A mamona, também conhecida como rícino, é uma planta que possui um teor de óleo muito elevado nas sementes (48 a 60%), o que a torna muito valiosa. Cultivar a mamona pode ser uma alternativa interessante ao produtor, pois a […]
A mamona, também conhecida como rícino, é uma planta que possui um teor de óleo muito elevado nas sementes (48 a 60%), o que a torna muito valiosa. Cultivar a mamona pode ser uma alternativa interessante ao produtor, pois a planta é adaptável a diferentes climas e funciona bem na rotatividade de culturas.
Seu óleo tem grande utilidade na indústria têxtil (na produção de nylon) na automobilística (nos freios de automóveis) e até na indústria aeronáutica (na fabricação de motores de alta rotação).
Com o aumento da demanda mundial e a dificuldade da Índia em atendê-la, o Brasil se torna forte candidato à maior país produtor, o que é um benefício ao mercado global.
O Telhar Agro, empresa que, atualmente, mantém uma área de mais de 130 mil hectares plantados, apostou nas mamonas e vê o futuro da cultura no Brasil como “muito promissor”. Pedro Selegato, Gerente de Unidade de Produção do Grupo El Tejar, falou sobre os desafios da produção da mamona e como ele acredita que seja possível alcançar sucesso na produção da cultura. Confira!
“Em 2018 plantamos 1200 ha de mamona como cultura de segunda safra. Estamos constantemente em busca de novas opções de culturas para diversificar nosso sistema de produção de grãos e fibras no Mato Grosso. Acredito que é preciso enriquecer o programa de rotação de cultura. Isso é importante, pois maior diversidade garante maior sustentabilidade do sistema.
A demanda mundial pelo óleo de mamona vem crescendo, e, com isso, os preços praticados no mercado estão interessantes. Isso tem garantido uma combinação interessante de benefícios agronômicos desejáveis e bom retorno financeiro”.
“A mamona se encaixa muito bem em nosso sistema de produção. Ela se destaca pela baixa demanda hídrica ao longo do ciclo e tolerância a períodos de maior estresse hídrico, desde que implantada em solos com boa fertilidade. Isso permite que a mamona seja plantada na segunda safra, mesmo em janela posterior à janela ideal do milho. Dessa forma, não compete nem com a soja e nem com o milho.
Além disso, a mamona possui sistema radicular agressivo, favorecendo os atributos físicos do solo, e tem se mostrado resistente aos principais nematoides de solo, como os de cisto e de galhas, reduzindo essas populações.
Como resultado, temos observado produtividades superiores nas culturas de soja e algodão subsequentes à mamona, em trabalhos que vêm sendo conduzidos há 4 anos”.
“O principal desafio de produzir mamona em grandes áreas ainda é a colheita mecanizada. Hoje, estão disponíveis alguns protótipos, que consistem em colhedoras de grãos tradicionais com sistema de trilha adaptado, e com plataformas desenvolvidas especificamente para a mamona. Além disso, ainda não existe uma rede de esmagadoras especializadas nesse mercado no Brasil, sendo uma etapa ainda frágil dessa cadeia.
É preciso também avançar em relação às perdas na colheita, que, hoje, ainda estão em torno de 20%. Existem algumas empresas investindo na melhoria dessas máquinas e a expectativa é grande.
Em relação ao manejo de pragas, é importante o monitoramento constante, uma vez que a dinâmica das pragas na mamona ainda não é bem conhecida. O mofo cinzento é a maior ameaça ao plantio e, até pouco tempo, ainda era tido como impeditivo para o sucesso da cultura. No entanto, algumas pesquisas recentes têm mostrado que seu controle é possível. Assim, com as orientações da pesquisa e a partir do monitoramento de campo e acompanhamento das previsões do clima, conseguimos fazer aplicações no momento ideal e impedir que a doença se estabeleça no campo”.
“Os benefícios agronômicos e econômicos trazidos pela mamona são, sem dúvida, um incentivo para o aumento da área dessa cultura. Hoje está claro que a indústria química nacional e internacional tem uma demanda crescente pelo óleo de mamona, o que tem garantido os bons preços no mercado. Superando os desafios e expandindo a produção, o Brasil pode ser um importante produtor”.
A empresa começou no Brasil em 2002, com 13 mil hectares plantados, como parte do Grupo El Tejar. Atualmente, dos mais de 130 mil hectares plantados, as culturas são a soja, milho, algodão e mamona. Recentemente foram selecionados, pelo 2° ano consecutivo, como uma das Melhores Empresas para se Trabalhar do Brasil. Pesquisa realizada pela EXAME | VOCE/SA e FIA/USP. A empresa mantém uma cultura muito forte que se preocupa uma agricultura sustentável, comprometida com a preservação do meio ambiente, assim como a saúde e a segurança das pessoas e das comunidades onde está inserida.
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