Não importa se o produtor é tecnificado ou não, a adoção de ferramentas de agricultura digital na lavoura de café possibilita o controle mais eficiente de problemas, além de otimizar as operações e mitigar riscos e erros. Os principais ganhos percebidos pelos cafeicultores, segundo o Coordenador de Transformação Digital da Syngenta Digital Silas Calazans, estão na gestão da […]
Não importa se o produtor é tecnificado ou não, a adoção de ferramentas de agricultura digital na lavoura de café possibilita o controle mais eficiente de problemas, além de otimizar as operações e mitigar riscos e erros. Os principais ganhos percebidos pelos cafeicultores, segundo o Coordenador de Transformação Digital da Syngenta Digital Silas Calazans, estão na gestão da mão de obra, no monitoramento mais confiável e na rapidez na tomada de decisão.
Em geral, a primeira geração de valor de soluções digitais nessa cultura diz respeito a uma visão precisa do trabalho de campo que facilita a gestão dos talhões. “O valor imediato é esse: saber o que a equipe está fazendo, o que monitorou, onde e como”, explica Calazans. Com o georreferenciamento, é possível saber exatamente os pontos com problemas, permitindo uma resolução mais prática e eficiente.
Como tudo é inserido na plataforma digital, os produtores de café passam a contar com um histórico dos talhões gerado automaticamente pelo sistema. Nada mais de horas fazendo planilhas: basta registrar tudo no tablet ou no celular e esperar as informações serem sincronizadas. Assim, a tecnologia digital, diz Calazans, reduz o tempo para decisões e ainda ajuda nos processos de certificação, que exigem dados confiáveis sobre várias operações.
Cliente da Syngenta Digital, a Santo Aleixo usa a ferramenta de suporte à tomada de decisão Cropwise Protector em todo ciclo do café. Juliano Moreira Tavares, Gestor Agrícola na Fazenda Santa Fé, conta que os registros de clima, monitoramento e aplicações facilitam a criação de uma história daquele ano agrícola. “Sabemos se as pulverizações trouxeram resultados esperados, se o produto alcançou o objetivo, há uma série de coisas que traz benefícios”, diz.
A adoção do digital no café toca em pontos importantes do ciclo da lavoura. O Índice de Diferença de Vegetação Normalizada (NDVI) revela se há regiões com perda de biomassa, estresse hídrico ou infestação de pragas e pode ser usado para gerar zonas de manejo. “Vários clientes pegam o histórico de NDVI das áreas e cruzam com mapas de produtividade e mapas de análise de solo para criar zonas de manejo e saber onde aplicar o fertilizante”, conta Calazans.
O Coordenador de Transformação Digital também cita a avaliação do sistema de irrigação, da uniformidade da lavoura e do desenvolvimento das plantas nos talhões como vantagens do sensoriamento remoto. “As plantas são muito enfolhadas e respondem bem ao NDVI, que pode ser usado como direcionamento para o monitoramento. Quem tem irrigação também identifica com o NDVI algum problema na operação, que é bem perceptível no NDVI”, conta.
A pluviometria também é muito importante no cultivo do café, e ferramentas digitais permitem o registro de início e término da irrigação ou de chuvas. “Tem clientes com irrigação que apontam pivôs com defeitos. Outra preocupação com a cultura perene é a deficiência de nutriente. Por mais que a adubação seja bem-feita, como as lavouras duram vários anos, é importante sempre avaliar o solo e fazer a análise foliar para ações localizadas”, completa Calazans, que também atribui relevância à possibilidade de calcular a estimativa de produtividade e perdas na colheita por meio de plataformas digitais.
O monitoramento de pragas e doenças deve ter como prioridade áreas recém-plantadas e com até três anos de idade. Talhões em maiores altitudes, com temperaturas mais altas e tempo seco, também são mais suscetíveis a infestações. Não à toa, muitos cafeicultores fazem aplicação via solo como prevenção de ataque severo às plantas.
No Brasil, a depender da região, as principais pragas da cultura são a broca-do-café, o bicho-mineiro e a cigarrinha. “Minas Gerais, maior produtor de café, tem bastante problema com a broca. O besouro faz furos no fruto e fica lá dentro. Controlar isso dá um trabalho danado. Por isso, a prevenção para não chegar a ter broca. Muitos produtores, quando fazem a colheita, realizam a varreção para colher frutos no chão e evitar riscos, além da aplicação de produtos sistêmicos para proteção por certo período”, conta Calazans. Outros problemas recorrentes na cultura são os nematoides e a doença fúngica Ferrugem.
O Gestor Agrícola da Santo Aleixo, Juliano Moreira Tavares, conta que ainda não é possível fazer aplicação localizada por lá, mas os mapas de calor de pressão de pragas e doenças ajudam no posicionamento dos pulverizadores. “Colocamos onde tem maiores probabilidades de dar o problema para fazer a aplicação”, conclui.
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