perde significativa margem de lucro. Como agravante, não possuímos planejamento e estrutura de armazenamento para trabalhar melhor o escoamento. Quando consideramos que nossa fronteira agrícola é relativamente distante dos portos, podemos diagnosticar que o nosso lucro diminui substancialmente em função da nossa matriz de transporte rodoviário, sem mencionar um conjunto de outros pontos negativos, diretos e indiretos.

ARMAZENAMENTO

Uma boa forma de melhorar o cenário econômico rural é desenvolver políticas para o incentivo do armazenamento, evitando assim a redução dos preços na época de maior oferta da safra, para as melhores oportunidades de negócios com a demanda incrementada da entressafra. Além disso, a minimização das perdas no pós-colheita e o armazenamento são estratégias para enfrentamento das variações climáticas e disponibilidade de área.

De forma geral, devem ser armazenados grãos entre 12 e 13 % de umidade, após a separação das impurezas e dos grãos defeituosos. É necessária atenção especial com o manejo/controle da aeração, da umidade relativa do ar e da temperatura. Também é necessário o expurgo e monitoramento de pragas e microrganismos.

USO, COMERCIALIZAÇÃO E DEMANDAS DA SOJA

O consumo da soja está em plena expansão no mundo, tendo ultrapassado, na presente safra, mais de 300 milhões de toneladas de grãos produzidos. O grão de soja apresenta grande variedade de uso, não se restringindo apenas à alimentação humana e animal. Na indústria alimentícia é utilizada como matéria prima para produção de chocolates, temperos e massas. O óleo é processado e utilizado para cozimento, fabricação de margarina e maionese.

Atualmente, um de seus usos mais importantes é a produção de biodiesel. Apesar de não ser o grão que apresenta o maior teor de óleo para combustível, a soja traz consigo toda uma cadeia produtiva capaz de tornar viável a sua aplicação neste segmento.

A crescente demanda pelo produto levou as empresas produtoras de sementes, adubos, herbicidas e agrotóxicos a desenvolver pacotes tecnológicos que reduzem o risco de perdas nas lavouras. Entretanto, mesmo aumentando a produtividade continuamente, atualmente, há uma grande demanda por soluções mais sustentáveis, dentre elas, produtos que incrementem significativamente maior volume e peso de grãos produzidos, sem, contudo, expandir a área cultivada.

A cultura da soja apresenta grandes desafios para a pesquisa científica no sentido de se buscar soluções para problemas como: resistência de plantas espontâneas, insetos-praga, infraestrutura e armazenamento, bem como a necessidade de políticas que garantam segurança, infraestrutura, logística e crédito. Dentre os desafios para a cultura da soja, estão:

1- O melhoramento, visando a tolerância à escassez hídrica, uma vez que a seca, ou mesmo estiagens prolongadas,  atinge boa parte da fronteira agrícola da soja.

2-A busca por variedades com elevada produção e qualidade de proteínas, óleos, boa análise sensorial e, especialmente, a possibilidade de propriedades farmacêuticas.

3-O uso da soja em arranjos agroflorestais é uma realidade.  Buscar genótipos melhor adaptáveis para a tecnologia é fundamental.

4-Ampliação da biotecnologia. Junto ao rizóbio, fixador de N, poderiam ser associados outros simbiontes, tais como as bactérias promotoras de crescimento de plantas, seja pelos efeitos nutricionais ou pela síntese de substâncias que auxiliem a defesa das plantas contra pragas e doenças.

Por Marihus Altoé Baldotto  – Professor da Universidade Federal de Viçosa

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